3.10.09

Provas do Enem estão em Feira há uma semana

Saco com provas do Enem: o da esquerda fechado com fita crepe (foto: Reginaldo Pereira)

Uma semana antes do dia marcado para começar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), as provas que seriam aplicadas hoje e amanhã começaram a chegar na casa dos coordenadores das escolas, responsáveis por distribuir o material para os aplicadores em sala de aula. A reportagem de A Tarde em Feira de Santana fotografou o material recebido pela coordenadora de uma escola particular da cidade.

Com a condição de não ser identificada, a coordenadora contou que foi surpreendida no sábado (26 de setembro) com a chegada de uma encomenda por meio de uma transportadora. "Quando meu filho me chamou dizendo que tinha chegado a prova de um concurso, nem me lembrei do Enem. Quando vi não acreditei que estava recebendo a prova em casa, com uma semana de antecedência", estranhou.

Eram dois sacos grandes de nylon. Um com um lacre frágil. Outro sem lacre, fechado com fita crepe. "Questionei o entregador e ele disse que era assim mesmo", relata.

Não era assim, pelo menos até o ano passado. Este já é o terceiro ano em que a professora participa como coordenadora do Enem. Até 2008, os coordenadores só recebiam as provas duas horas antes do início da aplicação. Em Feira de Santana, o material ficava custodiado pelo Exército, no 35º Batalhão de Infantaria. Todos os coordenadores tinham que ir até lá buscar as provas. "Era uma embalagem resistente, com aquele tipo de lona que antes se usava nas urnas das eleições. O lacre era muito duro e exigia um grande esforço na hora de abrir na escola", recorda.

A entrega com tantos dias de antecedência causou preocupação, que foi tratada em reunião dos coordenadores com representante do consórcio CONNASEL vencedor da licitação do Ministério da Educação para o Enem de 2009. "Foi dito pelos representantes da empresa que não havia problema, porque o importante era o lacre dentro das caixas que estão no saco e que seriam abertas somente na hora da prova", explica.

A professora não abriu o saco, para não ser responsabilizada por violação do material. Mas logo presumiu que poderia haver problemas, com milhares de coordenadores pelo país recebendo as provas com tanta antecedência. "A violação não precisaria ocorrer necessariamente pelo coordenador, mas por um parente, um empregado doméstico, ou até mesmo no caso de um assalto", raciocina.

Depois do adiamento do Enem pelo MEC as pessoas que estavam com as provas em seu poder receberam dois emails. O primeiro assinado por Edgar Dias, da coordenação em Salvador, pedindo “especial atenção para que não sejam divulgados os fatos de termos no estado da Bahia a mesma situação de São Paulo (sacos danificados)”. O email também proibia “informar ou divulgar qualquer informação em referência ao processo do Enem”, pois o assunto seria tratado exclusivamente pelo MEC.

O segundo email, desta vez assinado por Edgar Dias e Ivete Dias, recomenda que todos mantenham a guarda do material até a montagem de uma nova logística de recolhimento das provas anuladas.

Não conseguimos falar com os coordenadores do processo na Bahia, que assinam o email. Tentamos ouvir os representantes da empresa em Feira de Santana, que preferiram não se pronunciar, mas prometeram contactar Edgar ou Ivete. “Nós somos subordinados e não podemos falar, você entende. E como já foi dito, é o MEC quem pode se manifestar”, argumentou Rita Cerqueira, que trabalha no processo com o marido Ricardo Martins. Quando retornamos a ligação, Rita informou que não conseguiu falar com os coordenadores, porque eles estavam viajando.

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2.10.09

Confirmada Micareta entre 15 e 18 de abril

Prevaleceu a data proposta pela prefeitura e a micareta 2010 será mesmo entre 15 e 18 de abril. A proposta venceu por 10 votos a 3.

Associação Comercial e CDL propuseram o período de 29 de abril a 2 de maio, para aproveitar o feriado do Dia do Trabalhador.

Os blocos já se movimentam para a festa. Já tem gente anunciando no rádio a venda de abadás.

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Mãe que não quer filho pode ser processada por abandono

Alean Rodrigues e Glauco Wanderley

A mãe do garoto de 11 anos, espancado pelo pai em São Gonçalo dos Campos, pode ser processada pelo Ministério Público por crime de abandono material e intelectual. Ela se recusou a ficar com o garoto, que teve alta terça-feira do Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana, onde estava internado. Alegou que não tem condições financeiras de criar mais um filho. Além disso, ele foge de casa e briga muito com os irmãos. A mulher mora com outros cinco filhos em uma construção abandonada em Feira de Santana.

A criança foi retirada ontem do hospital, pelo presidente do Conselho Tutelar de São Gonçalo dos Campos, Domingos Santana Filho. Com a recusa da mãe em recebê-lo, ficará abrigado no próprio Conselho Tutelar. “Nem concordamos que ele fique com a mãe que não o quer, porque será bem pior”, afirmou Domingos.

Ao ser tirado do hospital o menino declarou que não queria ficar nem com o pai nem com a mãe e sim com um irmão. O único dos irmãos que não mora com a mãe é um garoto de 15 anos, o mais velho da família. Segundo a mãe ele está vivendo com uma senhora que o retirou das ruas, onde estava vivendo depois de passar por instituições destinadas a crianças órfãs ou abandonadas pelos pais.

Na próxima quarta-feira a promotora Daiane Bulcão, de São Gonçalo dos Campos, vai ouvir a mãe em audiência, para decidir que procedimento será adotado. Ela conta que a princípio, depois de receber informações do Conselho por telefone e verificar que não havia nada que comprometesse a conduta da mãe, determinou que a criança fosse entregue pelo menos provisoriamente à genitora, mediante assinatura de um termo de responsabilidade. No entanto, diante das notícias sobre a atitude da mãe, Daiane admite estar receosa de entregar-lhe o filho e cogita de mandar instaurar um inquérito por abandono, que pode resultar na perda do pátrio poder dos pais. A última palavra sobre o caso caberá ao juiz da infância e adolescência da comarca.

