O fim dos mimeógrafos

Foi com grande satisfação que li a notícia divulgada esta semana pela prefeitura, anunciando que as escolas da rede municipal receberão impressoras e máquinas de xerox, que vão substituir os ultra ultrapassados mimeógrafos que até então eram o único meio disponível de produzir textos, exercícios e provas na rede de escolas municipais.

O uso do mimeógrafo foi assunto de capa de uma das edições do caderno Contexto, que editei em 2008 na Tribuna Feirense. Obviamente este não era nem o único nem o mais grave problema da educação pública. Apenas elegi o mimeógrafo como um símbolo do pouco caso com que eram tratados os nossos estudantes e também os professores, obrigados a conviver com uma tecnologia do século XIX (como dizia o título da reportagem que você pode ler aqui). Coisa que qualquer escola particular que se preze já abandonou há muito. Na época, a então secretária Ana Rita Neves tentou minimizar a gravidade do caso, ao dizer que o importante é o professor (como se a gente pudesse mandar um astronauta para a lua sem foguete).

A melhoria na estrutura das escolas anunciada pela prefeitura em reunião dos secretários José Raimundo (Educação) e Wagner Gonçalves (Fazenda) comd diretores de escolas inclui também a troca de outro equipamento defasado, que são os quadros de giz. O secretário da Fazenda também informou que a mudança vem acompanhada de um estudo para que simultaneamente à instalação dos novos equipamentos seja feita de modo permanente a reposição e a recarga de cartuchos, que são outros pontos importantes para que as máquinas não fiquem só servindo de enfeite e propaganda enganosa. É de se esperar também por parte dos professores seu uso de modo consciente (nunca para objetivos particulares), de modo que jamais falte para os alunos, que precisam de estímulo para permanecer na escola e aprender.

Leia aqui a notícia divulgada pela prefeitura