foto: Reginaldo Pereira
Desde o último “abril vermelho”, em 2009, o número de famílias sem terra acampadas na Bahia passou de 20 para 25 mil pessoas, de acordo com Lúcia Barbosa, diretora do Movimento dos Sem Terra na Bahia. Um aumento de 25% em um ano.
Mas o MST não culpa o governo petista pelo aumento das famílias acampadas. De acordo com Lúcia, as dificuldades criadas para a reforma agrária surgiram por causa de pressões de juízes locais, que determinam prisão de trabalhadores rurais e do Legislativo federal, quando se criam CPIs para investigar movimentos sociais.
A dirigente comandou o início de uma caminhada que começou nesta segunda-feira saindo de Feira de Santana em direção a Salvador, onde os manifestantes pretendem chegar no dia 26, segunda-feira.
A organização calcula que 4.500 pessoas estejam na marcha. Trabalhadores de todas as regiões da Bahia participam. O número pode crescer, caso alguns ônibus que tiveram problemas mecânicos consigam alcançar o grupo.
A primeira parada da caminhada ocorreu no Parque de Exposições de Feira de Santana, depois de percorrer grande parte da cidade, causando por alguns minutos a paralisação do tráfego de ruas no centro e lentidão no início da BR 324, sentido Salvador. Quando chegarem à capital será definido um local para acampar e abrir negociações com vários órgãos do governo estadual e com o INCRA.
Em 23 anos de atuação do MST na Bahia, foram assentadas até hoje, de acordo com Lúcia, 10 mil famílias. O MST reconhece que apenas assentar não resolve o problema. Por isso, na lista de reivindicações constam também pedidos para infra-estrutura dos assentamentos. Nenhum deles possui indústria para processar a produção. O máximo que os assentados conseguem é produzir para subsistência, com alguma sobra para vender na feira livre. “Temos uma boa safra de frutas em alguns lugares, que se estragam por falta de processamento”, aponta a dirigente. As estradas em más condições são outro impedimento para a venda da produção.
A ausência de crédito é um problema a mais, já que os agricultores não têm recursos para financiar a produção. “O Pronaf teoricamente poderia servir, mas quando apresentamos as propostas o banco diz que não nos enquadramos nos critérios”, observa.
Com o propruo governo financiando o MST, sem terra é o melhor negocio, tem muita gente que tem casa e não quer trabalhar e vai para o MST, veja quanto foi de acrescimo que o MST recebe no governo Lula, esse não é governo e sim desgoverno.
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