Recebi da direção do Clériston Andrade nota com alguns questionamentos e esclarecimentos sobre o que foi publicado aqui a respeito da ameaça de greve dos residentes, que fazem cirurgias no hospital.
A direção afirma que, caso ocorra, a greve não irá prejudicar o atendimento. Isso porque as cirurgias são feitas pelos preceptores. “Os médicos residentes em cirurgias só realizam os procedimentos cirúrgicos acompanhados de um preceptor (médico oficial do quadro do HGCA). Desta forma, os procedimentos cirúrgicos continuarão sendo realizados normalmente, caso exista a paralisação dos médicos residentes em cirurgias”, diz a nota.
A palavra-chave para mim aqui é “normalmente”. Os médicos residentes não apenas olham o preceptor fazer a cirurgia. Eles atuam também auxiliando. Se entram em greve, a capacidade de atendimento estará sim prejudicada. Não é uma situação normal. Se o trabalho deles fosse tão pouco significativo, não teriam o prestígio de serem recebidos pelo secretário Jorge Solla, a fim de evitar a greve.
Outro ponto questionado pela direção do hospital é que afirmei erradamente que a obra começou ainda no tempo de Eduardo Leite como diretor. “As obras de ampliação e reforma do centro cirúrgico/obstétrico, foram iniciadas em agosto de 2008”, corrige a nota da direção.
De fato algumas obras ainda em andamento no hospital começaram na gestão de Eduardo Leite, mas não esta. Consultei o ex-diretor. Ele lembra que a obra em questão foi um pedido seu e que chegou a marcar uma reunião com a equipe da empresa contratada para o serviço. A reforma inclusive, segundo Eduardo, era condição para sua permanência no cargo. Ele saiu no meio de julho e a obra começou em agosto, como informa a nova direção.
Eduardo faz no entanto algumas ressalvas. Primeiro que só começaria o serviço mediante um acordo com o Dom Pedro, para que este hospital assumisse as cirurgias. Não apenas a obstetrícia, como foi feito. Segundo, que o prazo das obras era de seis meses. Ou seja, já está perto de dobrar o tempo previsto inicialmente.
Pior mesmo é a situação das obras da cozinha e refeitório. Estas sim, iniciadas ainda na gestão de Eduardo Leite e até hoje inconclusas.
Quanto às salas de cirurgia, prometem concluir em 30 dias.
Até lá o problema dos residentes vai ser tocado como der, como aliás tem sido administrado o Clériston e a saúde pública baiana (não vai aqui uma crítica à diretora Edilma Reis, tida por todos como pessoa séria, responsável e dedicada. Do jeito que as coisas são, nem ela nem ninguém tem condições de transformar o Clériston em algo que atenda os padrões de decência que deveria ter, caso houvesse mais respeito pela vida, pelas pessoas. É um problema cultural, não é exclusividade do Jorge Solla nem do PT. Aliás, só os publicitários que trabalham para o governo estadual têm esta condição. Para eles, o Clériston tem estrutura de primeiro mundo).
Desculpa atrás de outras.Uma reforma de cozinha que já vai fazer quase dois anos e nada.O hospital depende dos médicos residentes , sem nós vai ficar pior ainda é só perguntar aos médicos plantonistas.Aqui no Clériston a situação é absurdamente imoral.Só há é muita propaganda, pouca ação e muita embromação.Falta medicamento de ponta e outros insumos básicos e respeito ao ser humano.Nós estamos sendo prejudicados e a nossa formação comprometida.
ResponderExcluir