4.6.10

Feirense tem emprego e carteira assinada em São Paulo, mas dorme na rua

Reportagem do portal IG sobre moradores de rua dá uma ideia dos sacrifícios impostos a quem vai para uma metrópole buscando melhorias na vida. Entre os casos citados, está o do auxiliar de cozinha José Francisco Emanuel de Souza, que dorme dentro de uma caixa de geladeira no centro da cidade e já foi acordado com água pelo pessoal da limpeza pública e teve que correr para não apanhar da Guarda Civil. “Ser tratado como um saco de lixo não é brincadeira, não”, ele diz.

José Francisco tem emprego, tem carteira assinada, é casado com uma feirense, com quem tem dois filhos. Tem um residência alugada longe do trabalho e falta dinheiro para voltar para casa todo dia.

Leia o drama abaixo:

 

Aos 34 anos de idade, o auxiliar de cozinha José Francisco Emanuel de Souza, baiano de Feira de Santana, engrossa duas estatísticas à primeira vista inconciliáveis. Souza é ao mesmo um dos 12 milhões de brasileiros que conseguiram emprego com carteira assinada no governo Lula e um dos 13.666 moradores de rua de São Paulo. “O pior não é ter que dormir na calçada. Fico chateado mesmo é quando sou tratado como mendigo ou vagabundo”, lamenta Souza.

Dois meses depois de se casar com Mirelle, sua namorada desde a adolescência, ele saiu de Feira de Santana, sete anos atrás, rumo a Ribeirão Pires, na grande São Paulo, onde já viviam quatro de seus sete irmãos. Ali conseguiu emprego num lava-rápido. Ganhava R$ 300 mais gorjetas e não tinha carteira assinada. Mirelle trabalhava como diarista. Com o dinheiro o casal alugou uma casa de três cômodos que hoje divide com as duas filhas, Gisele e Luana, ambas nascidas em São Paulo.

Depois de dois anos no lava-rápido, Souza, indicado por um conterrâneo, conseguiu emprego de ajudante de cozinha em um restaurante popular na região da Praça da Sé, no centro de São Paulo, com carteira assinada e um salário mínimo e meio mensais. Passado algum tempo Mirelle também conseguiu emprego com carteira assinada em um salão de beleza.

A vida do casal deu um salto. Mirelle se matriculou no supletivo e pleiteia uma vaga no Prouni, programa do governo que destina bolsas em universidades a pessoas de baixa renda. Com as facilidades de crédito, o casal já pensa em comprar uma casa própria. O novo orçamento comportou um aparelho de DVD, geladeira nova, telefones celulares e eventualmente um churrasco nos finais de semana.

O progresso do casal, no entanto, tem um inconveniente. Devido à distância, Souza não tinha dinheiro para ir e voltar todos os dias. “Se fizer isso a metade do salário fica na catraca do ônibus”, disse ele. A saída encontrada foi passar a semana na cidade e voltar para casa no sábado depois do expediente.

Como também não tinha dinheiro para um hotel, Souza dormia nos albergues mantidos pela prefeitura no centro. Até que dois anos atrás a prefeitura decidiu fechar os albergues. Hoje o dormitório de Souza é uma caixa de geladeira e um cobertor perto do largo São Francisco, junto com outros ex-colegas de albergue.

“No albergue era tranquilo. Não tinha cachaceiro nem encrenqueiro. Era um ambiente família. Agora, na rua, a gente vê cada coisa que até Deus duvida. Como é que tem gente que chega a este ponto?”, indagou Souza.

Nos primeiros meses de calçada ele presenciou tentativas de assalto e estupro, uso e tráfico desenfreado de drogas, prostituição, violência gratuita. Seu grupo, formado majoritariamente por trabalhadores e famílias de imigrantes, teve que enfrentar com pedaços de pau alguns assaltantes até conseguir sossego. “A lei aqui é outra”, justificou.