 

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Para Wagner, Bahia também se beneficiará com os jogos Olímpicos

 

De Água Fria, onde chegou no começo da tarde de hoje (2), o governador Jaques Wagner comemorou a escolha da cidade do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. “Como disse o presidente Lula, não é uma vitória apenas do Rio, mas do Brasil e da América do Sul. As Olimpíadas trarão benefícios inestimáveis para a população”, disse ele que completou: “Especificamente para a Bahia, haverá incremento significativo no turismo, uma vez que grande parte dos turistas que vierem ao Rio visitará também o nosso estado”.

Para Wagner, o resultado anunciado hoje em Copenhagen ajuda a consolidar a posição do Brasil “como uma das mais importantes nações do mundo e fortalece a autoestima de todos os brasileiros”. Segundo ele, dois anos depois da Copa 2014, Salvador estará mais uma vez em um grande acontecimento esportivo mundial, consolidando sua posição entre as cidades com infraestrutura e experiência na realização de eventos esportivos e culturais.

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Prefeitura quer micareta de 15 a 18 de abril

A Prefeitura de Feira de Santana vai sugerir a data de 15 a 18 de abril de 2010, de quinta-feira a domingo, como data para a realização da 72ª edição da Micareta, maior evento popular do interior do Nordeste. O órgão pode definir ainda as datas da Micareta de 2011, 2012 e 2013.

Os membros constitutivos do Conselho Municipal de Festejos Populares têm reunião em assembléia, no final da tarde desta sexta-feira (2), às 17 horas, para discutir sobre a realização da festa.

Segundo Naron Vasconcelos, diretor do Departamento de Eventos, "a questão está em aberto e outras datas podem ser propostas e discutidas".

Dos 17 membros que formam o Conselho, seis deles são secretários municipais - Alcione Cedraz, secretário de Cultura, Esporte e Lazer; Luiz Araújo, secretário de Serviços Públicos; João Carlos Cavalcante, secretário de Saúde; Edson Borges, secretário de Comunicação Social; Carlos Brito, secretário de Planejamento; Wagner Gonçalves, secretário da Fazenda.

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1.10.09

Entidade de defesa dos direitos dos animais convoca protesto contra UEFS

 

Depois da divulgação pelo site do Ibahia de que a UEFS estaria realizando um encontro para discutir o uso de animais em pesquisas cientificas, a Agência de Notícias dos Direitos dos Animais publicou um texto assinado apenas por João, ativista K, convocando protestos contra a reunião. Leia o texto aqui: http://www.anda.jor.br/?p=23083

A UEFS informa que o congresso é justamente para discutir maneiras de reduzir o sofrimento de animais em pesquisas (veja matéria da universidade aqui http://www.uefs.br/portal/noticias/2009/encontro-debate-a-etica-no-uso-de-animais-em). Argumento que o ativista não aceita, pois acredita que animais são inúteis à pesquisa, porque tem organismos diferentes dos humanos e portanto o procedimento serve apenas para tortura dos bichos com técnicas que ele chama de nazistas.

Para levar adiante o protesto, fornece o número dos telefones da instituição para protestos diretos, emails e comentários na página onde o encontro foi noticiado.

 

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Deu no UOL: Bahia perde mais no Pituaçu que em Feira de Santana

 

Ao término do Campeonato Brasileiro de 2008, muitos creditavam a campanha mediana do Bahia na Série B ao fato de ter sido obrigado a mandar seus jogos no estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana, a 110km de Salvador, já que a Fonte Nova foi estava interditada e não houve um acordo com o Vitória para atuar no Barradão.

Com isso, o Governo do Estado da Bahia tratou de acelerar a reforma do Estádio Roberto Santos, mas conhecido como Pituaçu. Tratada como emergencial, com dispensa de licitação, a obra foi alvo de uma ação do Ministério Público por improbidade administrativa.

Programada para ser concluída em julho de 2008 e por um custo de R$ 22 milhões, a obra reforma consumiu R$ 55 milhões e só terminou em janeiro deste ano. Mas nem todo o esforço do Governo parece ter surtido efeito, já que nesta terça-feira, contra o Duque de Caxias, o Bahia colecionou sua quarta derrota em 14 partidas como mandante na Série B, uma a mais que em todos os 19 jogos de 2008 realizados em Feira de Santana pela edição anterior da competição.

Leia mais no UOL Esporte: http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/brasileiro/serie-b/ultimas-noticias/2009/09/30/ult7377u2244.jhtm

 

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Nóide Cerqueira: enfim entregue o projeto ao estado

Prefeitura informa que o projeto de infra-estrutura da avenida Nóide Cerqueira foi protocolado na tarde desta quarta-feira (30), na Secretaria de Estado do Planejamento. Isso sim é o que importa, não a lenga-lenga de João Leão, Tarcízio Pimenta e Carlos Brito sobre existir o projeto, ou não existir o projeto.

O projeto foi protocolado na Secretaria de Planejamento, que tem à frente Walter Pinheiro, em função de ser o órgão competente do Estado para recebê-lo.

Segundo o informe municipal o projeto básico de infra-estrutura das avenidas radiais está pronto desde 2007. Foi elaborado durante o governo do ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho, através da empresa Hisa Engenharia, contratada através de licitação pública. Apresenta estudos geotécnicos, geológico, hidrológico, geométrico, interseção e terraplenagem.

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Geilson mostra como é a política

Carlos Geilson fez em seu programa matinal um extenso relato sobre sua peregrinação ontem, quando finalmente decidiu concorrer pelo PTN na eleição de 2010. Contou como a oposição de Jutahy Magalhães impediu seu ingresso no PSDB, como lhe foi oferecido o PTC e finalmente optou pelo PTN. Nada a ver com posições políticas ou ideológicas, que essas ninguém as tem mais, ao que parece. Nada a ver com ideias nem propostas. Como disse um ouvinte cujo recado foi lido no programa. “O partido não importa, estamos com você”.

Não importa mesmo. Essencialmente, o único fator que pesa a conta do coeficiente eleitoral. “Em qual partido tenho mais chance de me eleger?”, calculam os candidatos.

É a realidade da política brasileira, o que só faz com que tudo seja tão facilmente negociável em todas as instâncias do poder. É o que todos fazem. Não seria Geilson a reformar os costumes.

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Geilson sai, mas deixa um pé no PT do B

DEU NO BLOG POR SIMAS

Como já estava sendo esperado, o suplente de deputado estadual Carlos Geilson deixou o PTdoB, partido por ele presidido em Feira.
 Ele entregou a desfiliação a Giberval Lima que é o vice-presidente da legenda e como tal adotou as medidas cabíveis.
 Giberval tem atuado como  assessor de Geilson tanto no rádio como na política.
Enquanto Giba continuar presidente interino, óbvio que Geilson vai contiuar dando as ordens...

