4.7.09

Quem é melhor? Ronaldo ou Tarcízio?

É cedo para comparar desempenhos de José Ronaldo e Tarcízio Pimenta? Eu diria que sim. Mas quem compara é o programa Palavra do Prefeito. Entrevistou esta semana um cidadão apresentado como Jurandir Santiago, morador da rua São Domingos, Santa Mônica, feliz com o asfalto botado lá (eu também gostei, aliás).

Diz o Jurandir: “Meus parabéns a Tarcízio Pimenta, uma vez que se comentava aqui na rua que ele nem imitaria o governo de José Ronaldo. Está aí o exemplo de um bom governo, da capacidade de trabalho que existe nessa pessoa”. Logo em seguida, entrou o próprio Tarcízio, dizendo que era uma obra solicitada há muito tempo por moradores e comerciantes da área.

Então vou comparar também.

Saiu uma segunda pesquisa sobre popularidade no governo atual (veja texto seguinte). A primeira foi da Economic, esta segunda da Farani.

Nesta nova pesquisa, Tarcízio recebeu tão somente 32% de Ótimo+Bom. Há quem some Bom e Ótimo com Regular, para obter o índice de aprovação. Isso para mim é prestidigitação de má qualidade.

Na pesquisa Economic de junho do ano passado, a soma destes dois conceitos de Ronaldo eram altíssimos 80%. Sem precisar recorrer à ajuda do Regular. Se agora os fãs de Tarcízio precisam adicionar o Regular para lustrar-lhe o desempenho, é porque ele ainda está muito, muito longe de ombrear-se com o aliado antecessor.

Entretanto não perde por se esforçar. Afinal Ronaldo saiu consagrado, mas não ia tão bem no começo do governo. Se vai rolar uma competição, melhor para a cidade.

3.7.09

Pesquisa de novo, mas só em Feira

Ignorei um pouco a pesquisa de Farani Consultoria e Pesquisa, divulgada pelo colega Itamar Ribeiro. É que cansa tanta pesquisa tão prematuramente. Mas esta tem a particularidade importante de ser só em Feira. Vou deixar de ser ranzinza!

No lado previsível, Ronaldo muito bem cotado para o Senado. Quanto a eleição de Deputado estadual e federal, é uma loteria. Tem gente que não aparece em pesquisa alguma e depois aparece eleito. É a força da compra de votos na última hora e dos currais eleitorais, que às vezes são currais religiosos. Então pesquisa para deputado, um ano antes da eleição... Só interessa mesmo aos candidatos.

Outro aspecto interessante (para menos) da pesquisa é a avaliação do governo Tarcízio Pimenta. Me apareceu lá um tal de regular bom, regular regular e regular ruim (ou nas palavras da fonte original Regular mais para boa, Regular e Regular mais para ruim). Que absurdo é esse agora? Já não bastam as leituras das pesquisas d’antanho, que somam Bom+Ótimo+Regular para inflar a aprovação do homenageado?

Bom, agrupando o triplo REGULAR, e deixando-o sozinho, como deve ser, temos o seguinte sobre a avaliação do governo municipal:

Bom+Ótimo = 32%
Regular = 51%
Ruim+Péssimo = 13%
Não sabe = 4%


Não é resultado para festejar. Mas já é melhor que a pesquisa Economic de abril.

IMPORTANTE: os 448 entrevistados foram ouvidos entre os dias 27 e 28 de maio.

2.7.09

OK, eu me rendo

E para não criticar sem fundamento, embora seja candidato só a ser lido, tenho que ativar de vez o próprio Twitter.

Está em http://twitter.com/glaucowanderley

Ensina eles, Agripino

Pedir ao presidente dos Estados Unidos que dê umas lições aos políticos do DEM baiano sobre como usar a internet a seu favor seria um exagero, pois o contexto norte-americano e as possibilidades que oferece tornam o modelo do presidente Obama impraticável no Brasil.

No entanto, como já é amplamente conhecido que a internet teve participação crucial no sucesso de Obama, os políticos brasileiros já sabem que devem fazer alguma coisa na rede de computadores para se projetar.

Paulo Souto e José Ronaldo são membros do DEM que ensaiam uma presença no Twitter, a grande febre atualmente na rede e que definitivamente não é modismo, veio para ficar. O ex-governador demonstra uma enorme falta de intimidade com o recurso. Souto twitou duas vezes nessa vida. Em 28 de abril, ao estrear e em 18 de junho, numa mensagem de São João.