Violência

Além da violência urbana, Souza sofreu nas mãos das autoridades. “Não foi uma nem duas vezes que a gente acordou com os lixeiros da prefeitura jogando água. Aí tinha que catar o que pudesse e sair correndo porque quem fica entra no pau da Guarda Civil”, disse.

Os abusos só pararam quando o grupo passou a ser conhecido dos assistentes sociais da prefeitura que intermediaram uma trégua com a Guarda Civil Metropolitana e funcionários da Limpurb, a empresa de limpeza urbana. “Ser tratado como um saco de lixo não é brincadeira, não”, recorda Souza.

Apesar das dificuldades o ajudante de cozinha não desanima. “Estamos procurando uma casa mais perto do centro. Não aguento mais dormir no aberto toda noite pensando na minha morena lá em casa, no quentinho, com as crianças”, disse ele.

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3.6.10

Mensagem de esperança para seleções da Espanha, Holanda e Dinamarca

Bandidos em fuga sequestram família

Armas e colete apreendidos e fotografados pela polícia e o veículo Ducatto tomado da família pelos bandidos, na foto de Reginaldo Pereira


Bandidos que fugiam da perseguição da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal sequestraram uma família no distrito de Ipuaçu, em Feira de Santana. Marido, mulher e uma criança de dois anos foram levados como reféns por volta de duas horas da manhã, quando a residência na Fazenda Capim foi invadida por seis homens, que buscavam um carro para escapar.

Eles precisavam de um veículo para substituir o anterior, que ficou preso ao passar por um caminho apertado demais em uma estrada de terra. Chegaram na fazenda a pé, de acordo com relato de José Antonio Alves. Ele é cunhado de Aylton Ferreira da Silva, que foi vítima do sequestro juntamente com a esposa Tânia Ribeiro e o filho de dois anos. As vítimas não quiseram dar entrevista.

O carro que estava na fazenda é um veículo que presta serviço de transporte de funcionários para a empresa concessionária das rodovias federais da região. Um carro grande, com bastante espaço. A informação do cunhado é que família só foi levada para indicar o caminho, já que os bandidos desconheciam a região.

Mais tarde, novamente acabaram caindo com o carro em um buraco e ficaram de novo a pé. Obrigaram a família a acompanhá-los. Ao encontrar outros dois veículos para roubar, soltaram os reféns, no distrito de Maria Quitéria, também em Feira de Santana, pouco antes de 8 da manhã.

BUSCA FRUSTRADA

Durante todo o dia de ontem, as polícias Militar e Rodoviária Federal tentaram sem sucesso encontrar os criminosos. O principal resultado da perseguição foi a apreensão de um fuzil de uso exclusivo das Forças Armadas, um revólver calibre 38 e colete à prova de balas.

O armamento foi deixado pelos bandidos em um dos carros abandonados na fuga. A perseguição começou 11:30 da noite de terça-feira na BR 116 Sul, onde a Polícia Rodoviária Federal fazia abordagem de veículos em frente à delegacia 10/2 de Feira de Santana.

Os patrulheiros pediram que uma picape S-10 parasse. O motorista reduziu a velocidade e foi encostando. Mas antes que o policial chegasse ao carro, arrancou em alta velocidade. Foi quando começou a perseguição. A picape entrou à direita alguns quilômetros depois, pegando a rodovia estadual BA-052, conhecida como estrada do Feijão. Em uma subida, os patrulheiros perderam os fugitivos de vista. Ao descer a ladeira foram surpreendidos pela picape e mais outro carro, virados na contramão, fechando a rodovia e disparando contra eles.

Os ladrões conseguiram fugir e chegaram na fazenda onde cometeram o sequestro. Informada que a família era refém, a PM conseguiu localizar o carro, mas também foi alvo de tiros dos marginais. Os policiais não revidaram devido ao risco de atingir os reféns.

De acordo com o cunhado de um dos seqüestrados, eles não sofreram nenhuma violência física nem foram maltratados e também não precisaram de atendimento médico depois que foram libertados.

