26.12.09

Feira desperdiça oportunidade

Tem expressão mais esquisita do que “causou espécie”, significando “causou estranheza”? Pois bem, como o caso é estranho, vou me valer dela. Causou-me espécie quando ouvi falar que se cogitava eliminar a função agropecuária do Parque de Exposições de Salvador, transferindo tudo para Feira, enquanto aquela área na capital seria adaptada exclusivamente para grandes eventos musicais.

Ponto para Feira de Santana, que teria muito a ganhar com a transferência para estas plagas, por exemplo, da Fenagro, além de vários outros eventos importantes do setor agropecuário, que se realizam em Salvador.

Problema: a ideia, que não nasceu em Feira, também não recebeu da nossa elite econômica e política o apoio enfático e entusiasmado que deveria ter produzido para que prosperasse. Surgiu por meio de Domingos Leonelli, secretário de Turismo no estado, que queria liberar o espaço na capital.

De acordo com o site Política Livre, o secretário Roberto Muniz, de Agricultura, não gostou e conseguiu evitar a mudança, que não agradava também alguns produtores acomodados em Salvador. E Feira, que deveria ser a ponte entre a capital – que não tem produção agrícola – e o interior – que produz tudo – perdeu essa chance.

Além da pequena distância entre Feira e Salvador, que não representa nenhum transtorno para o deslocamento dos abastados barões instalados em Salvador, ainda vivemos atualmente a expectativa de melhorias no piso e o acréscimo de uma pista na BR 324, o que tornará o percurso ainda mais tranquilo.

Mas enquanto nosso povo (elite, quero dizer) aqui dormia para a inesperada oportunidade que se apresentou, o secretário Muniz rapidamente conseguiu desfazer o plano, conforme a história contada ontem pelo mencionado site. Leia:

“Domingos Leonelli que tencionava transformar o Parque de Exposições, na Paralela, numa espécie de arena para apresentações musicais, intitulada “Cidade da Música”.

O projeto de Leonelli visava transferir o Parque de hoje para um outro local, em Feira de Santana, o que desagradava, de uma maneira geral, a produtores baianos. Comunicado de última hora que o secretário de Turismo promovia uma audiência pública para discutir uma nova destinação para o espaço, Muniz decidiu, sob a orientação de assessores, comparecer de supetão ao local onde a discussão era travada.

Depois de ouvir os primeiros argumentos, disse que concordava que o Parque de Exposições melhorasse sua estrutura para receber shows e outros eventos do gênero, mas que não sabia que estava sendo despejado para Feira. Ganhou a platéia formada em grande parte por músicos e a queda de braço com Leonelli.

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Hospital da Criança X Hospital Geral

O texto abaixo é do médico Cesar Oliveira, publicado na edição mais recente do jornal semanal Tribuna Feirense. Ele volta a questionar a implantação do moderno Hospital da Criança, cuja demanda não se percebe, enquanto o Clériston continua sendo o Clériston, apesar das melhorias feitas no atual governo estadual.

O assunto nunca foi debatido com a sociedade e o retorno ao tema vale, portanto, mais uma vez, como alerta. Não se tem a intenção de condenar a iniciativa louvável do valioso investimento na saúde na região, mas sim discutir o que seria mais adequado.

Leia o texto:

É vero que não tenho os dados de que Solla dispõe sobre a saúde na Bahia e paciente nunca falta; mas ainda não me convenci de que Feira precisa mais de um Hospital da Criança do que de um Hospital Geral.

Até porque o Hospital da Criança da prefeitura de Feira de Santana, apesar da baixa complexidade, nem sequer está todo ocupado e poderia ser ampliado. E na baixa complexidade ele tem atendido bem.

No HGCA a limitação na capacidade de investigação, a inexistência de serviços especializados, a limitação tecnológica da Radiologia, a insuficiência de leitos, faz com que seja uma medicina de baixa resolutividade nas condições de maior risco. Um grande hospital geral, bem equipado, com protocolos, capacidade resolutiva, é o sonho de todo médico que quer praticar uma medicina honesta.

Outro mal do qual padece o HGCA é a Emergência. Em verdade todas as atenções ficam voltadas ao apagamento diário dos incêndios na urgência, por todas as repercussões, e esquecemos, ou ficamos menos atentos, ao cotidiano das atividades pós-atendimento emergencial.

César Oliveira – também médico no HGCA 

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25.12.09

Santo Estêvão tem primeira lei no país sobre toque de recolher

O toque de recolher para adolescentes foi transformado em lei no município de Santo Estêvão (a 160 quilômetros de Salvador, vizinho de Feira de Santana). O projeto foi aprovado por unanimidade pelos vereadores e sancionado na semana passada pelo prefeito Rogério Costa (DEM).

