18.1.10

E para Feira de Santana? Nadica de nada?

(publicamos este texto atribuindo a autoria a Adilson Simas, como saiu publicado na edição de 13 de janeiro da Tribuna Feirense. No entanto, o autor foi Franklin Maxado, como publicado depois na correção feita pelo jornal)

O governo federal anunciou duas obras importantes para a Bahia que tirarão movimento de Feira de Santana e seus políticos ou não se deram conta ou ainda não propuseram compensações. São a construção da ferrovia Leste-Oeste para Ilhéus e a continuação da BR 242 de Barreiras para Santo Antônio de Jesus e daí para Salvador com a construção de uma ponte de 12 quilômetros ligando a Ilha de Itaparica à capital.

Todos os políticos feirenses juntos, independente de partidos, poderiam pressionar para sair logo a duplicação da avenida de Contorno, a reconstrução do aeroporto para servir como opção para o de Salvador e a duplicação da BR 116, afora outras providências urgentes. Mas não; seremos agraciados com o pedágio na BR 324 que nos liga a Salvador, o que limitará mais seu movimento, transformando Feira de Santana num subúrbio da capital, cheio de problemas, tráfico de drogas, crimes e violência, com a população carente, sem o município arrecadar o que merece para seu desenvolvimento.

Atualmente, todo o tráfego de soja e outros produtos de Brasília e de Barreiras, além do turismo da Chapada Diamantina, é pela BR 242, que termina na ponte do Rio Paraguaçu e vem daí para Salvador pela BR 116, a Rio Bahia, passando por Feira.

Com o prolongamento da BR 242 para Itaparica e com a ponte para Salvador, por cima da Baía de Todos os Santos, será o comércio de Santo Antônio de Jesus o grande beneficiário. Sem falar na Universidade Federal do Recôncavo, em Cruz das Almas, que lhe beneficia.

Já a ferrovia Leste-Oeste, vindo de Brasília e passando por Barreiras levará a soja, o algodão, o café e outros produtos do oeste da Bahia para serem embarcados no porto de Ilhéus. Naturalmente, o governo também fará obras para aumentar e modernizar aquele porto, além da reconstrução do aeroporto local, que já foi anunciada também.

Esta ferrovia, que vai licitada em todos os trechos, era para sair no porto de Campinho, na baía de Maraú, muito mais fundo naturalmente e mais em linha reta para Brasília, como no projeto original do engenheiro Vasco Filho. Entretanto, o senador César Borges aprovou uma emenda para sair em Ilhéus, que, assim, vai tomar um grande impulso, além de ter uma universidade estadual, a Santa Cruz, e o programa de revitalização da lavoura do cacau.

Não sou contra as novas e grandes obras para o desenvolvimento do estado. Entretanto, Feira de Santana não pode ficar esquecida ou de lado, recebendo marginais, traficantes, aventureiros, desempregados, mendigos, sem ter empregos para oferecer ou colocação para dar. E sendo tirados os seus meios de subsistência, ou desenvolvimento.

Cabe também aos feirenses reivindicar.

Já houve tempo em que os políticos feirenses tinham mais prestígio e voz.

Posted via email from Glauco Wanderley

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