18.3.10

Recôncavo já teve terremotos de 4 pontos na escala Richter

O coordenador do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Joaquim Ferreira, explica que a ocorrência de terremotos é imprevisível e que não se pode ter certeza se vão parar ou voltar a ocorrer nos próximos dias em Mutuípe e Jiquiriçá, cidades que registraram tremores terça-feira.

Nenhuma região é totalmente isenta de sofrer os abalos sísmicos, mesmo estando no meio de placas tectônicas, como o Brasil. A tendência é que sejam fracos, mas no Recôncavo baiano já foram registrados, no início do século XX, tremores que atingiram 4 pontos na escala Richter, que mede a intensidade dos terremotos. Provocaram rachaduras em edificações, mas ao que se sabe, nunca houve mortes. “Na China o grande terremoto recente foi no meio de uma placa”, lembra o professor. Segundo ele, são comuns terremotos em uma região no Mississipi, Estados Unidos, que também fica no meio de placa tectônica.

A configuração das camadas mais profundas do subsolo pode permitir uma maior incidência em determinadas regiões. Em todo o caso, a razão é sempre a movimentação nas placas, mas os tremores registrados na Bahia, segundo o professor, não são reflexo dos grandes terremotos ocorridos este ano no Chile e no Haiti.

Eles chegaram ao conhecimento do Laboratório, mas devido à baixa intensidade do tremor e à distância de 600 quilômetros da estação mais próxima, os equipamentos consultados até o meio da tarde de ontem ainda não indicavam qual a magnitude do abalo.

Posted via email from Glauco Wanderley

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