A medida já vigora na cidade desde junho, por iniciativa do juiz José Brandão Netto. Segundo ele, esta é a primeira lei municipal aprovada no país instituindo o toque de recolher. Ao baixar a portaria no meio do ano, Brandão também coordenou os esforços conjuntos da prefeitura, polícia e juizado de menores, para colocar em prática a proposta de retirar os adolescentes das ruas durante a noite.

Porém, houve questionamentos jurídicos a nível nacional. A dúvida é se um juiz poderia estabelecer regras sobre o assunto, por meio de uma portaria. A fim de acabar com este argumento, juízes que defendem o toque de recolher se articulam pela aprovação de leis municipais.

O projeto de Santo foi baseado em outro que tramita em Diadema (SP). A Câmara de Ipecaetá, cidade que faz parte da mesma comarca e sob a jurisdição do mesmo magistrado, está votando lei semelhante.

Para o juiz, a transformação em lei é uma garantia de que a medida continuará a ser aplicada, independente de quem esteja à frente do Judiciário ou do Executivo no futuro.

Juízes que adotaram toque de recolher querem propor na CPI da Pedofilia em Brasília, uma lei nacional. “Se as câmaras municipais começarem a aprovar, vai ficar mais fácil passar no Congresso”, calcula Brandão.

“Todos os vereadores apoiaram porque a violência diminuiu e a prostituição infantil também. Toda a sociedade está a favor. Inclusive recebemos abaixo assinado com milhares de assinaturas”, justifica o presidente da Câmara, Hugo Nogueira (PSL).

Quem reclama, claro, são alguns adolescentes. “Moro na zona rural. Como é mais longe, agora fico sem poder vir a uma festa, porque logo vai chegar a hora de voltar”, diz Elson Silva, 16 anos.

A colega Arlete Oliveira tem 17, mas o namorado já chegou a 19 anos. Por isso não sofre restrição de horário. “Eu tenho que ir para casa e deixar o namorado sozinho na rua. É problema!”, avalia Arlete, que prefere ficar se escondendo da ronda dos comissários de menores do que deixar o namorado disponível para as outras a partir de 11 da noite, horário limite para quem é menor de idade.

Nas festas de Natal e Ano Novo, o toque de recolher é suspenso, seguindo prática já estabelecida desde a portaria do juiz em junho, prevendo a suspensão em ocasiões especiais, das quais a primeira foi no São João.

 

 

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24.12.09

Por pouco presos não fugiram hoje do Complexo

A suspensão de visitas e banho de sol hoje no Complexo Policial provocou uma mini-rebelião que poderia ter levado a uma fuga de presos. A chegada do pelotão Tático Móvel da PM impediu que isso ocorresse.


Policiais militares chegaram a tempo de impedir fuga (foto Reginaldo Pereira)


Mas ficou demonstrada a fragilidade do Complexo, ainda com quase o dobro de sua capacidade, apesar das transferências recentes para o Presídio Regional e algumas obras de recuperação e reforço de segurança pós rebeliões.

O delegado Carlos Lins, que estava no plantão, contou que os revoltosos da cela 15 já estavam a ponto de romper as grades, utilizando uma pilastra, obtida com a destruição das camas de concreto. A cela tem capacidade para quatro presos e abrigava nove. Ao todo são 15 celas e a lotação de 60 presos. Há 110.


Presos que não participaram da revolta mostram o pedaço de concreto que estava sendo usado para arrebentar a cela (foto de Reginaldo Pereira)


Como era ponto facultativo, não havia ninguém para tomar conta da carceragem. Eram somente três policiais de serviço onde normalmente são 20. Por isso banho de sol, que ocorre todo dia útil e visitas, que ocorrem três vezes por semana, não puderam acontecer hoje. Só que ninguém avisou presos nem parentes. Estes apareceram por lá com panetones e etc e não puderam entrar, o que deu origem à revolta. Depois que tudo voltou ao normal combinou-se que a visita vai ocorrer no sábado.

A cela 15 foi ajeitada como deu, mas ficou apenas com 3 presos, por medida de segurança. Os 6 restantes foram realojados nas outras.

