Tem razão o chefe da Vigilância Sanitária do município, Délio Barbosa, quando afirma que as reclamações de moradores acerca do mau cheiro em Humildes, provocado por uma atividade empresarial, são um problema político.
É um problema político, como é político o problema da violência, a falta de educação, o buraco, a construção de quadras de esporte, a cultura, a preservação do patrimônio, a habitação popular e o transporte de massa.
O problema é político porque afeta as pessoas e as pessoas são políticas, ainda quando analfabetas políticas.
O problema também é político por estarem vereadores, de alguma forma, envolvidos com ele, pois os moradores querem mesmo ajuda do Legislativo para resolver o impasse.
É político também porque a Vigilância Sanitária é um cargo público.
É político porque diz respeito a uma comunidade e os políticos têm que agir no interesse da coletividade e não de grupos ou amigos mais influentes.
E tanto é político o problema que José Ronaldo, como político que é, tomou a frente para dizer que vai resolver e não ficou tentando negar os fatos e olfatos, como fez Délio ao abordar o assunto no rádio, querendo convencer o ouvinte de que as manifestações dos moradores, que discursaram até na Tribuna Livre da Câmara, eram insufladas pelo vereador oposicionista Marialvo Barreto.
Pois, agindo como quem pensa, inclusive politicamente, o prefeito percebeu que se a ação em Humildes render dividendos políticos a quem reclama, há de render a quem resolve porque tem o poder e o dever de resolver.
O problema é político. Ronaldo ensinou na prática o que Délio só sabia na teoria. Que seja bom aluno e tenha aprendido.
Publicado na Tribuna Feirense em 14/11/06
14.4.06
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