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30.9.09

Câmara aprova gratuidade nos ônibus a partir de 60 anos

O projeto que assegura o passe-livre para os idosos a partir dos 60 anos, no transporte coletivo em Feira de Santana, foi aprovado hoje (30), em segunda e última votação, pela Câmara Municipal. 

A proposta é de autoria dos vereadores Marialvo Barreto e Roberto Tourinho. Atualmente, no município, apenas as pessoas a partir dos 65 anos são beneficiadas pela gratuidade no transporte urbano.

Agora, a matéria vai para a sanção do Poder Executivo. Precisará ser sancionada pelo prefeito Tarcízio Pimenta, para que entre em vigor.

“Se o prefeito vetar estará não apenas enterrando sua carreira política, mas também o de sua esposa candidata. Acho que ele não vai entrar em uma canoa furada dessa”, analisou Marialvo.

O líder da bancada governista, Justiniano França, afirmou que os idosos a partir dos 60 anos merecem a gratuidade no transporte urbano. O vereador também disse que a bancada poderia estar tranqüila, pois não havia qualquer orientação no sentido de evitar a aprovação do projeto.

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Vereadora defende criação de albergues no município

 

A vereadora Gerusa Sampaio (PDT), em discurso na Câmara Municipal sugeriu a criação de albergues para combater a pobreza e a permanência de pessoas desabrigadas nas ruas. Segundo Gerusa, pessoas carentes, oriundas de diversas cidades, que procuram algum tipo de atendimento no município, costumam dormir em locais públicos (praças, viadutos, calçadas), em virtude da falta de albergues em Feira de Santana.

A vereadora solicitou do prefeito Tarcízio Pimenta um local adequado que sirva de alojamento para essas pessoas. 

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Uefs faz seleção para professor substituto

A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) inscreve até 9 de outubro para seleção pública de professor substituto. São oferecidas quatro vagas, uma para cada área (Libras: Noções Básicas, Sistemas Estruturais, Cardiologia e Clínica Médica).

O contrato é de 12 meses, exceto para a área de Cardiologia que prevê oito meses. Mas, há possibilidade do contrato ser renovado por até 48 meses, a partir do que está previsto no edital.

As inscrições são reservadas a graduados em cursos de nível superior, de duração plena, realizados em instituições credenciadas, com, no mínimo, cursos de especialização reconhecido, relacionados à área ou afim em que se dará a admissão. Os interessados podem acessar o edital da seleção, disponível no portal www.uefs.br (seção Editais).

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Menino espancado recebe alta, mas não tem para onde ir

O menino de 11 anos espancado pelo pai em São Gonçalo dos Campos e que foi internado no hospital Clériston Andrade em Feira de Santana, recebeu alta nesta terça-feira, mas não pôde sair, por causa da indefinição sobre com quem ele ficará morando. Liberado de manhã, o garoto permanecia no hospital até o início da noite, sem perspectiva de uma resposta.

O caso está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar de São Gonçalo dos Campos, cujo presidente Domingos Santana Filho considera que nem a mãe nem o pai têm condições de cuidar do menino e procura uma alternativa. Mas admite que vem tendo dificuldade, porque a família da mãe mora em Irará e na do pai ninguém quer assumir a guarda do garoto.

Domingos vai apresentar à promotora do município um relatório pedindo a perda do pátrio poder do pai e da mãe. Ele adianta, no entanto, que a promotora a princípio defende que o menino vá para casa com a mãe, que será ouvida em audiência uma semana depois, para somente assim decidir qual encaminhamento será adotado. A palavra final caberá ao juiz da comarca de São Gonçalo.

Se não ficar com os pais nem com qualquer parente, pode ser buscada uma família substituta e em último caso uma instituição para crianças. O menino já viveu anos em um abrigo deste tipo. E confessou ontem à reportagem de A Tarde que não quer morar lá de novo. “Eles ficam ‘brocando’ a cabeça dos pequenos”, explicou, acusando maus-tratos praticados pelas crianças maiores. Em voz muito baixa, demonstrando insegurança, ele revelou que prefere ir para a casa da mãe.

Porém a mãe declarava abertamente no hospital que não gostaria de ficar com ele. Alega que o menino é muito irrequieto, briga com os irmãos e vizinhos e foge de casa. Ela mora com mais cinco filhos em uma casa improvisada, nos fundos de um terreno grande, que abriga uma construção inacabada. A aparência é de que seria um condomínio, mas nenhuma casa foi concluída. Além dos restos de construção, agora só há mato e ratos. Ela criava galinhas e afirma que parou porque os ratos são tão grandes que comiam as galinhas.

O espaço em que a mulher mora com os filhos foi construído pelo vigilante que tomava conta do terreno. Ele foi embora e deixou a mulher ocupar. Mas segundo ela, o dono já pediu várias vezes para que saia.

A casa tem dois quartos e tudo de mais velho, sujo e desgastado que se possa imaginar. Três crianças dormiam numa única cama de solteiro. Por causa de um problema de mau cheiro que vinha da sala que é também cozinha, a mãe colocou os cinco para dormirem com ela no outro quarto.

A mulher, que disse ser analfabeta, não lembra exatamente a idade em que teve o primeiro filho, mas acha que foi aos 13 anos. Nos 16 anos seguintes (hoje ela tem 29) foram mais seis crianças. O mais velho já passou por várias instituições para menores e foi resgatado da rua por uma senhora que lhe dá abrigo até hoje. O de 11 anos, que está no hospital, foi o segundo filho. O mais novo de todos tem menos de dois anos. Os sete filhos tiveram três pais diferentes, um dos quais foi assassinado há seis anos.

 

 

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O quarto e as camas que a mulher divide com cinco filhos (foto Reginaldo Pereira)


5ª Cavalgada da Lua em Valente

A Cavalgada da Lua chega na quinta edição prometendo muito forró. Serão 12 horas de música com Sandro D´Castro, Forró Du Sítio, Forrozantes e Weslley & Ygor.

