Pesquisa Ibope realizada de 8 a 10 de setembro mostra que a eleição para o governo da Bahia será decidida em primeiro turno, com vitória de Paulo Souto, ficando o candidato do PT, Jaques Wagner, em segundo lugar.
Esta era a notícia na imprensa baiana e nacional, no dia 11 de setembro, há exatos quatro anos. O erro grosseiro e histórico do Ibope em 2006 serve de argumento e esperança hoje para Paulo Souto e Geddel Vieira Lima, únicos adversários concretos de Wagner na disputa que ocorre daqui a três semanas.
Em 2006, estes números de 50% para o então PFL e 26% para o PT se repetiram ainda na pesquisa divulgada na véspera do pleito, realizada entre os dias 28 e 30 de setembro. Se as urnas novamente mostrassem uma realidade totalmente diversa do que as pesquisas apontam, seria uma desmoralização que talvez até levasse a mudanças na legislação eleitoral sobre a divulgação destas previsões. Mas será que há risco da mancada se repetir desta vez?
Há muitas diferenças do cenário atual para o de quatro anos atrás. Uma das principais é que, dos três grandes institutos do país, só o Ibope pesquisou na Bahia; e por contrato com a Rede Bahia, sempre colocada sub suspeição por ser de ACM.
Mas em 2010, estão em campo também o Datafolha e o Vox Populi. Todos têm números semelhantes e dão a vitória a Wagner no primeiro turno. Se errarem, será um erro coletivo e indesculpável.
Wagner ganhou em 2006 apesar do Ibope e apesar de ACM. Hoje ACM não é mais vivo para impor resultados e a concorrência passou a ser preocupação tanto do Ibope quanto da TV Bahia.
Wagner ganhou em 2006 empurrado pela onda vermelha surfada por Lula. A onda virou tsunami e Lula dessa vez vem de jet ski, com Dilma na garupa. Portanto, mais pontos favoráveis ao “galego” (aliás ser galego também ajuda, nesta racista Bahia).
Uma variável sobre a qual coube a Wagner exercer controle é que desta vez ele é o candidato do governo e não da oposição. Como é próprio do sistema que permite reeleição, só governos muito rejeitados perdem a chance de continuar. Não é o caso de Wagner, por mais defeitos que se apontem em sua administração. Pesquisa Datafolha o colocou em julho como segundo melhor governador, entre os sete estados que foram objeto do levantamento.
Como governador, o petista soube tirar proveito do poder de cooptação de lideranças regionais volúveis. Em 2006 os aliados de Souto evitavam pedir votos para Geraldo (o Alckmin), para não contrariar o povo que queria votar em Lula. Agora desavergonhadamente abandonam o candidato do DEM e aderem a Wagner, obedecendo ao instinto de sobrevivência que os governa acima de tudo.
Uma diferença importante contra Wagner é que desta vez não conta com o apoio do PMDB, que tem seu próprio candidato. Mas é um único fator contrário, em meio a um cenário amplamente favorável. E como era um aliado guloso, sua ausência traz prejuízo na campanha, mas facilita no exercício do mandato.
Eis que Wagner atesta a veracidade do dito popular: devagar se vai ao longe.
Não acredito que essas pesquisas consigam prever a vontade de mais de 9 milhões de eleitores baianos! Balela! Na Bahia quem decide é o voto do povo, a vontade do povo, não pesquisa! Se pesquisa ganhasse eleição Souto seria o governador, não wagner! Não era o que diziam as pesquisas em 2006??
ResponderExcluirAcho que esses dois já são fichas batidas e desaprovadas. Precisamos de novidade e vontade de trabalhar em prol da Bahia. Torço por Geddel.
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