10.5.09

A SECOM e a dengue

Recebi do secretário de Comunicação, Edson Borges, o texto abaixo sobre postagem anterior deste blog, acerca da dengue. Segue na íntegra o texto de Edson, que comento depois em vermelho.

Caro Glauco Wanderley, o governo municipal respeita suas opiniões na nota “Cadê a dengue que estava aqui?”. Entretanto, também se sente no direito de salientar o seguinte:

Em nenhum momento, absolutamente, foi negado ou pelo menos se tentou “maquiar” a existência de uma epidemia de dengue em Feira de Santana. Muito pelo contrário, foi o próprio governo municipal quem chamou a atenção para o problema, em entrevista coletiva realizada no final de fevereiro deste ano.

Imediatamente, naquela data, se colocou em prática uma série de ações efetivas de combate à doença, o que não é preciso relembrar aqui, até porque a imprensa de Feira de Santana entrou de corpo e alma na campanha de enfrentamento da epidemia e, portanto, qualquer cidadão de Feira de Santana, bem informado que está das providências adotadas, pode atestar que a Prefeitura de Feira de Santana vem cumprindo o seu papel muito bem na luta contra a epidemia.

O recuo da epidemia em Feira de Santana é um fato, está alicerçado em dados científicos, sem embustes, sem blefes, o que pode ser checado a qualquer momento, por qualquer pessoa. Nesse período, anunciou-se três mortes por dengue em Feira de Santana que terminaram sendo desmentidas pelo devido exame sorológico, ou seja, cientificamente. E pelo menos até agora não apareceu nenhuma prova, também científica, de que a Secretaria Municipal de Saúde ou o Lacem tenha agido levianamente.

Muito obrigado,
Edson Borges, secretário de Comunicação

Digo eu, Glauco:

Em nenhum momento, absolutamente, eu disse que o governo "maquiou" os números. Estranhei no entanto a afirmação do próprio Boletim da Secom, de que os testes realizados nas pessoas que procuraram o centro de hidratação não mostraram dengue em nenhum caso. Mencionei também a recente morte, em que primeiro o secretário de Saúde concordou com a presença da dengue na paciente e no dia seguinte a prefeitura divulgou que, após testes, constatou-se que ela não tinha dengue.

Sobre o esforço do governo municipal no combate à doença, eu mesmo reconheci no texto como digno de maiores elogios.

Quanto a esta inexistência oficial da dengue nos exames feitos, não se pode negar que há algo de estranho. Rejeitando de antemão a hipótese da maquiagem, restariam pelo menos as alternativas abaixo:

a - existe outra doença rondando, que a população e os médicos tomam por dengue
b - é dengue mesmo, mas os exames estão mostrando resultados errados

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