A 5ª Cavalgada da Lua acontece dia 03 de outubro, na Fazenda Pé de Serra, em Valente. A camisa custa R$ 20 com direito a duas cervejas em lata.

A expectativa é contar com mais de três mil participantes que montados a cavalo percorrerão 17 km, em noite de lua cheia. O trajeto se inicia em frente à Igreja Matriz de Valente, com paradas em alguns povoados e se encerra na Fazenda Pé de Serra onde acontece o forró.

A Cavalgada é uma realização do Grupo Vaqueiro Andante e conta com o apoio cultural do Sicoob-Coopere.

Para maiores informações acesse www.cavalgadadaluavalente.com.br

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29.9.09

UEFS vai elaborar propostas de educação inclusiva

Começou hoje e se estende até esta quarta-feira (30), na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), o I Seminário de Educação Inclusiva no Ensino Superior: Limites, Avanços e Desafios. O objetivo é discutir propostas pedagógicas para a inclusão de portadores de deficiência e provocar uma reflexão e transformação do projeto acadêmico-institucional quanto à política de inclusão.

O evento é organizado pela Comissão de Estudos para Política de Inclusão do Curso de Enfermagem da Uefs.

O evento termina amanhã pela manhã com a realização de uma oficina sobre educação inclusiva para o departamento de saúde. Na oportunidade serão criados grupos de discussão para elaborar propostas pedagógicas  para inclusão na Uefs. Confira a programação no portal www.uefs.br, seção Notícias.

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Estudantes da UEFS condenam Enade

O Diretório Central dos Estudantes da UEFS emitiu nota pública condenando o Enade, exame nacional no qual a universidade estadual feirense teve notas baixas em diversos cursos. A nota reafirma a crítica segundo a qual o Enade não é um parâmetro eficaz de avaliação.

O DCE afirma que orienta os alunos a comparecer no dia da prova porque é obrigatório, mas ao mesmo tempo entregar a prova sem responder, para registrar o boicote contra o método de avaliação.

Na nota pública distribuída hoje os estudantes criticam ainda a postura do governo do estado, denunciando cortes elevados no orçamento da instituição no ano corrente e no próximo.

LEIA ABAIXO A ÍNTEGRA DA NOTA PÚBLICA:

Desde que foi lançado, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) gera polêmica dentro do cenário educacional brasileiro. Inicialmente, já nos colocamos que somos a favor que a Universidade se avalie e seja avaliada, porém o que não pode servir de parâmetro (e nesse sentido, o SINAES é o exemplo mais forte) é um modelo avaliativo em que se premiam os “bons” e punem-se os “maus”. No centro desta polêmica, encontra-se o Exame Nacional de Desempenho do Estudante (ENADE), que tem como foco tão-somente a atuação do estudante em uma prova.

O ENADE é aplicado a uma parcela dos estudantes -, uma parte dos ingressantes que tem entre10% a 25% de formação do curso e a outra pelos concluintes, que já estão acima dos 70% de formação, sendo que a prova que ambos fazem é a mesma. Os sorteados para realizar tal prova são obrigados a comparecer para fazer a prova, sendo que caso não compareçam não poderão se formar. Por isso, sempre ressaltamos que a presença no dia da prova é fundamental no processo de Boicote para que o ou a estudante não saia prejudicado.

No segundo semestre do ano de 2008, o DCE-UEFS, em conjunto com os demais Diretórios Acadêmicos (DA’s) da UEFS, se organizaram para começar as mobilizações com o objetivo de boicotar o referido exame, mas sempre ressaltando que não é o boicote pelo boicote e sim um processo de conscientização e politização dos e das estudantes no intuito de defender a Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade. Nesse sentido, fizemos um debate público em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação para ampliar as discussões e assim ter vários olhares sobre a questão.

As notas que o ENADE deu aos cursos da UEFS (História – 1, Letras – SC. Pedagogia – 3, Engenharia Civil – 1, Engenharia de Alimentos – 2, Engenharia da Computação – 4, Geografia – 1, Biologia – 2, Matemática – 2, Física – 3) em nada se relaciona com os problemas enfrentados por esses cursos. A situação do curso de Engenharia da Computação, por exemplo, reflete uma postura irresponsável do MEC, no momento em que este se utiliza dos resultados do ENADE, anunciando que caso a nota de um curso, que ainda não tem a sua autorização, seja baixa, isso pode contar negativamente na sua aprovação.

Entendemos esses resultados como uma inversão do processo – os/as estudantes da UEFS deram uma resposta ao descaso com que o Ministério da Educação e a Secretaria de Educação do Estado da Bahia vêm tratando a educação pública no país e na Bahia. Este debate precisa ser ampliado dentro da UEFS, para que esse resultado não seja visto como um índice de má qualidade do ensino, e sim como um reflexo das lutas na manutenção do ensino público, gratuito, de qualidade e socialmente referenciado.

Nessa perspectiva, é preciso participar na construção da Comissão Própria de Avaliação, para em conjunto com a universidade nos avaliarmos e desta forma planejar melhor os investimentos da Instituição, bem como seu projeto político-pedagógico. Além disso, esse debate não pode estar desvinculado da crítica que se faz em relação ao descaso do atual governo com as universidades estaduais. Após um corte de mais de 40 milhões de reais no orçamento planejado pela UEFS em 2009 o “Governo de todos os Nós” corta em mais de 50 milhões o orçamento para 2010, tendo um agravante maior, pois se retirarmos a verba de pessoal deste orçamento o valor repassado para a manutenção e ações em 2010 é menor que a repassada em 2008.

Por fim, convocamos todos e todas a defender a UEFS e as Universidade Baianas. A começar, desvelemos os números do ENADE, tomando-os como símbolo da resistência do corpo estudantil da UEFS em defesa incondicional de uma educação emancipadora.

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Aprovada criação de secretaria de prevenção da violência

A Câmara de Feira de Santana aprovou em primeira votação hoje a criação da Secretaria Municipal de Prevenção à Violência e Promoção dos Direitos Humanos. O projeto de lei nº 008/2009 chegou à Câmara semana passada e foi votado em regime de urgência.