Ronaldo parece que pegou o jeito. Vem usando o Twitter com freqüência relatando suas atividades e já aproveitando para dar pitacos políticos, como fez ao criticar a viagem de Wagner à Argentina em pleno São João. É pouco, mas é um começo.

Falta a ambos um site pessoal na internet (Ronaldo tem um em construção). A atividade mais intensa do ex-prefeito de Feira já lhe rende frutos no Twitter. Estreou bem depois, em 01 de junho e tem 23 seguidores. Paulo Souto tem somente 16.

Ainda assim, estão muito atrás do correligionário senador José Agripino (DEM-RN), que tem um site, 1.574 seguidores no Twitter no momento em que escrevo e ainda por cima posta vídeos no You Tube sobre suas atividades políticas.

Mas nem precisa ir tão longe. Em 2008 o atual prefeito Tarcízio Pimenta deu lições de como utilizar a internet a seu favor. Na fase em que ainda forçava a barra para ser o candidato do grupo na eleição, transformou seu site, especialmente suas notas “apimentadas” em fonte de notícias para a imprensa e instrumento de provocação aos adversários internos. Deu certo.

Placa duradoura já fez aniversário

Por quanto tempo é recomendável que uma placa, anunciando uma obra, permaneça no local, depois que a obra está pronta e inaugurada? Claro que não deve existir uma legislação sobre isso. Recorre-se então ao bom senso. E prevalece o critério individual de quem tem o poder de decidir.

Um ano me parece tempo demais, mas parece que ainda é pouco para festejar os viadutos de José Ronaldo. Refiro-me à placa que ocupa o canteiro central da avenida Getúlio Vargas, quase embaixo do viaduto J.J. Lopes de Brito. A inauguração ocorreu no dia 21 de maio do ano passado, uma quarta-feira. Há 13 meses.

Durante a construção, a placa já estava por lá, como deve mesmo ser. Agora obviamente é desnecessária, mas permanece.

Porém, com tanta placa de propaganda espalhada por toda parte, de qualquer jeito, sem regra, imagina se esta não ficaria também! Vai ver até acham que enfeita a cidade.

Olha ela lá, "embelezando" o canteiro central!

PS: Enfim, tiraram a placa e começou, em ritmo acelerado, o asfaltamento do restante da Getúlio Vargas

1.7.09

Gripe suína

Uma coisa é ter limitações na capacidade de prevenção. Outra é não fazer nada. O ministério da Saúde tem limitações, mas está tentando resolver o problema. A secretaria de Saúde de Feira está torcendo para que a gripe não chegue por aqui, mas não adotou providência efetiva para prevenir.

Veja a notícia do UOL em que o ministro da Saúde admite que não consegue fiscalizar todos que chegam ao país por via terrestre (repare que não precisa ter aeroporto para ter prevenção), e ao mesmo tempo enfatiza a necessidade deste monitoramento:

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, admitiu hoje que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não tem efetivo suficiente para fiscalizar todas as pessoas que chegam ao país por vias terrestres. Em entrevista à Rádio CBN, Temporão foi questionado sobre alguns argentinos que teriam chegado ao Rio de Janeiro de ônibus e que afirmaram não terem sido abordados por nenhum agente sanitário brasileiro. "A Anvisa tem limitação de pessoal disponível e é evidente que algumas falhas podem acontecer, mas esse não é o protocolo", disse.

Por esse motivo, o Ministério da Saúde está fechando uma parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para realizar a abordagem em todos os viajantes. De acordo com o ministro, todos os passageiros que passam pela fronteira devem ser abordados pelos agentes federais, que entregam um folheto com informações sobre os sintomas da influenza A (H1N1). Os turistas devem preencher um formulário com informações pessoais que possibilitem sua localização, em caso de necessidade.


Em Feira, o governo demonstrou irritação porque o vereador governista Getúlio Barbosa levantou a questão, mencionando o caso de paciente suspeito que passou pelo hospital Emec. Os pronunciamentos do vereador podem até não ser muito simpáticos ou adequados para um governista. Mas estão corretos, porque desmascaram a despreocupação com a doença e o consequente despreparo para lidar com ela. Nada parecido com a ampla mobilização feita para combater a dengue.