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23.12.09

Em carta, servidores de universidades se queixam de maus-tratos do negociador do governo

---------- Forwarded message ----------
From: sintest UEFS <sintestba@gmail.com>
Date: 2009/12/23
Subject: oficio ao Governo do Estado da Bahia
To: wilton.cunha@sec.ba.gov.br


SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO TERCEIRO GRAU DO ESTADO DA BAHIA - SINTEST UEFS
C.G.C. 34.281.725 / 0001 - 17
Ofício nº 035/2009
 
Feira de Santana, 23 de dezembro de 2009
 
 
Ao Sr. Manoel Vitório da Silva
Secretário de Administração do Estado da Bahia
 
C/cópia para Professor Osvaldo Barreto Filho
Secretário de Educação do Estado da Bahia
 
 
Prezado Senhor,
 
Os servidores técnicos específicos das IES Baianas estão indignados diante da prepotência e despreparo do Sr. Claudinei Pereira, Diretor de Planejamento da SAEB, que estava representando a SAEB em reunião com o Fórum de Reitores, Fórum dos Técnicos, Sr. Benito Brasileiro e Sra. Gelcivania Mota representando a Secretaria de Educação, onde, queríamos explicações a respeito dos Projetos de Leis 18.462/2009 e 18.463/2009 encaminhados a Assembléia Legislativa.
 
Desde início da reunião ele mostrou-se arrogante, dizendo que não tínhamos conhecimentos matemáticos, que não sabíamos fazer contas e que tínhamos assinado um acordo onde constavam aqueles pontos abordados no Projeto de Lei. Nós, ao contrário, só tivemos conhecimento dos pontos abordados no Projeto de Lei, quando de sua publicação no Diário Oficial, com artigos que prejudicavam a nossa categoria e queríamos saber os motivos pelo qual não fomos informados antes para que pudéssemos discutir sobre o assunto. Ele mostrou que não estava ali para ouvir-nos, e disse que o Governo não negociaria nenhum ponto do Projeto de Lei, que a deveríamos ir a Assembléia Legislativa negociar com os Deputados.
 
Acreditava-mos que um Governo que cria um Sistema Estadual de Negociação Permanente - SENP é para que tenhamos diálogo e que cheguemos a um denominador comum, e não para que simplesmente referendemos os atos do Governo, pois, é essa a visão que temos dos atos do Sr. Claudinei Pereira ao representar a Gestão Atual na SENP, pois, o mesmo age de forma coronelista dentro da SAEB, da mesma forma que agia na Gestão do Governo anterior, pois, também era o mediador agindo sempre de forma sorrateira para com as Categorias. 
 
Para nós, mais uma vez ficou claro o seu despreparo e desqualificação enquanto negociador, quando quis o tempo todo impor seus posicionamentos e teve um rompante de fúria, batendo forte na mesa, desrespeitando os representantes das UEBA’S e os presentes na reunião, os dirigindo palavras de baixo calão como “imbecil”, “idiota”, “abestalhado”, dizendo que aquela reunião era uma “merda” uma “porra”, e logo depois, virou as costas e retirou-se do local ao tempo que quase quebra a porta da sala de reunião, deixando todos os presentes perplexos com a situação
 
Apesar da discussão acalorada, em nenhum momento o desrespeitamos, portanto, solicitamos que sejam tomadas as medidas cabíveis e legais, pois, o mesmo infrigiu o inciso XI do art. 175, onde diz que deve tratar com urbanidade as pessoas e o inciso VI do art. 176 da, onde diz que não deve referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos atos do poder público, mediante manifestação escrita ou oral, ambas da Lei 6.677 de 26 de setembro de 1994.
 
Informamos também que com ele não negociaremos mais e solicitamos que ele não fique mais responsável pelo gerenciamento da nossa carreira, pois, acreditamos que possa agir de forma a nos prejudicar ainda mais, ao tempo que aguardamos saber quais serão as medidas adotadas pela SAEB em relação a esse caso e que haja uma retratação a categoria por parte do servidor ou por parte da SAEB, visto que o mesmo, estava representando a Secretaria.
 
Atenciosamente,
 
Deibson de Souza Cavalcanti
Coordenador Geral do SINTEST-BA / UEFS

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Briga de Eliana e Torres envolve Zé Neto e Sérgio

 

Eliana atacou ações do governo Tarcízio Pimenta e Fernando Torres contra-atacou defendendo o prefeito. Isso na semana passada. Agora o incêndio na relação dos deputados feirenses se espalha para o outro lado. Para o lado do PT, partido que ainda se considera de esquerda. Mais precisamente na direção da relação já azeda por natureza entre Zé Neto e Sérgio Carneiro.

Complicado? Então vamos voltar ao início.

Eliana Boaventura e Fernando Torres quase foram aos tapas na Assembléia Legislativa ontem. Na versão dela, o deputado chamou-a por palavras impublicáveis e só não saíram na mão grande porque o nervoso deputado Fernando Torres foi contido pelos seguranças do Legislativo estadual. Em compensação, de acordo com o site Política Livre, Eliana ameaçou “quebrar a cara dele lá fora”.