----------------------------------------------------------------------------------------------- Na noite de ontem, dois homens armados roubaram uma Hilux de uma mulher no centro de Feira de Santana. Mesmo antes de saber do roubo, uma patrulha da PRF desconfiou dos ocupantes desde o bairro Sobradinho e passou a seguir o carro. Uma barreira foi montada na delegacia da BR 116 Sul. Ao passar por lá o veículo tentou escapar, mas acabou capotando. Um dos homens fugiu, mas GIldásio Pereira de Oliveira, 37 anos, foi preso com um revólver. A PRF acredita que fazem parte do mesmo bando ligado ao sequestro em Ipuaçu, mas o inspetor chefe da delegacia, Sílvio Dias, afirmou que a confirmação só poderia ser feita hoje na polícia, caso haja o reconhecimento feito pelas vítimas do sequestro.

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2.6.10

Peixes morrem no superpoluído rio Subaé

Marivaldo e uma criança mostram peixes mortos e a espuma toma conta do rio, na altura do Limoeiro (FOTOS: REGINALDO PEREIRA)

 

A poluição do rio Subaé provocou a morte de peixes na localidade chamada Fazenda Dotô, parte do distrito de Humildes, em Feira de Santana. O rio começa no município, passa por dentro da área urbana e já entra na zona rural muito sujo e com mau cheiro.

Os peixes apareceram mortos domingo. Houve relatos de que alguns moradores levaram para comer exemplares de traíra tirados da água ainda vivos. Mas as pessoas entrevistadas pela reportagem negaram ou evitaram falar do assunto. Apenas um morador, sem se identificar, confirmou que um vizinho tinha levado peixes para casa, mas ninguém ouviu falar sobre qualquer problema de saúde.

O IMA (Instituto do Meio Ambiente), esteve no local segunda-feira e vai fazer nesta quarta-feira a coleta de água para verificar porque ocorreu a morte de peixes. O resultado sai em duas ou três semanas, segundo Anderson Carneiro, coordenador regional do órgão, pertencente à Secretaria de Meio Ambiente.

Entre as hipóteses, pode estar a contaminação por algum produto químico, a diminuição de oxigênio pela redução no fluxo de água por falta de chuva ou mesmo o acúmulo de matéria orgânica. O trecho do rio onde ocorreu a morte de peixes estava até abril encoberto por taboas, vegetação aquática típica de locais poluídos.

Em abril, vários dias de chuvas fortes fizeram o Subaé transbordar. Muitas áreas da cidade ficaram alagadas. Na zona rural, o rio ressurgiu, mas a poluição veio junto. A taboa foi empurrada para as margens.

“Tem dias que o rio está fedendo muito”, atesta o industriário Marivaldo Rocha, que testemunhou a morte dos peixes. Ele lembra que há cerca de 30 anos, a água era limpa ao ponto de se ver o fundo e todos utilizavam o Subaé como área de lazer, para pesca e natação. “Hoje ninguém pesca mais aqui nem entra na água”, afirma.

O rio é vizinho do Centro Industrial do Subaé, que começou a ser implantado na década de 70 do século passado. Atualmente, as residências avançaram sobre a área industrial, aumentando a poluição e prejudicando a vazão do rio, o que provoca enchentes quando chove forte.

Com a situação de emergência decretada após as chuvas, a prefeitura recebeu verba do Ministério da Integração para desobstruir a passagem do rio. Na tarde de ontem, um caminhão levou para as margens dez manilhas, que serão implantadas na altura do bairro Limoeiro. Neste mesmo ponto, via-se o leito coberto por espuma e um forte cheiro de esgoto se espalhava.

O coordenador do IMA disse que também iria verificar o local. O órgão deposita a esperança de despoluição no esgotamento sanitário que está sendo implantado pela Embasa em Feira de Santana, com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal. A estimativa do governo do estado é que após a obra, 80% da cidade possua tratamento de esgoto.