De acordo com o projeto, a secretaria deve promover relação com os órgãos de segurança estaduais e federais, com objetivo de promover ação integrada na cidade, com planejamento e aglutinação das comunicações, priorizar ações de policiamento investigativo, preventivo e ostensivo realizadas pelos órgãos de segurança pública que atuam no município de Feira de Santana, criar um serviço de disque-denúncia para atos de vandalismo contra equipamentos e serviços públicos; elaborar o Plano Municipal de Prevenção à Violência e Promoção de Direitos Humanos e implantar o Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci).

A Guarda Municipal, a Defesa Civil e a Divisão de Assistência Jurídica, que estão ligadas a outras áreas do governo, serão integradas à nova secretaria. 

 

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Deputados processados podem ficar impedidos de votar cassações

Deputado acusado ou processado por quebra de decoro não poderá participar de votação sobre perda de mandato de outro parlamentar. A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara Federal, mas ainda precisa ser votada em Plenário.

O texto aprovado é o substitutivo do deputado Colbert Martins (PMDB-BA) ao Projeto de Resolução (PRC) 180/09, que reformula o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e dá a esse colegiado competências próprias de comissões permanentes, como a de convocar ministros de Estado. A proposta determina que o deputado condenado por conduta indecorosa devolva, aos cofres públicos, os valores de que tiver se apropriado indevidamente.

Colbert aproveitou na íntegra a proposta original, mas incluiu um dispositivo do PRC 319/06, do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que prevê: "No caso de deliberação sobre perda de mandato, é vedado o acolhimento de voto de parlamentar que seja o acusado ou que esteja sendo processado pelo mesmo fato, fato conexo ou assemelhado".

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Estado gasta apenas 24,8% dos recursos previstos este ano

Lília de Souza, do A TARDE

Passados nove meses do ano, o governo da Bahia executou somente 24,86% (cerca de R$ 600 milhões) do total de investimentos em obras, reequipamento e outras ações, previstos para 2009 (R$ 2,520 bilhões) pelo orçamento do Estado.

Na Segurança Pública, por exemplo – segundo dados do Sistema de Informações Contábeis e Financeiras (Sicof) da Secretaria Estadual da Fazenda ( Sefaz) apurados até 21 de setembro – foram liquidados apenas 8,53% da rubrica de investimento estipulado para o ano (R$ 145.223 milhões). 

É o orçamento que é mal feito, superestimado, ou o governo que não consegue executar?

Leia mais no link abaixo:

 

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Declaração do ITR: Prazo para entrega encerra amanhã

Prezados(as) Senhores(as),

Às 24h de amanhã (30 de setembro), estará encerrado o prazo para entrega da Declaração do ITR 2009.

O número atual de imóveis rurais no estado da Bahia é de 1.155.695.

Até a primeira hora de hoje (00:59 do dia 29 de setembro), na Bahia, haviam sido recepcionadas 860.794 declarações. Em todo o Brasil, até o mesmo horário, haviam sido recepcionadas  5.022.791 declarações. O Estado da Bahia continua o campeão nacional em quantidade de declarações do ITR entregues.


Para preencher a declaração, o contribuinte deve baixar o programa ITR 2009 na página da Receita Federal na Internet.  A declaração preenchida deverá ser transmitida usando o programa Receitanet, também disponível na página da Receita Federal na Internet.

Quem entregar a declaração do ITR fora do prazo normal estará sujeito à multa por atraso na entrega. A multa para quem perder o prazo é de 1% (um por cento) ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido - não podendo o seu valor ser inferior a R$ 50,00 (cinqüenta reais).

Atenciosamente,

Isabela Teixeira Ribeiro Rodrigues
Gabinete da Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 5ª Região Fiscal

 

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Agora é o município quem dá licença ambiental

O Governo Municipal passa a conceder a licença ambiental para implantação de empresas em Feira de Santana, inclusive em área do Centro Industrial do Subaé (CIS).

O prefeito Tarcízio Pimenta assina o Acordo de Cooperação Técnica do Programa Estadual de Gestão Ambiental hoje (29) às 14 horas, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), auditório da Fundação Luiz Eduardo Magalhães.

A Prefeitura passa a recolher as taxas de licença ambiental. Isso vai impulsionar a instalação de novas empresas, agilizando o processo de licenciamento.

Quando à gestão ambiental há duas possibilidades, uma boa, outra ruim. A fiscalização municipalizada pode até ser mais eficaz, pois sabe-se que o estado não tem condições (pessoal) para dar conta da fiscalizar o imenso território baiano.

Por outro lado, a municipalização abre maior espaço a ingerência política, com a área ambiental simplesmente atendendo à vontade do Executivo. Como pode ter acontecido no caso da demissão de Arcênio Oliveira, que segundo o próprio, ocorreu por ter dado parecer contrário à instalação de um condomínio residencial ao lado de uma grande indústria.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Antônio Carlos Coelho, a Prefeitura de Feira de Santana está reestruturando a Secretaria para absorver as novas atribuições.

“A Semmam está sendo transferida para imóvel mais amplo e de melhor acesso, na rua Leolinda Bacelar, no bairro Kalilândia. Além disso, foram nomeados mais três fiscais de serviços públicos, ampliando assim o quadro para sete”, ressaltou.

Além de Feira de Santana, também terão acesso à municipalização da licença ambiental mais de 100 municípios baianos que aderiram ao Programa Estadual de Gestão Ambiental.

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Vacinação de cães e gatos atingiu 80% da meta

55.400 animais foram imunizados sábado (26), principal dia da campanha de vacinação contra a raiva, para cães e gatos. O número corresponde a 80% da meta, que é de 70 mil animais. Para os retardatários, a vacina continua disponível.

 

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28.9.09

Encontro de Figuras Populares

Mas o que é o Encontro de Figuras Populares? Me parece algo meio indefinido. Deve ser porque sou impopular. Não. É porque é indefinível mesmo. É um encontro de figuras e figurantes, que não precisa ser organizado, metódico e com objetivo definido. É apenas uma reunião pelo prazer de se encontrar os amigos, sejam figuras ou não.

Na Euterpe Feirense domingo os políticos não faltaram. Pelo menos os principais. E quem é mais figura do que os políticos?

O Encontro funciona sem organizar demais mesmo, apesar do trabalhão que dá para fazer tudo. Vale a espontaneidade. É como quer o quelônio Reginaldo Tracajá. Eu concordo. Só ressalvo que devia melhorar a acústica. O que implicaria em mudar de lugar. Isso Cristóvão Aguiar não quer. Além de cantar (Imagine, em inglês ou coisa parecida), fez discurso em defesa da Euterpe Feirense. Parecia até falar de uma Santa Casa. Que assim seja.

