Quatro pessoas foram presas pela Polícia Civil de Feira de Santana, que desmontou nesta quarta-feira um laboratório para refino de cocaína e crack, improvisado em apartamento do flat Downtown, na rua Intendente Abdon, bairro Queimadinha.
Quilos de droga foram apreendidos. A polícia ainda não tinha pesado o material para precisar a quantidade, mas estimava que o valor da apreensão supera os R$ 100 mil reais.
Um investigador disse à reportagem que pelo volume de vendas detectado durante a investigação o total apreendido deveria ser comercializado em cerca de 15 dias. “É um fornecedor que abastecia Feira de Santana e municípios da região”, afirmou o delegado Marcelo Novo, um dos que participaram da operação, realizada em conjunto por diversas delegacias, sob o comando do coordenador Fábio Lordelo.
A operação começou no bairro Santa Mônica, na casa de Roberley Fagundes Aleixo, 54 anos, onde a polícia encontrou na garagem uma geladeira desligada, cheia de sacos com ácido bórico, substância que juntamente com o éter, é usada no processo de refino das drogas.
Da casa de Roberley os policiais seguiram para o apartamento no condomínio, alugado pelo filho dele, Rafael Mascarenhas Aleixo, 24 anos. Além de Rafael, foram presos no local Gilvandro Moreno de Azevedo Júnior, 24 anos, e Cleberson Alves Souza, 27 anos.
O apartamento de quarto e sala tinha um mínimo de mobília. Um sofá, uma cama, um fogão e uma geladeira. Mas estava cheio de plástico cortado em pequenos pedaços para embalar as drogas, seis balanças de precisão, várias garrafas e vidrinhos de éter e também ácido bórico. “Com o ácido bórico, eles podem multiplicar esta quantidade até por quatro vezes”, detalhou o delegado Madson Sampaio.
Havia também uma caixa com 50 balas de pistola nove milímetros. A arma não foi encontrada, mas a polícia esperava fazer mais apreensões em uma fazenda pertencente a Roberley no município vizinho de Santa Bárbara. Grupos de policiais seguiram para outros pontos não revelados pela polícia. Até o início da noite a operação ainda não havia sido concluída.
SURPRESA
O condomínio onde a droga foi apreendida não é de luxo, mas devido à localização muito próxima do centro da cidade é muito procurado por pessoas de um padrão de vida elevado, alguns dos quais não passam todos os dias da semana em Feira ou ficam pouco tempo morando na cidade. Os aluguéis custam no mínimo R$ 500,00. O movimento de pessoas entrando e saindo é intenso, já que são 198 apartamentos divididos em seis blocos.
Entre os inquilinos se encontram médicos e membros do Ministério Público. Os moradores não quiseram se identificar, mas falaram da surpresa com a descoberta do laboratório. “Aqui moram famílias, com crianças e pessoas idôneas. Eu moro há cinco anos. Nunca vimos nada que levantasse suspeitas. Os rapazes do apartamento eram muito comportados. Estamos surpresos e assustados”, disse uma senhora, preocupada com a repercussão negativa que o fato pode ter sobre o local.
O dono de um imóvel alugado também se mostrava perplexo. “Eu morei aqui por quatro anos e agora o apartamento está alugado para uma médica. Sempre foi muito tranquilo”, avalia.
A polícia confirmou que o apartamento funcionava somente como laboratório, de onde a droga era distribuída para pontos de venda.
Nas fotos de Reginaldo Pereira, uma vista externa do prédio e dos apartamentos, a droga e os produtos químicos apreendidos e os incontáveis pedacinhos de plástico para embalar a cocaína e o crack
Parabéns para a Polícia de Feira.
ResponderExcluirA droga chegou para matar, roubar e destruir
as famílias.
Ninguém tem sossego.
Da onde nunca se espera, ela surge, como nesse caso.
Para quem os conhece, nunca pensaria em tal situação.