O que Fernando fez de tão grave? Ele diz que não fez nada além de chamá-la de fofoqueira. E por quê? Porque contou para Zé Neto sobre uma conversa com Torres, acerca de um suposto favorecimento a pessoas na Caixa Econômica para aquisição de imóveis do Minha Casa Minha Vida, conforme ventilado semanas atrás na Câmara pela vereadora Eremita Mota. Este favorecimento envolveria um parlamentar petista. Zé Neto dispôs-se a ir fundo nas investigações, caso haja denúncias concretas, mas a princípio declarou que não via fundamento acusação de Eremita.

E quem seria o outro petista envolvido? Por eliminação chega-se a Sérgio Carneiro. Mas ele já veio a público, também no Política Livre para negar. Diz que pelo que soube na imprensa, Eremita estava chateada com o programa Minha Casa Minha Vida porque tentou e não conseguiu uma casa para um assessor. “Nenhum envolvimento tenho. Não sou suspeito de nada. Nada tenho a ver com o assunto”, insistiu Sérgio em correspondência enviada ao site.

Enquanto isso, Eliana, em Feira hoje de manhã, veio à delegacia da mulher prestar queixa contra Fernando Torres, com graves acusações. “Ele chegou a dizer que na terra dele mulher também apanha”, afirmou. Fernando, por sua vez, esforçou-se em maratona radiofônica por todos os programas para reafirmar que tão somente chamou, merecidamente, Eliana de fofoqueira. Além da queixa na polícia, Eliana avisou que vai denunciar Torres na Assembléia por quebra de decoro.

Bom para Tarcízio, que saiu da linha de fogo, pelo menos por enquanto.

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Feira de Santana ganhará dois novos SACs

 

Foi publicado no Diário Oficial do Estado do último fim de semana (12 e 13) a abertura de licitação, através da SUCAB (Superintendência de Construções Administrativas da Bahia), para a construção de um galpão para implantação de mais um posto do SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) em Feira de Santana.

A concorrência pública será realizada no dia 20 no próximo mês, às 14:30, no subsolo da SUCAB, na 3ª avenida, 390, Plataforma VI, CAB, Salvador-BA. Poderão participar desta licitação empresas que possuam capital social mínimo de R$120.000,00. 

Outro SAC deve ser inaugurado ao lado da estação rodoviária, e poderá atender de forma mais eficiente o público que atualmente se desloca ao serviço localizado na Rua da Aurora. 

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Megafest interditado. "Poluidor, incomoda a vizinhança", diz Coelho

 


A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais interditou a casa de eventos Mega Fest. A ação foi tomada na terça-feira (23) porque o espaço não dispõe de um tratamento acústico. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Antônio Carlos Coelho, o estabelecimento só deve voltar a funcionar quando for implantado um revestimento acústico eficiente no espaço.  A medida foi tomada através do auto de infração 311/09.

“A casa é poluidora, incomoda a vizinhança e perturba o sono da comunidade”, disse o secretário, mencionando que a empresa já desrespeitou Termos de Ajuste de Conduta (TAC) firmados com o Ministério Público.

No dia 06 de dezembro, a prefeitura já havia proibido a realização da Festa do P, que ocorreria no mesmo local, embora o empresário Erivaldo Cerqueira, dono do espaço, tenha dado entrevistas no rádio garantindo que a festa ocorreria, por meio de providências judiciais.

Como não ocorreu mesmo, depois tentou vender a ideia de que o motivo do cancelamento foi a insuficiência de policiamento, já que no mesmo domingo ocorreu o segundo dia de provas do Enem.

Eis um trecho do texto distribuído à imprensa na ocasião: O Mega Fest esclarece ao público que, por orientação do comando do 10º Batalhão da Polícia Militar, que alega não ter efetivo para realizar o policiamento na Festa do P, tendo em vista a realização das provas do ENEM, a FESTA DO P foi transferida para o próximo dia 31 de Janeiro.

Com a interdição, a nova data fica também ameaçada.

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O ranking da pobreza

 

O que esperar do Maranhão, Pará e Piauí senão os mais degradados níveis econômicos e sociais de sua população, vítimas principais do que há de pior na política nacional (Sarney e Jáder Barbalho no caso dos dois primeiros. No Piauí desconheço os responsáveis. A figura exótica do Mão Santa para mim é coisa relativamente recente no cenário)?