Veja no álbum imagens do evento.

 


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Clériston discute doação de órgãos

Sob o impacto negativo de um ano sem doações até o momento, a Comissão de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Hospital Clériston Andrade realiza amanhã, dia 29, em parceria com o SEST/SENAT um seminário sobre doação de órgãos. Vai ser no auditório do HGCA.

Fernanda Cláudia, coordenadora da Comissão, conta que este ano no HGCA não foi feita nenhuma doação. “No ano passado dos 15 diagnósticos confirmados de morte encefálica, seis famílias autorizaram a doação de múltiplos órgãos. Um número ainda muito abaixo do ideal. Por isso a necessidade das campanhas educativas, na tentativa de mostrar para a comunidade a importância de uma doação”, destacou.

O evento faz coro com a campanha da Associação Brasileira de Doação de Órgãos (ABTO), que tem o slogan “Doar e receber: dois lados da mesma moeda – Doe órgãos para que a vida continue”.

A abertura do evento será às 8h15min.

8h30min: palestra sobre "Doação de órgãos e tecidos", com o urologista Rodrigo Serapião

9h10min: "Entendendo o processo de Morte encefálica", com o médico Carlos Eduardo Rolim

10h30min: "Comissão Intra Hospitalar de Doação de órgãos e Tecidos no processo Doação/Transplante", com a coordenadora Fernanda Cláudia Santos

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Rompido o contrato do governo com carro acidentado

A Fundação Cultural Egberto Tavares Costa, da administração indireta do município de Feira de Santana, informou que vai rescindir o contrato de locação do veículo do Programa Feira Cidade Digital, que se acidentou no domingo em Salvador.

 

O carro, modelo Golf, placa JOE-5213, dirigido por Antenor de Sena Moraes, 40 anos, bateu em um ônibus urbano, placa JQS-4849, da empresa Tropical, em Salvador. Cinco pessoas que estavam no automóvel e duas passageiras do coletivo ficaram feridas. Antenor de Sena Moraes é analista de sistemas e presta serviços na implantação do programa e manutenção da rede.

 

De acordo com o diretor da Fundação Cultural Egberto Costa, César Orrico, Antenor não poderia utilizar o veículo fora de serviço e muito menos fazer uma viagem particular com o carro para Salvador. Com isso, “houve quebra de contrato e o que resta, agora, é rescisão”, assegurou o diretor.

 

O contrato de locação é de seis meses e estava em vigor há um mês, quando o analista de sistemas começou a trabalhar na implantação do sinal do Programa Feira Cidade Digital no período da Exposição Agropecuária de Feira de Santana (Expofeira 2009). Antenor de Sena Moraes também atuava na manutenção da rede em locais onde o programa já está instalado.

 

“Reza no contrato que o carro deve ser usado exclusivamente em serviço, mesmo que o veículo ficasse todo tempo sob a responsabilidade do técnico, que era dono e também dirigia durante os serviços prestados ao município”, observou César Orrico.

 

As vítimas do acidente foram encaminhadas para o Hospital Geral do Estado (HGE). São elas: Maria Auxiliadora Dias, 50 anos, que sofreu traumatismo abdominal; Nilmar Conceição da Paixão Moraes, com fratura na bacia; Edmilson de Sena Moraes, 51, ferido no olho e no braço esquerdo e com cortes na cabeça; Antenor de Sena Moraes Júnior, 13 anos, filho do motorista, que sofreu escoriações e levado inconsciente para o hospital. Todos ocupavam o Golf. Já as passageiras do coletivo, Tânia Cláudia Trindade e Maria Angélica de Santana tiveram ferimentos leves.

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Prefeitura ajuda a casar

Os casais que já possuem uma união estável, mas ainda não legalizada, têm a oportunidade de regularizar a situação por meio do programa Família Cidadã, responsável pela organização do casamento coletivo. As inscrições começam nesta segunda-feira (28), no Centro de Convivência Zazinha Cerqueira, e se encerram no dia 30 de outubro.

O Centro fica na rua Georgina Erisman, 24, centro, ao lado da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

Basta levar os documentos pessoais (RG e CPF) do casal. No caso daqueles que já foram casados e se divorciaram, é necessário apresentar também a carta de sentença.

O programa Família Cidadã é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, em parceria com o Poder Judiciário. Esta será a 7ª edição. Na anterior, realizada em 2008, foi legalizada a união de 420 casais.

O casamento coletivo será realizado no mês de dezembro, mas a cerimônia ainda não possui data e local definidos.

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Um exemplo do melhor jornalismo possível

Semana passada participei na faculdade Unef de um debate sob o tema “A crise é dos jornais, não do jornalismo”. De cara, falei que havia sim uma crise do jornalismo. E o próprio Gay Talese, consagrado jornalista norte-americano cuja entrevista a uma publicação brasileira motivou a discussão na Unef, tem falado com bastante ênfase desta crise.

Porém, detendo-me apenas na crise dos jornais, repeti o vaticínio já apresentado aqui neste espaço, de que em 20 anos estaremos vivendo o fim dos jornais impressos em papel. Ao que Humberto Cedraz, dono da Folha do Estado e outro participante do debate (além de Valdomiro Silva, da Tribuna Feirense), respondeu desejando que eu viva ainda 50 anos, para ver o jornal continuando aí pelo mundo. Em meio século terei apenas 91 anos, o que é idade comum hoje em dia. Mas acho que até lá não lerei mais jornais. Não porque eles deixarão de ser impressos, mas porque francamente há coisa muito melhor para ler ou mesmo fazer no fim da vida, por mais que resista à ideia de me aposentar.

No entanto, se todo dia os jornais trouxessem textos como a obra-prima abaixo, eu teria que rever esta posição. Não me estenderei, para não retardar o prazer de quem ama um texto magistralmente escrito, ao mesmo tempo impecavelmente informativo e sobretudo conseqüente para quem precisa que o jornalismo faça diferença na vida do indivíduo e da sociedade.

