Para boa entendedora, ¼ de tweet basta

A deputada Eliana Boaventura falava no Jornal das 2, programa de rádio de Paulo José, promovendo-se a respeito de um pedido por escrito ao governador Wagner para que o aeroporto João Durval volte a funcionar (aqueles requerimentos formais que vereador faz muito, às vezes sabendo que alguma providência está para ser adotada e então se “antecipa”, para passar a ideia de que tem prestígio).

O popular PJ aproveitou para perguntar se a deputada esperava o apoio de Tarcízio Pimenta para sua eleição em 2010. Ela disse que sim, porque não somente ela quanto outros possíveis candidatos a prefeito ou vice recuaram ano passado no momento da escolha do candidato do grupo liderado por José Ronaldo. A promessa de apoio estaria embutida na desistência.

Ela mesma teria desistido de ser candidata a prefeita, o que seria sua preferência. Vices, os candidatos a deputado também não poderiam ser. Isso porque, sendo eleito em 2010, este vice deixaria o cargo e a cidade ficaria sem vice.

"Eu acredito que ele vai cumprir com a palavra dele, com todos os partidos que o ajudaram a se eleger", arriscou Eliana, referindo-se ao prefeito eleito. Nem PJ nem Itamar Ribeiro, que estava com ele no programa, questionaram a condição da própria deputada, que deixou o grupo político de Ronaldo e Tarcízio e aderiu a Wagner.

Comentei a entrevista em duas postagens no Twitter e mais tarde o prefeito Tarcízio Pimenta, já um usuário ativo do microblog, postou a frase: “Eliana migrou para lado da oposição”. E mais não disse. Usou só 35 toques, quando o Tweeter dá direito a 140. Para escrever sobre o caso, eu gastei os 140 duas vezes. Em geral estes 140 caracteres são um limite muito estreito. Mas para Tarcízio bastou um quarto do espaço para responder a Eliana.