Os três estados – e também a Paraíba, acrescente-se – “destacam-se” quando se observam os municípios mais pobres do Brasil, seja pelo critério do PIB em números absolutos seja pelo critério per capita, como mostram os gráficos abaixo:

ESTADOS COM MUNICÍPIOS ENTRE OS 100 DE MENOR PIB PER CAPITA

Neste quesito vence o Maranhão, com 35% do total de municípios entre os 100 piores, seguido de perto pelo Piauí. A Bahia vem em quarto, depois do Pará, que por sinal é o estado que tem o município de menor renda per capita do país, Jacareacanga (R$ 1.566).

ESTADOS COM MUNICÍPIOS ENTRE OS 100 MENORES PIBs

Aqui é o Piauí o estado que contribui com o maior número de municípios entre os 100 mais pobres do país, com a Paraíba em segundo. Nenhum município baiano ficou entre os cem mais pobres.



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22.12.09

TCM rejeita contas de 195 prefeituras e 95 câmaras

Somente prefeituras de Feira e Ipirá tiveram contas de 2008 aprovadas sem ressalva


 

O Tribunal de Contas dos Municípios rejeitou este ano as contas de 195 prefeituras, 95 câmaras e sete entidades descentralizadas, relativas ao exercício de 2008. Os gestores podem recorrer das decisões.

Pelo quadro abaixo nota-se que cresceu o índice de gestões reprovadas pelo TCM em relação ao exercício anterior, isso sem contar as 28 prefeituras e 17 câmaras que deixaram de prestar contas e que terão tomada de contas executadas por técnicos do tribunal, além das que enviaram com atraso e que serão julgadas pelo pleno somente em 2010.

 

2008

PM

CM

ED

2007

PM

CM

ED

APROVADA

02

14

01

APROVADA

02

18

01

APROVADA RESSALVAS

185

276

89

APROVADA RESSALVAS

281

316

109

REJEITADA

195

95

07

REJEITADA

134

78

03

Prefeitura Municipal (PM), Câmara Municipal (CM), Entidade Descentralizada (ED)

A exemplo de 2007, somente duas prefeituras (Feira de Santana e Ipirá) tiveram as contas aprovadas sem nenhuma ressalva no exercício de  2008. No exercício anterior, além de Feira, conseguiu quitação plena apenas a Prefeitura de Jaguaquara, que agora teve as contas rejeitadas, com o mesmo gestor.

Em relação às câmaras municipais, o número de contas aprovadas sem ressalvas este ano caiu de 18 para 14, enquanto que o de descentralizadas se manteve igual, apenas uma foi aprovada na íntegra.

Veja no no quadro-geral (http://www.tcm.ba.gov.br/resumo/index.html), a prestação de contas de cada um dos 417 municípios baianos nos últimos 15 anos.

 

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Arrecadação de impostos na Bahia aumenta 13% em novembro

 
 

Segundo informações divulgadas hoje de manhã pela Receita Federal, a arrecadação federal no mês de novembro na Bahia foi de R$ 1 bilhão e 437 milhões.

Esse montante é 13% maior do que o arrecadado no mês de outubro e inclui Sergipe, estado que pertence também à 5ª região fiscal.

Em relação ao mesmo mês do ano passado (novembro/2008), a arrecadação cresceu 14% na região. Esse crescimento é real, ou seja, já descontada a inflação do período medida pelo IPCA.

A arrecadação federal acumulada na Bahia e Sergipe, no ano de 2009 (janeiro a novembro), alcança 13 bilhões 648 milhões.

No Brasil, a arrecadação de impostos federais superou R$ 72 bilhões em novembro, o que representa crescimento de 19,36% em relação ao mesmo mês de 2008.

 

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Verão da Bahia ganha site especial

Destino de viagem preferido dos brasileiros, segundo pesquisa do Ministério do Turismo/Vox Populi, a Bahia agora conta com um site que divulga as principais atrações do verão em todas as regiões turísticas do Estado.

Acessando o endereço verao.bahia.com.br, o internauta pode conhecer os principais atrativos do Estado como praias, cachoeiras, reservas, além de ter acesso a tudo que acontece na Boa Terra como roteiros culturais, gastronomia e dicas de passeios e saúde.

Com um rico material fotográfico e textos leves, a ferramenta, que também terá textos em inglês, vai auxiliar os turistas e baianos que buscarem informações sobre o estado como destino turístico.

O site também conta com o reforço do Disque Bahia Turismo (71 3103-3103) e dos postos do Serviço de Atendimento ao Turista (SAT’s), que juntos com as ferramentas de web formam o Sistema Integrado de Informações Turísticas.