Garoto curado da raiva humana vive em condições precárias em Floresta

Publicado em 23.09.2009, no Jornal do Commercio (PE)

Ciara Carvalho

 

O lugar que abriga o milagre envergonha. Não há banheiro nem água encanada. O mato seco serve de esconderijo para a humilhação. De dia, o mormaço do Sertão é espantado por um ventilador doado. À noite, são os morcegos que espantam o sono. O retorno para casa trouxe a realidade de volta. O quarto onde Marciano Menezes da Silva, 16 anos, foi marcado por um morcego mais parece um celeiro. De tão precária, a casa de taipa da família está fechada. Dias antes da chegada do garoto a Floresta, todos se mudaram para a casa da avó. Lá, pelo menos, é parede de tijolo e piso de cimento. O banho foi improvisado na varanda. Marciano reclama. Tem medo de cair da cadeira de rodas. O pai ajeita. Segura o menino sem poder. Na falta de tudo, os dias se limitam a cama e televisão. O jovem que derrotou a raiva pode ser vencido pela pobreza.

Não é fácil chegar à casa de Marciano. Não bastasse morar no Sertão, a 433 quilômetros do Recife e a sete horas de viagem da capital, o menino vive no meio do mato, na zona rural de Floresta. Do Centro do município, dá quase uma hora de asfalto e estrada de barro. Difícil na estiagem, o caminho esburacado de terra fica impossível no inverno. Para o agricultor João Menezes, pai de Marciano, ir até a cidade significa gastar R$ 15. É o preço da lotação. Daqui a três semanas, quando deverá retornar ao Recife para fazer uma cirurgia no quadril, Marciano terá que se acostumar a essa longa jornada. Pelo menos uma vez por semana, precisará fazer fisioterapia na Associação de Apoio à Criança Deficiente (AACD), na Ilha Joana Bezerra, área central da capital. É no tratamento intensivo que repousam suas chances de voltar a andar.

Escondida na caatinga, a miséria assombra a recuperação do garoto. Ele não gosta da cadeira de rodas. Ela lhe deixa inseguro. As pernas e a coluna doem. Mesmo se estivesse mais familiarizado com o equipamento, de pouco ele lhe serviria para quebrar os dias de cama do hospital. Tudo em volta da casa de Marciano é pedra. O terreno irregular impede qualquer tentativa de passeio. O máximo de frescor que o menino experimenta é quando os pais colocam a cama de frente para a porta da casa. Dá para distrair um pouco os olhos que não saem da frente da TV, espiando o terreiro de poucas árvores.

Um dia depois de ter voltado para casa, o jovem quase não dormiu com o barulho dos morcegos no telhado. No dia seguinte, as fezes do animal eram a prova de que o perigo ronda a casa. “Ele ficou assustado. Com medo de ser atacado novamente”, diz a mãe, Sônia Menezes, que também não conseguiu pregar os olhos. Seu João, o pai, desafia os limites do corpo. Carrega Marciano de um lado para o outro buscando forças onde não tem. A hérnia de disco faz sua coluna queimar. Os exames acusaram vários bicos de papagaio nas costas. “Eu tô pegando ele porque é o jeito. Mas tem hora que a dor tira o meu fôlego”, resigna-se. Dona Sônia teme que o marido não aguente e deixe Marciano cair. “Mas ele só confia nos braços do pai para sair da cama”, conforma-se.

A dor nas costas não ameaça apenas os deslocamentos do filho. Seu João tirava do plantio do milho e feijão o sustento da família. Quando a situação apertava, ganhava um trocado queimando madeira para fazer carvão. Os oito filhos dependem do agricultor para comer. “Com essa hérnia, não vou mais aguentar cuidar da roça. Vai ficar tudo mais difícil”, lamenta. Com a doença de Marciano, ele deixou o roçado para trás. Faz um ano, desde que o garoto foi internado no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no Recife, que o cuidado com o sítio foi deixado de lado. A família está vivendo do salário mínimo que Marciano passou a receber do INSS.

No último sábado, um sopro de esperança chegou em forma de promessa para Marciano e sua família. Após tomar conhecimento das dificuldades enfrentadas pelo garoto, a prefeita de Floresta, Rosângela Maniçoba, garantiu à reportagem do Jornal do Commercio que o menino receberia toda a assistência necessária no tratamento. No dia seguinte, cinco secretários – de Educação, Obras, Agricultura, Assistência Social e Saúde – visitaram a casa do garoto, anunciando tudo que será feito. Prometeram cavar um poço, reformar a casa, construir um banheiro, levar professora particular e alugar uma casa no centro da cidade. Servirá de ponto de apoio no difícil caminho da recuperação.

» Quem quiser ajudar pode doar qualquer quantia no Banco Real, em nome de João Gomes de Menezes, agência 1035-9, conta-poupança 21743385-1.

 

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Stedile ataca TCU: "É igual guarda de trânsito"