Quem duvida de que a nossa assistência hospitalar, incluindo município, estado, filantrópica e privada não comporta uma epidemia?

Universidades nos protestos do 2 de julho

Professores, estudantes e técnicos das quatro universidades estaduais farão protesto no 2 de julho, contra a falta de soluções para os problemas do ensino superior no estado.

Além das categorias de trabalhadores, a mobilização conta com apoio ainda que discreto da direção das instituições. Isso porque não há dinheiro para fechar o ano e de acordo com dos secretários Rui Costa e Adeum Sauer, o estado não vai suplementar os orçamentos das universidades, como historicamente fazia.

A previsão é que a partir de setembro não haja mais dinheiro. O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) aprovou uma Moção de Repúdio ao secretário Rui Costa, de Relações Institucionais, que consideram ter tratado as universidades de forma desrespeitosa.

Leia abaixo a Moção de Repúdio

O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), reunido em 29 de junho de 2009, no Auditório do Museu de Ciência e Tecnologia, declara seu mais veemente repúdio à atitude do Senhor Rui Costa, Secretário Estadual de Relações Institucionais (SERIN), tendo em vista suas declarações injuriosas dirigidas à nossa instituição e às demais universidades estaduais, proferidas por ocasião do protesto realizado pelas associações docentes, ocorrido no dia 4 de junho de 2009, na Governadoria do Estado. Exige, ainda, que o Secretário se desculpe publicamente por ter atribuído a crise das Universidades Estaduais ao “desperdício, à má gestão e à malversação dos recursos públicos”, e reconheça o peso social e acadêmico das instituições universitárias estaduais no que tange à interiorização do ensino superior, à formação de profissionais e à integração social, em todos os anos, de milhares de jovens da capital e das dezenas de cidades de todo o interior da Bahia. Por fim, deplora o desconhecimento demonstrado pelo secretário em relação à educação superior na Bahia e sua indisposição para tomar ciência da importância do patrimônio universitário mantido com recursos do Estado da Bahia.

R$ 2 milhões em reforma de escolas

Segundo a secretaria de Comunicação, a prefeitura de Feira de Santana está investindo R$ 2.177.942,37 milhões em construção, ampliação e reforma das escolas da rede. “Estas intervenções estão sendo realizadas desde o início do ano, tanto na sede como na zona rural”, diz o texto do boletim. São 15 escolas já recuperadas e entregues à comunidade e outras em execução.

Ótimo. Mas diante do que se gasta com festa é pouco. De qualquer modo, com R$ 2 milhões ou R$ 20 milhões, o que importa é o resultado, ou seja, a qualidade do ensino. Os resultados de Feira de Santana no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2005 e 2007 são lastimáveis. Corrigir isso exige muito mais do que reforma de escola. E quase nada foi feito desde o governo de José Ronaldo, para provocar mudança significativa na qualidade da educação.

No governo atual não se vê mudança neste sentido. Ao contrário, a merenda escolar começou a chegar nas escolas em 26 de maio. As escolas continuam com muitos estagiários fazendo papel de professores e estes agora ligam para o rádio para reclamar de atraso no pagamento.

Em 2009 sai novo resultado do Ideb.

30.6.09

Agora tem, tem. Tem?

Esgotaram-se rápido as realizações do governo Wagner disponíveis para divulgação. Agora, na propaganda maciça de TV em horário nobre, já foi preciso apelar para uma coisa que ainda não tem. Embora muito importante, é um projeto, com previsão de início de construção apenas para o próximo ano: a ferrovia Oeste-Leste, que ligará Barreiras a Ilhéus.

Neste caso, a propaganda tem a honestidade de colocar um aviso que aparece rápido na tela, informando que o início das obras é em 2010.

Já numa visita a Feira de Santana, do secretário de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florence, um absurdo. Segundo texto enviado pela assessoria de Comunicação do deputado José Neto, ao fazer um "breve balanço" das ações do governo Jaques Wagner na área da saúde, ele disse: "Entregamos o hospital de Irecê, o de Juazeiro, e já estamos construindo o segundo Hospital Geral do Estado (HGE). Além disso, realizamos a implantação do SAMU 192 e a internação domiciliar".

Implantação do SAMU?

O SAMU, iniciativa das mais importantes do governo federal, gerido em parceria com estados e municípios, já estava instalado em vários municípios quando Wagner foi eleito.

