8.1.10

Feirense cuida de não errar mais na burocracia no Baianão

Uma das contratações mais importantes do Feirense para 2010 não joga nem faz parte da comissão técnica. É um encarregado da burocracia do registro de jogadores. Em 2009, o clube vinha embalado, quando perdeu seis pontos por ter escalado um jogador que ainda não tinha sido liberado pela Federação. Além dos pontos, perdeu a motivação e acabou lutando contra o rebaixamento até a última rodada. Só escapou pelo saldo de gols.

Dentro de campo o investimento foi modesto para a temporada 2010, mas as pretensões do presidente e proprietário do time, Dílson Gamela, são grandes. “Montamos o time com os pés no chão. Mas quero ser o primeiro, quero ganhar tudo. A gente não pode entrar em campo sem o objetivo de ser o melhor”, justifica o dirigente.

Para chegar lá, o Feirense conta com a mesma base do ano passado. Promoveu quatro juniores e fez somente oito contratações, a maioria dentro da Bahia, com atletas do intermunicipal e do último campeonato da primeira divisão. Também trouxe de volta o técnico Zanata.

Os destaques da equipe são Marcos Neves (meia que teve bom desempenho em 2009 e chegou a ser cotado para uma vaga no Bahia ou Vitória) e Souza, artilheiro do Baianão em 2008, quando atuava pelo Fluminense de Feira, que foi jogar na Coréia do Sul mas não emplacou. O presidente não revela o valor da folha de pagamento do elenco.

 MEIO CT

O Feirense se chamava Independente até 2008, quando venceu a segunda divisão e passou para a elite do futebol baiano. Neste segundo ano em que participa da disputa, melhorou a estrutura, mas ainda está longe do ideal.

No Centro de Treinamento novo são realizados treinos táticos e preparação física, mas falta um campo com medidas oficiais para os coletivos. “Compramos 10 tarefas para construir um outro CT, onde vamos ter três campos, mas é projeto para 2011”, almeja Gamela. Por isso, os coletivos acontecem no estádio municipal de São Gonçalo dos Campos, cidade que fica a 20 quilômetros de Feira de Santana.

Seu patrocinador principal é uma faculdade particular da cidade. O clube detém o passe da maioria dos atletas. Com o elenco caseiro, receitas e despesas estão equilibradas. É melhor que seja assim, porque com três equipes feirenses na disputa, a luta por apoio público ficou mais acirrada e é difícil imaginar que os times terão no governo municipal sua principal fonte de renda, como costumeiramente ocorre entre equipes do interior.

Gamela ressalta que até hoje só recebeu da prefeitura promessa, mas continua na expectativa. “A gente depende de ajuda sim e estou esperando por ela”, avisa.

 

Posted via email from Glauco Wanderley

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