José Múcio Monteiro sai diretamente da secretaria de Relações Institucionais da presidência, um dos cargos da mais alta confiança do governante, para ocupara uma vaga no Tribunal de Contas da União. Aí não tem como negar a afirmação de João Pedro Stedile, líder do MST, de que o Tribunal é ideológico. Fenômeno que se repete nas escalas estadual e municipal, com seus respectivos tribunais de contas. E que foi reconhecido pelo conselheiro França Teixeira, do TCE baiano há poucos dias, quando interrompeu palestra de ministro do TCU que visitava o estado e disse a verdade. “Enquanto tiver indicação política, não haverá independência. Não tenho paciência para este blábláblá”.
De qualquer modo, o ataque de Stedile ao TCU foi além disso, na entrevista que me concedeu na semana passada, publicada na edição de sábado de A Tarde, que gerou o texto que reproduzo abaixo. Ele ecoa queixas já feitas por Lula e Wagner, de que o TCU (como a legislação) emperram o trabalho alheio.
“Se fosse pelo TCU, todos os aeroportos do país estariam parados, porque ele não aprovou as contas da Infraero, porque viu qualquer irregularidade. O TCU diz que tem má aplicação em todos os convênios que analisa, igual o guarda quando pára um carro. Por mais que esteja em dia ele diz ‘Não, mas a sinaleira está ruim’ ”. Esta visão crítica sobre o órgão de fiscalização dos contratos, obras e convênios federais é de João Pedro Stedile, membro da coordenação nacional do Movimento dos Sem Terra (MST).
O ataque de Stedile é uma resposta a análises do Tribunal, que apontaram irregularidades em convênios feitos entre o MST e o governo federal e estão servindo de argumento a membros da bancada ruralista no Congresso que articulam a criação de uma CPI para investigar o repasse de dinheiro ao movimento.
“O TCU tem o seu papel”, reconheceu o polêmico dirigente. “Mas também é ideológico, porque quem está lá são ex-deputados, indicados pelos deputados”, completou. Stedile deu entrevista antes de iniciar sua participação no 15º Encontro Estadual das Educadoras e Educadores do MST, que aconteceu na Universidade Estadual de Feira de Santana. A universidade analisa a possibilidade de implantar cursos de nível superior nos acampamentos, entre eles o curso de Direito.
Em relação à CPI, Stedile demonstra não temer suas eventuais consequências. Desdenha da forma como são coletadas as assinaturas. “Como vários órgãos de imprensa já denunciaram, ficam umas meninas no corredor pedindo assinatura de deputado e senador, que assinam sem saber para quê”, critica. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), tido como aliado do MST foi citado pelo dirigente como exemplo de político que assinou enganado o pedido de CPI.
Stedile diz que é absurdo considerar que é o dinheiro público quem patrocina os acampamentos e ocupações de terra. “Os trabalhadores ocupam terra porque tem necessidade, não porque são financiados. Como se alguém suportasse o calorão debaixo de uma lona porque está sendo pago por dinheiro público! Só vai acampar e ocupar porque tem extrema necessidade”, defende.
Para ele, a proposta de CPI é uma reação dos ruralistas, porque o governo federal decidiu atualizar os valores que medem a produtividade das terras. De acordo com a Constituição, terras improdutivas estão sujeitas a desapropriação. Para ser considerada produtiva, a propriedade tem que alcançar a média da região. O problema, segundo Stedile, é que esta média vinha sendo calculada com base em dados do Censo de 1975.
“Com isso há dificuldade para o Incra desapropriar em muitas regiões do país. O governo decidiu cumprir a lei, atualizando os valores, os reacionários resolveram dar o troco, propondo esta CPI que não tem pé nem cabeça”.
Stedile argumenta que os convênios com os Sem Terra são fiscalizados pelos próprios órgãos que celebram os acordos, antes mesmo do TCU. Para ele, os convênios só existem porque as cerca de 400 ONGs atuando nos assentamentos país afora, realizam trabalho que deveria ser executado pelo governo.
“Isso porque durante o governo Fernando Henrique Cardoso esvaziaram o papel do Estado. Não tem mais sistema de assistência técnica, não tem mais educação. O Estado desapareceu dos assentamentos. Agora o governo faz convênio com ONGs porque o Estado não tem mais capacidade operativa. Somos a favor que ele retome a assistência técnica, que construa casas, que garanta a educação dentro do assentamento”, cobra.
ELEIÇÃO 2010
Segundo Stedile, o Movimento prega independência em relação a partidos e governos, mas seus militantes que participam da política optam por candidatos de esquerda, por identificá-los com mudanças.
Porém não quis apontar preferência ou identificação maior com qualquer candidato, nem mesmo a petista Dilma Roussef ou a senadora Marina Silva, que ainda não estão oficialmente registradas. “Nós vamos ter várias candidaturas no campo da continuidade do projeto do Lula. Eu acho que o principal é impedirmos que volte o neoliberalismo. Porque isso, o povo sabe, só causou prejuízo para a sociedade brasileira”, alega.



Stedile no Encontro do MST na UEFS (Foto: Reginaldo Pereira)





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27.9.09

Lagoa do Subaé quase desaparecendo

Quando fiz a primeira edição da revista Atual a lagoa do Subaé ainda que poluída era usada como área de lazer. As pessoas contaram que tomavam banho e passavam uma parte do domingo se divertindo por ali.

Voltei lá esta semana, para colaborar numa reportagem do jornal A Tarde sobre o rio Subaé, que tem ali suas nascentes. A situação deteriorou-se muito. Há dois anos o diretor de meio ambiente da prefeitura, Sérgio Aras, dizia que das dezenas de lagoas que houve em Feira de Santana aquela era a única que restava. Falta pouco para que se possa dizer que não existe mais.

Há uma extensa área coberta por taboas, vegetação que cresce em locais com muita poluição. A pouca água visível se parece mais com uma poça. Na margem, uma crosta, formada pela mistura de lama com as raízes das plantas aquáticas afasta a possibilidade de banhos, para quem tem um mínimo de preocupação com higiene.

Em volta, há muitas moradias. A última casa da rua que vai dar na lagoa fica a cerca de cem metros. Do lado oposto, cerca de 500 metros, um grande galpão industrial.

Maria Augusta da Silva, 57 anos, empregada doméstica, conta que mora com o marido há 10 anos na rua às margens da lagoa. É a única casa de madeira. Ela acreditou no que ouviu de técnicos do CRA, ou seja, que ali não era permitido construir. Por isso sempre teve medo de perder o investimento e ficou mesmo na casa de madeira.

O mesmo medo não afeta seus vizinhos. Além dos muitos que já existem, outros estão chegando. Por toda parte se vê areia, tijolo, serventes trabalhando, alicerces e paredes sendo erguidas. “Esta cerca colocaram semana passada. Diz que é um novo loteamento”, aponta Maria Augusta, para uma área na frente de sua casa, mais para dentro do que seria área da lagoa.

A obra de saneamento que está sendo feita pela Embasa é uma esperança de amenizar a poluição. Uma esperança relativa, porque para a rede de esgoto funcionar os moradores precisam implantar tubulações de dentro das suas casas ligando com a da Embasa. Nem todos estão dispostos a fazer isso, já que implica em gastos e muitos nem fossa usam. O costume sempre foi arremessar os excrementos embalados em saco plástico para dentro do mato ou da água.

“Eu tentei junto com o ex-prefeito José Ronaldo a criação de um parque ali. Não consegui, mas vou marcar uma audiência com Tarcízio Pimenta, para ver se a ideia avança”, planeja o coordenador da Agenda 21 em Feira de Santana, o frei capuchinho José Monteiro, ambientalista que ao longo dos anos têm sido uma das poucas vozes que se levantam em defesa dos mananciais de água do município.

A foto abaixo, de Reginaldo Pereira, mostra a lagoa coberta pela taboa

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