29.6.09

Gratuidade ampliada = gratuidade reprovada

Os vereadores não aprovarão - e nem devem mesmo aprovar - a criação de gratuidade para comissários de menores acrescida de uma gratuidade para policiais militares, como querem os vereadores Sargento Joel e Tom. Eles fizeram uma emenda ao projeto original de Bastinho da Queimadinha, que previa gratuidade somente para os comissários.

O serviço dos comissários não é remunerado. Comissariado não é profissão, é voluntariado. Por isso a gratuidade para eles se justifica. Ainda mais quando é defendida pelo juiz da área de Infância e Juventude, Walter Ribeiro, segundo o qual a extinção da gratuidade causou enorme impacto negativo no trabalho dos comissários.

Já para os policiais militares não há como justificar que recebam o benefício. Se os PMs merecem, porque não os professores? E porque não os que ganham salário mínimo? E por que não os desempregados? E por que não todo jovem em idade escolar?

Se todos puderem andar de graça, maravilha. Só que alguém vai ter que pagar a conta.

Óbvio que as empresas de ônibus prestam um péssimo serviço. Óbvio que a passagem é mais cara do que deveria. Mas quebrar as empresas não vai melhorar o sistema.

Com a emenda, a votação do projeto ficará para o próximo semestre, após as férias dos vereadores.

Pra não dizerem que só o gasto de São João é digno de crítica

Lulaney

O chargista Simanca, que publica em A Tarde, resumiu com perfeição e sem palavras o sentimento de frustração de muitos que um dia acreditaram que um sindicalista eleito pelo Partido dos Trabalhadores tinha vontade e capacidade de mudar o status quo.



Ventiladores para todos

Projeto aprovado na Câmara há semanas, de autoria do vereador Luiz Augusto, determina que as salas de aula a serem construídas ou reformadas, devem passar a contar com ventiladores.

“No verão, há queda de produtividade nas escolas que não possuem ventiladores para amenizar o calor da estação”, declarou o vereador citado pelo boletim da Ascom.

Não sei porque Lulinha, como é popularmente conhecido, deixou de incluir a totalidade das escolas na medida. Afinal, faz calor em todas.

Vejamos se o projeto será executado ou se se recorrerá à clássica desculpa dos prefeitos quando não querem cumprir algo que se aprova na Câmara. Nesses casos alega-se que o projeto é inconstitucional porque cria despesa e o Legislativo não pode criar despesa para o Executivo.

Qual o tamanho da despesa?

Vejamos, deixando de fora apenas o aumento da conta de luz. Ventiladores se encontram no varejo por valores inferiores a R$ 50,00. Como aqui imaginamos que se trate de ventiladores de teto, supondo que estes sejam mais caros, vamos colocar R$ 80,00. Claro que com uma compra grande e uma licitação com disputa de preços, o valor unitário pode cair. Mas vamos deixar em R$ 80,00 mesmo. Não sei quantas salas o município possui, mas são “mais de 220 escolas da rede municipal”, segundo o boletim informativo da prefeitura. Os tamanhos das escolas variam. Então vamos colocar uma média de

6 salas por escola
X 220 escolas
X R$ 80,00 por aparelho.

= a um show da banda Calypso.

Acho que o município tem dinheiro para colocar ventiladores em todas as escolas, não apenas nas novas e nas que forem reformadas.

A diferença que faz passar o dia na escola

Fagner Moreira Lima tem 13 anos e mora em Nova Fátima, município pequeno e pobre da região sisaleira. Ele vai representar todo o semi-árido brasileiro na reunião do G8, que junta os governantes das maiores potências econômicas do mundo entre 4 e 12 de julho.

Brasileiros participam porque cinco países em desenvolvimento também se encontrarão lá (Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul). Os adolescentes, assessorados pelo Unicef, órgão da ONU para infância e adolescência também discutem os temas, levando as propostas que coletaram em suas comunidades debatendo com os colegas. Serão quatro brasileiros.



O Fagner, que você vê na foto acima de Reginaldo Pereira, com a mãe e o pai, é um garoto comum. Não é nenhum superdotado. Talvez nem mesmo precoce. Se expressa bem, mas ainda tem muito que se desenvolver. E o que fez a diferença na vida dele, a ponto de ser escolhido (por garotos da mesma idade em um encontro mês passado em Recife) como o que falaria em nome de todos em uma reunião internacional?

