27.4.09

Prefeitura diz que só bancou bloco sem fim lucrativo

Embora o prefeito Tarcízio Pimenta tenha dito que "não sabia de nada" em entrevista pela manhã no programa Primeira Página, de Valdomiro Silva, na Rádio Povo AM, a prefeitura apresentou na tarde de hoje por meio da secretaria de Comunicação uma versão melhor sobre o motivo de ter custeado atrações para blocos. Em resumo, a justificativa é que são entidades sem fins lucrativos, sendo que duas delas não são propriamente blocos.
Leia o texto oficial:

Prefeitura colaborou com entidades sem fins lucrativos

A Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer não custeou trios elétricos, na Micareta 2009, para blocos que tenham fins lucrativos. Apenas três entidades contaram com a colaboração do poder público, entre elas o Periquito, que é da Fundação Senhor dos Passos, ligada à Igreja Católica.

Além disso, a Secretaria de Cultura Esporte e Lazer acrescenta que as bandas Chicana e Adão Negro foram contratadas para animar o folião pipoca.

O intuito do governo municipal foi de manter uma relação com a Fundação Senhor dos Passos que tem resultado em benefícios para a comunidade, com doações recíprocas ao longo de cinco anos.

Conselheiro da fundação, o contabilista Carlos Brito relata que recursos gerados pelo bloco foram empregados na construção da Estação de Produção de Geração de Emprego e Renda Zezito Freitas e na Casa do Idoso, no bairro Baraúnas.

“Agora, estamos partindo para a segunda etapa da construção de um centro comunitário, no mesmo bairro, que vai oferecer cursos para geração de emprego e renda. A primeira etapa custou R$ 500 mil, fruto de uma emenda parlamentar do então deputado Jairo Carneiro, e será empregado o mesmo valor na segunda”, acrescenta.

O conselheiro destaca,ainda, que a Fundação Senhor dos Passos já doou duas áreas ao governo municipal, respectivamente, de 12 mil e 450 metros quadrados. Na primeira foi construído o Centro de Educação Complementar Dom Silvério Albuquerque e a segunda abriga o posto de saúde Milésio Ledoux Vargas.

Outros dois blocos, o Expresso do Reggae, e o Quilombo, também não vendem abadás, não desfilando, portanto, com o objetivo de obter vantagem financeira no mercado caracterizado pela festa. São duas agremiações que retratam uma cultura e o Quilombo tem inclusive um trabalho social na Rua Nova.

Resumidamente, o líder governista, Justiniano França, já havia dito o mesmo na sessão da Câmara. O que não convenceu o vereador governista Getúlio Barbosa, que retrucou: "Quando eu quero fazer caridade, coloco a mão no próprio bolso".

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