Para enviar releases e sugestões de pauta o internauta deve mandar um e-mail para verao@setur.ba.gov.br ou ligar para 71 3116-4103.


Gabriel Carvalho
Assessor de Imprensa da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia

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Prefeito faturou em 2007 um quinto do PIB de Nova Fátima

Manoelzinho do PT é o nome artístico do prefeito de Nova Fátima. O nome assim no diminutivo dá uma falsa impressão de pobreza ou humildade.

Qual nada! “No primeiro ano da administração petista, a Sesab pagou à empresa do prefeito R$ 4,44 milhões em contratos, mais de 150% do que recebeu no ano anterior”, informa reportagem de ontem no Correio. Manoelzinho já prestava serviços à Sesab (secretaria de Saúde) no governo Paulo Souto. A empresa de Manoelzinho lava roupa suja (literalmente) em hospitais do estado.

De acordo com a matéria do Correio, há privilégios nos novos contratos do prefeito com o estado. Subsídios na execução do serviço e preços mais generosos na fatura.

Independente disso, fato é que Manoelzinho vai bem melhor que seus conterrâneos. Naquele mesmo ano de 2007, de acordo com o IBGE, Nova Fátima teve um PIB pouco superior a R$ 20,5 milhões, o vigésimo pior do estado da Bahia, que tem 417 municípios.

Ou seja, os contratos do prefeito no estado renderam um faturamento correspondente a um quinto do PIB local no mesmo período. Ou um terço da vizinha cidade de Gavião, menor PIB baiano, apenas R$ 12 milhões. Proporcionalmente, é de fazer inveja a Bill Gates e Warren Buffet. Dá inclusive para contratar ambulância particular na próxima festa que ocorrer em Nova Fátima, ao invés de deslocar a do Clériston Andrade.

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Receita Federal está mesmo de lupa no Feiraguai

Isso foi semana passada, mas como não vi a notícia nos sites locais, menciono porque é do interesse geral.

Quatro dias de operações realizadas nesta semana pela Receita Federal no Aeroporto de Salvador em vôos domésticos provenientes de São Paulo, resultaram na apreensão de mercadorias avaliadas em cerca de R$300.000,00.

“Parte dessas mercadorias se destinava a abastecer o comércio de mercadorias irregulares estabelecido na cidade de Feira de Santana-Ba, vulgarmente conhecido como ‘Feiraguai’ ”, diz o texto da Receita Federal.

Foram apreendidos 758 aparelhos celulares, 34 câmeras digitais, 65 aparelhos de mp4/mp5, 1.009 óculos de sol, 10.800 comprimidos de medicamento (Viagra, Pramil, entre outros), 1.597 confecções diversas, 15 videogames Playstation, 5 videogames portáteis PSP, 287 leitores de cartão, 214 cartões de memória, 385 pendrives, 63 calculadoras científicas, 48 webcams, 45 perfumes, 290 jogos piratas para videogame Xbox, dentre dezenas de outras mercadorias.

Os vôos foram selecionados visando coibir o comércio de mercadorias estrangeiras sem comprovação de importação regular, adquiridas no município de São Paulo.

A equipe de trabalho, composta por servidores da Alfândega do Aeroporto e da Divisão de Repressão ao Contrabando e ao Descaminho na 5ª Região Fiscal, vistoriou 100% da bagagem dos vôos selecionados para a operação.

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Zé Neto quando se zanga, se alivia escrevendo poesia

 

Ele se esforçou, mas eu acho que o lugar da resposta que me enviou o deputado estadual José Neto é na parte de comentários.

Só que eu não vi o email. Só no final da noite de ontem. E tinha sido enviado no dia 10. Então diante da ausência prolongada do direito de resposta, acho que é mais justo colocar a réplica do deputado aqui mesmo neste espaço de maior visibilidade.

Zé Neto responde ao texto Zé Neto esclarece de que tipo de jornalista gosta, publicado no dia 4 de dezembro, onde critiquei sua iniciativa de conceder título de cidadão baiano a Paulo Henrique Amorim.

 

Se você gosta de poesia, cobre ao autor caso condene a qualidade.

Se não gosta nem de poesia nem do deputado, pule para o próximo texto.

A imprensa que eu gosto

É a imprensa de todo dia

Aquela que não pensa fechado

E quando precisa se alivia...

Não precisa estar comigo, nem com Wagner, nem com Lula

Se não, caro Glauco, seu blog eu não lia...

Pensei em te responder pelo título de Amorim

Que aliás fez autocrítica

E isso muito importa

Para quem quer viver uma vida pra frente

E não uma vidinha assim e assim...