 

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Menino picado por aranha deve voltar à Bahia até o fim do mês

Em uma foto, a avó Carmen e a prima Adriana. Na outra, o irmão mais velho de Igor e mais primos, usando a camisa criada para ajudar a pagar a despesa do tratamento (Fotos: Reginaldo Pereira)

É palpável a sensação de alívio entre os familiares de Igor Nascimento Oliveira, o menino que com apenas um ano, passou por 18 cirurgias, em consequência da picada de uma aranha marrom, uma espécie venenosa, que quase tirou-lhe a vida. “A previsão é que ele possa voltar no dia 21”, informa a prima do garoto, Adriana Menezes.

Igor permanece em tratamento no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas em São Paulo. Mas deixou a UTI e segundo a avó Carmen Luiza Oliveira, 54 anos, melhora a cada dia.

Para salvar a vida de Igor, uma intensa mobilização foi realizada pelos familiares. Principalmente a partir do momento em que, depois de oito cirurgias, receberam no hospital Jorge Valente, em Salvador, o aviso da equipe médica, de que só restava rezar. Rezaram mesmo, organizaram uma missa que lotou a igreja, com parentes, amigos e até desconhecidos, e correram atrás de ajuda.

A família confeccionou mil camisas com a foto de Igor estampada, vendidas a R$ 10,00 para ajudar a pagar as despesas geradas durante a internação. A empresa onde trabalha o pai, Leonardo, garantiu que o plano de saúde pagaria o tratamento no Hospital das Clínicas em São Paulo. Porém ainda era preciso fazer a transferência em UTI aérea, cuidado indispensável pelo estado grave em que a criança se encontrava. Um custo superior a R$ 60 mil, que a família não podia pagar. A viagem só foi possível com a intervenção de políticos, a quem os parentes de Igor não se furtaram a recorrer. A Secretaria de Saúde do estado se responsabilizou pelo transporte.

“A primeira equipe médica que recebeu em São Paulo não deu muita esperança. Mas outros vieram depois e disseram que iam lutar pela vida dele. Eu nunca perdi a fé”, conta emocionada a prima Adriana.

A família de classe média vive no centro de Alagoinhas, em uma casa simples. Vários dos parentes moram nas imediações. “Nós éramos unidos, mas o caso do Igor serviu para nos unir muito mais”, confidencia a avó, que é mãe de Leonardo e sogra de Jamile, os pais do garoto, que estão em São Paulo desde 19 de março acompanhando a criança. O outro filho, Iuri, de 7 anos, estuda na escolinha de propriedade de uma tia, onde a prima Adriana é coordenadora.

Os parentes esperam fazer uma festa e uma missa em ação de graças, quando Igor retornar. Mas ainda não sabem quando isso poderá ocorrer, já que é certo que o garoto ainda vai precisar de reabilitação no hospital especializado Sara Kubitschek, em Salvador, devido à amputação da perna esquerda, consequência da necrose posterior à picada.

PICADA NA PRAIA

A picada da aranha marrom aconteceu durante veraneio da família, que alugou por 15 dias, no período de Carnaval, uma casa na praia de Subaúma, no litoral Norte. Como Igor, então com nove meses, começou a choramingar, a família, que pretendia ficar mais uma semana, retornou na Quarta-feira de Cinzas.

Ninguém viu o ataque da aranha e não havia ainda nenhuma mancha na pele. O mal estar do menino foi atribuído ao nascimento dos dentes. Como ele continuou a reclamar, no sábado foi levado a uma clínica particular, onde tomou remédio para dor, que aliviou os sintomas por algumas horas.

À noite o incômodo da criança obrigou a mãe a procurar o Dantas Bião, hospital público do município. Os médicos quiseram manter o menino internado, mas ela preferiu levá-lo para casa assinando um termo de responsabilidade. Quando foi ao pediatra da família, na segunda-feira, a mancha provocada pelo veneno na pele já era visível. O médico recomendou a transferência imediata para o hospital Jorge Valente, na capital.

