Ao comentar o rompimento com o PMDB durante entrevista, o governador Jaques Wagner criticou a forma como os secretários de Indústria e Comércio, Rafael Amoedo e de Infra-estrutura, Batista Neves, apresentaram o pedido de demissão.
"Às 11 da noite tinha umas três cartas lá", disse o governador com um ar de désdem. A terceira carta era do presidente da Junta Comercial, Afrísio Vieira Lima, pai de Geddel Vieira Lima, ministro da Integração Nacional e pivô do rompimento, já que será candidato ao governo.
"Confesso que eu estranhei a forma", falou Wagner. Ele opinou que os dois secretários tinham obrigação de procurá-lo pessoalmente para apresentar a demissão. O governador disse que a partir de hoje começa a busca por substitutos, e que não há nomes previamente analisados, porque até ontem apostou na manutenção da aliança com o PMDB.
Wagner contou que conversou também ontem com o presidente Lula sobre o assunto e que este lhe pediu para "manter a postura, de humildade e paciência". Como o rompimento se deu, o governador iria informar ao presidente que "infelizmente o PMDB preferiu a divisão".
Serão substituídos todos os integrantes do PMDB, que ocupam mais de 100 cargos no governo, inclusive no interior, fez questão de ressaltar o governador.
Em Feira de Santana, os principais nomes da cota do PMDB no governo, indicados pelo deputado federal Colbert Martins, são o secretário de Ciência e Tecnologia, Ildes Ferreira e o diretor da Direc 2, Moura Pinho.
Para suprir a falta do apoio do PMDB o governador disse que vai fortalecer as outras alianças e tentar conseguir novas. Ele procurou demonstrar tranquilidade. "Estou absolutamente tranquilo. Isso pra mim é página virada. Seja o que Deus quiser e o povo decidir em 2010", declarou.
Ouça abaixo a entrevista do governador:
7.8.09
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