8.1.10

Fluminense tem Clodoaldo "Terror" como principal reforço

Faz oito anos que Clodoaldo fez sucesso no Fortaleza, ganhou fama nacional e chegou a ser cotado para jogar no Flamengo. Desde então a carreira andou para trás e no ano passado o artilheiro estava disputando a segunda divisão do campeonato baiano, jogando pelo Juazeirense. Mas hoje aos 31 anos, ele é a principal esperança de gols do Fluminense de Feira de Santana no campeonato baiano. “É mais uma oportunidade”, avalia o jogador.

O Fluminense se manteve em atividade depois do Baianão de 2009, jogando a Série C, onde foi eliminado cedo e a taça Jaques Wagner, que conquistou. Com isso, conseguiu manter a maior parte da equipe, incluindo o técnico Laelson Lopes. “É muito importante manter a base, porque o time já está entrosado”, argumenta o presidente Luiz Paolilo. Na opinião dele, o elenco está em condições de fazer frente a Bahia e Vitória na competição. “Pelo menos oito dos nossos jogadores têm condições de jogar em qualquer equipe do Brasil”, garante.

Apenas cinco contratações foram feitas. Além de Clodoaldo, vieram para Feira de Santana o goleiro Marcão, os meias Advaldo e Petrus e o atacante Rael. Não foi preciso comprar nenhum. Todos tinham passe livre e a despesa será somente com o pagamento do salário. O presidente estima em R$ 80 mil o gasto mensal com pessoal, incluindo os 25 jogadores que compõem o elenco e mais a comissão técnica.

A preparação é feita em parte no Centro de Treinamento próprio do clube, na BR 116, onde existem dois campos com medidas oficiais. No entanto, para fazer musculação o elenco precisa se deslocar para uma academia da cidade, já que os equipamentos de ginástica foram perdidos para um ex-preparador físico que entrou na justiça requerendo direitos trabalhistas.

Dívidas trabalhistas são há anos um calo no sapato. Vez por outra o time se vê às voltas com seqüestro de rendas dos jogos ou qualquer outra fonte de receita. Hoje estas dívidas estão em torno de R$ 500 mil, mas Paolilo acredita que com R$ 200 mil poderia fazer acordos com todos os credores e deixar o clube respirar.

O problema é onde conseguir o dinheiro para isso. A contribuição dos sócios representa, de acordo com o presidente, apenas R$ 5 mil por mês. O clube obteve o patrocínio de uma empresa que perfura poços artesianos e ajuda a custear as despesas de manutenção. Quanto à prefeitura, não sabe ainda o que pode conseguir este ano, quando três clubes da cidade estão na primeira divisão, em busca do mesmo apoio. No ano passado, o convênio assinado entre o tricolor feirense e o governo municipal previa o repasse de R$ 48 mil em cinco parcelas, totalizando R$ 240 mil.

O Flu fez um jogo-treino contra o Bahia de Feira na noite de quinta-feira no Jóia da Princesa e faz um último amistoso em Serrinha domingo, contra a seleção amadora do município, que conquistou em dezembro o título de campeã do intermunicipal.

Conheça aqui a história do Clodoaldo Matador: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/0,,MUL1181851-9825,00.html

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