Mas não posso deixar de reconhecer que fico lisonjeado

Quando um repórter da sua estatura, homem inteligente e letrado

Observa tanto o que eu faço

Seja no policiamento, no dia a dia, ou neste específico quadrado

Pois, durmo e acordo e labuto numa correria

Esperando solenemente acertar em alguma coisa

E ver nas suas escritas ao invés de lembranças ásperas

Linhas que elogiam

Até que “gosto” da imprensa que Glauco faz

Deputado Estadual Zé Neto (PT)

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PIB per capita: 50 melhores da Bahia

De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, referentes ao ano de 2007, o mais recente disponível

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21.12.09

Feira subiu 223 posições no país em PIB per capita. Agora está em 2.235º lugar

O título é irônico e não é. Porque afinal os números do PIB 2007 dos municípios, divulgados pelo IBGE foram no geral bons para Feira de Santana. Comparando aos números de cinco anos atrás, apesar de uma pequena queda de posição em termos de PIB per capita na Bahia, no cenário nacional o avanço foi significativo.

Em números absolutos, Feira de Santana passou do 89º lugar no Brasil em 2002 para 82º em 2007 (no ano anterior – 2006 – a cidade estava em 87º. Ganhou, pois, cinco posições em um ano).

Mesmo assim estamos longe do lugar adequado, já que Feira é a 31ª cidade do país em população. Entretanto o progresso tem sido consistente a cada ano quando o IBGE divulga os números municipais do PIB.

PIB PER CAPITA

O avanço foi significativo especialmente em termos de PIB per capita. No entanto, por esta classificação, a posição de Feira de Santana ainda é vexatória e somente muitos anos de crescimento acelerado mudarão a realidade.

Em 2003 o município ocupava a 2.558ª posição em PIB per capita no país. Não é engano. É dois mil quinhentos e cinqüenta e oito mesmo. No Brasil são hoje 5.564 cidades.

Em 2007 tínhamos conseguido evoluir para a 2.335ª posição. Um salto de 223 lugares.

O que significa dizer que o crescimento econômico está sendo mais rápido que o crescimento populacional.

Dentro da Bahia, Feira tinha o 31º melhor PIB per capita em 2002 e caiu para 34º em 2007. O que significa que apesar do constante aumento do PIB municipal feirense, alguns municípios avançaram mais depressa e ultrapassaram Feira.

O gráfico abaixo mostra a evolução. Cada ponto da escala representa a renda per capita, de 2003 a 2007. Nota-se que praticamente dobrou em cinco anos, enquanto a população subiu de 501.947 para 571.997 em 2007 de acordo com o IBGE, ou seja, crescimento de somente 14%.


Foi um crescimento significativo na renda, mas que precisa ser mantido e até aumentado, para que a população tenha qualidade de vida melhor.

Para se ter uma ideia, comparemos Feira com os municípios que estão logo abaixo e acima em números absolutos do PIB (81º, 82º e 83º no país).

As duas cidades são Petrópolis (81ª), antiga cidade imperial na região serrana do Rio de Janeiro e Vila Velha (83ª), na região metropolitana de Vitória. Ambas têm sua renda dividida por uma população muito menor, o que resulta no quadro a seguir:


É isso. Feira tem mais gente para dividir menos renda. Enquanto estamos na 31ª posição em população, Petrópolis está na 78ª.

Mas dá para melhorar, melhorando a educação. Aí no lugar de gerar empregos principalmente na construção civil, poderemos gerar empregos na informática, na pesquisa científica e em qualquer outra área com potencial para pagar melhores salários e atrair mais investimentos.

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Entre os maiores, só Feira aumentou participação no estado

 

De acordo com texto publicado ontem no caderno especial Bahia em números (edição de domingo – 20 – do jornal A Tarde), que fez uso de diversas informações obtidas por meio do PIB dos municípios do IBGE, Feira de Santana foi o único dos cinco maiores municípios do estado a aumentar percentualmente sua participação no Produto Interno Bruto do estado.

A comparação com os percentuais de 1999 foi feita pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), integrante da Secretaria Estadual de Planejamento, que considera estar ocorrendo uma desconcentração da atividade econômica da região metropolitana para o restante do estado. A participação dos cinco maiores municípios era de 51% do total em 1999 e caiu para 47% em 2007.

“É um sinal bastante positivo para nossa economia. Mostra que a riqueza começa a se pulverizar melhor entre as regiões, uma mudança estrutural na especialização das atividades no estado”, avalia Gustavo Pessoti, diretor de Indicadores e Estatísticas da SEI.