A diferença é que no lugar de estudar de manhã e ajudar o pai na roça de tarde, passou a ocupar as tardes com outras atividades educacionais, dentro do que é chamado Jornada Ampliada, no PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil). Ou seja, nada mais nada menos que escola em tempo integral.

Foi aos 10 anos que Fagner parou de trabalhar e entrou no PETI. Em apenas três anos o menino já escalou vários degraus. Claro que se estivesse na roça trabalhando com sisal, não teria tempo nem condições para nada disso.

Conheça abaixo um pouquinho do pensamento do nosso representante em Roma.

Qual o retrato dos problemas do semi-árido que você vai apresentar em Roma?

Fagner - O nosso índice de analfabetismo é muito alto; a saúde está precária, com pessoas morrendo nos hospitais. A ideia é que os países desenvolvidos colaborem com o Brasil, que ainda está em desenvolvimento, para que possa investir na educação, saúde e lazer.

O Brasil já não tem dinheiro para resolver esses problemas?

Fagner - Acho que tem, mas falta a distribuição. A renda é muito mal distribuída.

O que deveria mudar dentro do Brasil, para resolver isso?

Fagner - Os poderes públicos poderiam se interessar mais. A presidência da República, o governo do estado, os prefeitos, poderiam se juntar para melhorar o semi-árido. Não vou dizer que fazem pouco, mas precisa mais.

O que você quer fazer no futuro?

Fagner - Eu pretendo continuar no meio social. Tenho o sonho de ser jornalista também.

De boa intenção, a Bahia está cheia

Enquanto isso, a Bahia amarga a condição de ser o estado com maior número de crianças trabalhando, de acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), do IBGE.

No início de junho, em seminário sobre o assunto na CDL, a Superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Norma Maria Pereira, disse que a fiscalização já não encontra em empresas crianças e adolescentes trabalhando.

E quem são esses que trabalham? Justamente os que estão na roça com a família ou em atividades informais na cidade, como a venda em feiras livres.

No seminário, em 09 de junho, o prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta, assinou a carta de intenções elaborada pela Superintendência do Trabalho e Emprego, que é órgão do Ministério do Trabalho. Entre as intenções contidas lá, estão a implantação de escolas em tempo integral e a inclusão de projetos para erradicação do trabalho infantil no Plano Plurianual do município.

Infelizmente a carta é apenas propositiva, não obriga Feira nem outros municípios que assinarem, a cumprir qualquer contrato ou compromisso formal. Tem valor parecido com o das promessas de campanha eleitoral.

Transposição avança, recuperação do São Francisco empaca

Matéria de hoje no jornal Valor Econômico mostra que as obras de recuperação da Bacia do São Francisco, que foram prometidas para justificar a transposição, não está andando. Leia abaixo:

Diferentemente das obras de transposição, que são tocadas em três turnos de trabalho para garantir a inauguração de uma primeira parte até o fim de 2010, o programa de revitalização do rio São Francisco atola.

Dos R$ 442,7 milhões previstos no Orçamento federal deste ano para projetos de recuperação ambiental das bacias hidrográficas do São Francisco e do Parnaíba, apenas R$ 71 milhões foram empenhados até maio.


Clique aqui para ler a matéria completa, incluindo as justificativas do ministro da Integração (ou da Transposição), Geddel Vieira Lima.

Comitê de Graça

Comenta-se agora que será em breve inaugurado comitê eleitoral da candidata Graça Pimenta. Se ocorrer mesmo, aí não vai dar mais para dizer que a candidatura foi lançada à revelia do prefeito e da primeira-dama, por simpatizantes inconformados que querem porque querem vê-la deputada.

Em tempo: eu que apenas olho de longe, não sou beneficiário nem vítima da candidatura, entendo como a coisa mais natural do mundo que o prefeito, dono de rico estoque de votos, queira escolher um candidato a quem confiá-lo, já que é prefeito e não concorrerá, claro, a deputado em 2010. Agora, se nas conversas para definição da candidatura de Tarcízio a prefeito em 2008*, foi feito outro acordo, aí a coisa muda de figura. Se foi, logo saberemos.

* Mais cedo eu escrevi 2006, ao invés de 2008, o que deixou a nota confusa. Perdoem-me.

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