Foi somente em Salvador que ocorreu o diagnóstico e o menino recebeu o antídoto contra o veneno da aranha. Mesmo assim, a necrose da pele continuou a crescer. Foram feitas seguidas cirurgias para raspar a pele afetada. Depois vieram as amputações, cada vez um pouco mais acima na perna.

“Foi em 15 de março que o cirurgião disse que não havia mais nada a fazer”, lembra a avó. A transferência para São Paulo veio como um último recurso, que felizmente deu certo, após novas cirurgias, que incluíram até a retirada de um pedaço de um rim, onde houve a desconfiança de que o veneno já chegara também. “Foi um pedaço pequeno e disseram que com o tempo vai se regenerar”, detalha Adriana.

Agora a avó já tem uma lista dos indicadores da melhora da saúde de Igor. “Ele saiu da UTI, não toma mais remédios fortes, respira sem aparelho, ouve música e reconhece a mãe”, vibra Carmen Luiza, ansiosa pela volta do neto.

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1.6.10

Protesto força governo estadual a negociar


Representantes dos invasores do terreno no bairro Aviário serão recebidos hoje em Salvador na Secretaria de Desenvolvimento Urbano, do governo do estado.

Ontem eles fecharam um lado da BR 324, em uma manifestação que durou três horas e provocou quilômetros de engarrafamento na BR 324.

A queixa do Movimento de Luta nos Bairros (MLB), que organizou o movimento, é de que a negociações com o governo do estado estavam paradas. Em fevereiro de 2009 ocorreu a invasão, em terreno pertencente ao município.

Em agosto, a prefeitura anunciou que cederia o terreno. O estado se encarregaria da construção das casas para as mais de 200 famílias precariamente alojadas. Mas o processo não andou os sem teto dizem que até uma audiência marcada na mesma secretaria foi desmarcada.

Foto: Roberto Kuelho

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Maio chega a 44 homícidios. 178 no ano


O mês de maio foi até agora o mais violento do ano de 2010 em Feira de Santana. As 44 mortes superaram o recorde de 40 no mês anterior. Ao todo, 2010 já contabiliza 178 homicídios. Até 31 de maio de 2009, ano que bateu recorde de homicídios, as mortes tinham sido “apenas” 114. Assim, 2010 tem até o momento um crescimento de 56% no número de homicídios.

Os números foram apresentados pelo repórter policial Aldo Matos na manhã de hoje no programa Acorda Cidade. Não estão contabilizados os latrocínios (roubar para matar) e autos de resistência (quando supostos criminosos morrem em combate com a polícia).

Maio foi o primeiro mês completo em que funcionou a Ronda nos Bairros, programa de policiamento lançado em Feira de Santana pelo governador Jaques Wagner no dia 7 de abril.

 

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Homicídios quintuplicam em cinco anos

Os homicídios no mês de maio aumentaram mais de cinco vezes nos últimos cinco anos, passando de 8 em 2006 para 44 em 2010. Os números foram fechados ontem, com o encerramento do quinto e até agora mais violento mês do ano em Feira de Santana.


Os dados foram divulgados hoje pelo repórter policial Aldo Matos (no programa Acorda Cidade), que diariamente atualiza as estatísticas policiais e tem o registro de todos os crimes cometidos na cidade.

Em relação ao ano de 2009, o aumento das mortes em maio chega a 64%. É importante ter em mente que o ano passado (como vem acontecendo sistematicamente) bateu recorde de homicídios, com a média de uma morte por dia.

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31.5.10

Concursos se limitaram a repor professores

De acordo com informações da secretaria municipal de Administração, os dois concursos públicos realizados pela prefeitura de Feira de Santana em 2002 e 2006 convocaram 851 professores que conseguiram aprovação. Nem todos compareceram, porque há os casos de pessoas que se mudaram, que optaram por escola particular ou até por ingressar em outro ramo de atividade profissional.