Participação dos maiores municípios no PIB baiano


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Os 50 maiores PIBs da Bahia

A lista é encabeçada pela capital, é claro, (com R$ 26 bilhões) seguida dos municípios da região Metropolitana de Salvador até a sexta posição. A exceção neste grupo é Feira de Santana, que mantém sua quarta posição.


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20.12.09

Os 50 menores PIBs da Bahia

O IBGE divulgou o PIB dos municípios de todo o país em 2007 e iniciamos aqui uma série de textos, gráficos e tabelas sobre o assunto.

Começando pelos municípios mais pobres do estado, merecedores, portanto, de uma atenção diferenciada das autoridades, para ver se melhoram no futuro.

Em PIB per capita o pior resultado na Bahia é no município de Lamarão, que pela BR 116 Norte fica entre Santa Bárbara e Serrinha.

Porém abaixo listamos somente o PIB em números absolutos, na ordem crescente, do menor do estado até o 50º pior. “Liderando” os mais pobres, aparece Gavião, município da chamada região sisaleira, com Produto Interno Bruto pouco superior a R$ 12 milhões.


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A vida com pouca água da Embasa


Dois dos tanques de Maria Helena


A dona de casa Maria Helena Almeida tem três reservatórios de água. Um de 500 litros, dois de mil litros. Parece muito, mas na semana passada ela quase ficou totalmente sem o produto. "Foram quinze dias sem cair água aqui e todo mundo pedindo a minha", conta.

Ela mora no bairro Pampalona, localizado na região mais crítica de Feira de Santana em relação ao abastecimento de água. Dos três tanques, dois ficam no chão e um suspenso. "O de lá de cima uma vez por mês a água tem força para subir. É só quando a gente pode tomar banho de chuveiro e não de caneca", confidencia.


Água lá em cima, só uma vez por mês


A constante falta de água faz com que as famílias recorram a alternativas como poços artesianos e cisternas. Quem não tem, usa do vizinho. Na casa de Luiz Carlos Macedo, no bairro Sítio Novo, na mesma região da cidade, o movimento começa no final da tarde. “Os vizinhos pegam aqui e em outra casa perto que também tem poço”, relata. Com o abastecimento irregular, ele preferiu cancelar o serviço da Embasa e ficar somente com o poço.

Fabíola dos Santos é uma das que se abastece na casa de Luiz Carlos. “Eu tenho tanque em casa, mas ficou oito dias sem chegar”, garante.

“Eu moro há 32 anos aqui e sempre foi assim”, relembra a aposentada Eleide Moraes.

 

Fabíola carrega água. Cena de zona rural dentro da cidade


SOLUÇÃO EM 2010

 

O gerente da Embasa em Feira de Santana, José Neydson Eloy, informa que no começo do mês foi instalado um equipamento novo para bombear água com mais força para a área com maiores deficiências no abastecimento. Mas admite que solução definitiva somente virá com a construção de dois reservatórios, com capacidade total de 17,6 milhões de litros. Isto representa quase o dobro da capacidade atual dos reservatórios da empresa e requer investimentos de R$ 12 milhões. Ele garante que o serviço será feito em 2010, fazendo com que o próximo verão seja menos sofrido. Mas se queixa também de ligações clandestinas, que desviam água e geram uma demanda acima do programado para aquela região. “Por exemplo, se uma rua tem apenas 3 ligações oficiais e 7 clandestinas, estas vão absorver água e vai falta na que tem ligação com medidor”, argumenta.

No entanto, em diversos bairros da cidade vêm ocorrendo queixas sobre falta de água, inclusive no centro da cidade. Nestes casos, a alternativa apontada pelo gerente é a adoção de reservatórios por parte dos moradores, já que segundo ele, muitos não possuem. “Como a demanda cresce no verão e há muitos estabelecimentos comerciais, a água só adquire pressão depois das 18 horas quando o comércio fecha”, explica.

A crise no abastecimento levou a uma intervenção do Procon do município, que aplicou multa de R$ 100 mil tanto na empresa de saneamento quanto na Coelba. Isso porque no dia 9 a cidade inteira teve o fornecimento cortado. A justificativa foi deficiência no fornecimento de energia para a estação de bombeamento durante três horas, o que teria desequilibrado todo o sistema de distribuição.

Ao se defender, a Coelba alegou no Procon que não houve problema com a energia e sim o rompimento de uma adutora, responsabilidade exclusiva da Embasa. O gerente da empresa de saneamento contesta e afirma ter relatórios da própria Coelba que provam o contrário, os quais ainda serão apresentados ao Procon dentro do prazo de dez dias que as empresas receberam para se defender.

 (fotos de Reginaldo Pereira)

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