As fotos de Reginaldo Pereira mostram o público em busca do atendimento na recepção, as crianças com as mães nas dependências, o almoxarifado ainda com material para ser instalado e serviço de instalação sendo realizado nas caixas de eletricidade
Nesta sexta-feira (dia 10), quando completa a segunda semana de abertura, o Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana, passará a contar com leitos de UTI e poderá começar a usar o Centro Cirúrgico, de acordo com a diretora geral, a pediatra Edilma Reis. Pela ausência das condições necessárias nos primeiros dias de funcionamento, a unidade foi obrigada a transferir para o vizinho Clériston Andrade um paciente de cinco anos que precisou fazer uma cirurgia de apendicite.
Para o gerente administrativo Guillermo Zuniga, a proximidade do Hospital Geral Clériston Andrade, que fica ao lado, foi uma facilidade a mais para que o Hospital da Criança pudesse ser aberto. “A população tem necessidade e há uma carência de atendimento pediátrico”, argumenta o gerente, para justificar a inauguração, que ele nega ter sido motivada por razões políticas ou eleitorais. Segundo ele, a abertura em agosto estava prevista no contrato entre o governo do estado e o Instituto Sócrates Guanaes, para o qual Zuniga trabalha, e que foi vencedor da licitação para administrar o hospital.
Embora tenha que encaminhar as cirurgias para o Clériston Andrade (também integrante da rede estadual), o Hospital da Criança tem folga nos leitos nestes primeiros dias de funcionamento. Em um dos andares, por exemplo, com 28 leitos disponíveis para internação, apenas 12 estavam ocupados. Em 12 dias, houve 50 internações.
Entre os pacientes internados nesta segunda-feira, estava Natan, de cinco anos, atropelado domingo por uma moto e que enfrentou uma peregrinação até chegar ali. O acidente ocorreu na cidade natal, Tucano, que fica a 163 quilômetros de distância sertão adentro. No hospital municipal, o pai, o pedreiro Nailton dos Santos, disse que apenas limparam o sangue que escorria pela testa de Natan, que levou também uma pancada na barriga e tinha o olho bastante inchado.
Ele tentou socorro em Ribeira do Pombal, cidade que fica a 35 quilômetros de distância de Tucano. Lá, os aparelhos necessários para examinar a criança estavam quebrados.
Encaminharam para Salvador, mas de passagem por Feira de Santana, a ambulância resolveu arriscar o Hospital da Criança. “Logo que chegamos fomos atendidos”, atesta o pai, ainda preocupado com o estado do menino, mas satisfeito com o tratamento e os exames realizados.
Encaminharam para Salvador, mas de passagem por Feira de Santana, a ambulância resolveu arriscar o Hospital da Criança. “Logo que chegamos fomos atendidos”, atesta o pai, ainda preocupado com o estado do menino, mas satisfeito com o tratamento e os exames realizados.
Quem também respirava aliviada era Rosimeire Almeida, moradora de Feira de Santana e mãe de Ana Maria, internada por causa de uma infecção intestinal. A menina chegou também no domingo, vomitando e passando muito mal, conforme o relato da mãe. “Ela foi logo internada, examinada, colocaram soro e deram remédio. O atendimento foi e está sendo ótimo”, elogia. Muito diferente do que um dia ela recebeu no sempre lotado Clériston Andrade quando teve que ficar muito tempo esperando numa cadeira na emergência com a criança no colo, tendo que ceder o lugar quando uma mulher idosa chegou passando mal.
EM OBRAS
A informação do governo do estado é que no HEC foram empregados R$ 40 milhões na construção e R$ 20 milhões em equipamentos, orgulhosamente exibidos em propaganda eleitoral dos candidatos Jaques Wagner e Dilma Roussef. Mas muitos deles ainda estão sem uso, trancados nas salas. No almoxarifado, caixas estão por abrir, para montagem de equipamentos e operários circulam em alguns setores concluindo instalações. Um dos elevadores está reservado para obras. O sétimo e último andar do prédio ainda não foi entregue pela construtora.
O processo seletivo para o pessoal está em andamento. Na sala da administração o movimento é constante de pessoas que chegam para entregar documentação para contratação. Segundo o gerente Zuniga, entre os cerca de 150 funcionários que atuam no momento, há concursados do estado, funcionários de cooperativas, celetistas contratados pelo Instituto Sócrates Guanaes e prestadores de serviço que ganham por plantão. Todos somados representam pouco mais de 10% do total, já que a previsão é ter 1.200 pessoas trabalhando quando tudo estiver totalmente implantado.
Zuniga assegura que em um ano, como prevê o contrato com o governo, pelo menos metade da capacidade estará em pleno funcionamento, o que corresponde a 140 leitos.
Edilma Reis, que dirigia o Clériston Andrade antes do HEC, afirma que alguns serviços pediátricos já foram desativados no Hospital Geral e assumidos pela nova unidade, que nestes primeiros dias registrou 957 pacientes na Unidade de Pronto Atendimento. Com a ativação das UTIs e do Centro Cirúrgico, o único serviço pediátrico remanescente no Clériston será a UTI neonatal.
O HEC não está funcionando a todo vapor ou a vapor nenhum. Mas a verdade tem que ser dita. É um aparelho público muito bem feito e aparelhado. Se sua inauguração foi precipitada por motivos eleitoreiros eu não sei, só sei que qualquer candidato não perderia uma oportunidade destas, que o digam os carlistas. O que não pode tb é José Serra lá no seu reduto político que é o sul do país e, provavelmente nem sabe onde é Feira de Santana, dizer que a obra não presta, que não funciona por falta de equipamentos e etc. Sabemos que para um bom e pleno funcionamento do hospital vai demandar tempo,pois, até mão de obra qualificada o município e região tem carência, e isso não se resolve de um dia para o outro. Eu como cidadão preciso ter paciência e acreditar que o melhor vai ocorrer.
ResponderExcluirpuxa saco do pt.
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