Mesmo com a pressa em função do horário avançado (o avião do governador só aterrissou 15:40 e tinha que decolar antes de escurecer) a passagem de Dilma pelo semi-árido teve todas as características de uma campanha que não pode ser oficialmente declarada, com direito a carreata, fogos e comício.
A ministra foi alvo de intensa tietagem. Políticos e gente do povo aproveitavam qualquer chance de tirar uma foto ao lado de Dilma, que retribuía a atenção, cheia de sorrisos. No palanque montado na praça principal, enquanto todos fizeram pronunciamentos que às vezes duravam segundos, Dilma falou por 13 minutos. Com cuidado para não dar margem a acusações de campanha antecipada, ela buscou se identificar com Lula, exaltando a figura do presidente e listando realizações do governo federal.
Aproveitando que Cipó sediava ontem uma reunião de prefeitos que assumiram compromissos para lutar contra o trabalho infantil, a ministra relacionou o Bolsa Família, o ProUni e até o projeto de lei sobre o uso dos recursos do pré-sal, que ainda tramita no Congresso, com a ideia de dar uma vida melhor para as novas gerações.
Citou ainda a conquista do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016, como demonstração de que o Brasil hoje é altivo e conquistou a soberania e o respeito internacional.
Dilma finalizou dizendo que é preciso avançar, dando qualidade de vida à população e acabando com a pobreza, para que as pessoas possam realizar sonhos de consumo, a exemplo da aquisição de celulares e computadores. Ao encerrar, discretamente convocou apoio. “Vamos juntos em frente, com fé no povo de Cipó, no povo baiano e no povo brasileiro”.
Ao discursar em seguida, Jaques Wagner completou o recado, afirmando que as pessoas vão “escolher o caminho que mantenha e reforce o trabalho do presidente Lula” e pedindo aplausos para a ministra.
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