O secretário de Administração, João Marinho Gomes, não forneceu o número exato dos que ingressaram na rede municipal, mas estima que são poucos os que deixaram de atender a convocação.

Entretanto, confrontado com o número de aposentadorias contabilizadas pela mesma secretaria (871), nota-se que os novos professores apenas supriram a saída daqueles que se aposentaram. Foi insuficiente para acabar com o uso excessivo de estagiários, que são 850, conforme admite o próprio secretário de Educação, José Raimundo, embora ressaltando que são “apenas 600” em sala de aula. A rede tem pouco mais de 1.700 concursados, ou seja, os estagiários representam 50% do número de concursados, recebendo salário de R$ 300, mais ajuda de custo de R$ 88, para fazer o mesmo trabalho, já que assumem integralmente a sala de aula.

APOSENTADORIAS

até 1999

287

2000

47

2001

23

2002

50

2003

56

2004

49

2005

53

2006

59

2007

60

2008

119

2009

43

2010

25

871

30.5.10

Invasores do Aviário, há mais de um ano sem casas, protestam amanhã

Em protesto contra o governo do estado, os moradores do terreno invadido no bairro Aviário vão fazer uma manifestação na manhã desta segunda-feira.

A informação foi divulgada pelo estudante Jader Dourado, que desde o começo tem ajudado na organização do movimento. De acordo com ele, o acordo firmado após a invasão, em fevereiro do ano passado, estabeleceu que a prefeitura cederia o terreno, que é municipal, enquanto o estado construiria as casas.

“Não podemos esperar a boa vontade do governo enquanto sofremos com o sol e a chuva. Boa vontade apenas não resolve os problemas. Há algum tempo as negociações com o governo estadual não se desenvolvem, sujeitando as famílias ocupantes a condições precárias de sobrevivência”, reclama Jader.

Segundo ele são mais de 200 famílias morando no terreno. A ocupação da área foi promovida pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). Eles deram à ocupação o nome do ex-prefeito Chico Pinto, esquerdista cassado pela ditadura militar em 1964.

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Guri envelheceu três anos em maio e venceu Festival de Sanfoneiros

O garoto Elton Machado, venceu o III Festival de Sanfoneiros promovido pelo CUCA. Elton ganhou tanto na votação do júri quanto do público que lotou o Centro de Cultura Amélio Amorim, mostrando que o evento já se firmou mesmo estando apenas na terceira edição.

A premiação foi de R$ 3.500 para o primeiro lugar, R$ 2.500 para o segundo e R$ 1.500 para o terceiro. Elton tem direito também aos R$ 1.000 concedidos ao melhor sanfoneiro na opinião do público.

Ficou a dúvida sobre a idade do vencedor, pois tanto no release com a lista dos finalistas, distribuído pelo Cuca em 13 de maio quanto no mais recente, entregue nas vésperas do evento, a idade de Elton Machado Mascarenhas, de Rafael Jambeiro, era 12 anos.

Nas matérias divulgadas pela imprensa após a final sexta-feira (28), aparece a idade de 15 anos e o apelido de Machadinho. O guri é pequeno mesmo, mas ao que parece já toca como gente grande, pois venceu duplamente. Eu lá não estive e nada posso dizer.

O mais importante é que o Festival foi um sucesso tão grande que o espaço para abrigá-lo já ficou pequeno, como mostrou o Blog da Feira. Se Feira tivesse orgulho de si mesma, já deveria estar na 50ª edição do Festival de Sanfoneiros e para cá acorreria gente do país inteiro, para assistir o bendito duelo musical. Mas já que estamos no começo, que pelo menos nunca mais haja um fim, mesmo quando a dinâmica Selma Oliveira não mais dirigir o Cuca nem José Carlos Barreto a UEFS.

Nas fotos de Renivaldo Luz, Elton em ação no palco e recebendo o prêmio das mãos do reitor

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