“Se esse Festival for prejudicial ao ambiente ou ao desenvolvimentosustentável do Vale do Capão, seremos os primeiros a não querer que ele continue”. Com estas palavras na abertura do 1º Festival de Jazz do Vale do Capão, sexta-feira, o músico Rowney Scott, um dos principais organizadores, demonstrou o diferencial do evento, que ocorre em um dos lugares mais badalados, porém relativamente isolado da Chapada Diamantina, onde se chega depois de 20 quilômetros de estrada de chão, a partir de Palmeiras.
Mas no que depender da avaliação da principal atração da primeiranoite, a continuidade do Festival está garantida. Hermeto Pascoal dormiu no Vale do Capão já na quinta-feira e se disse impressionado com a sonoridade do lugar. “Acordei de manhã perguntando se passava um trem por aqui. Me explicaram que era o barulho do vento correndo entre as árvores e as montanhas. De manhã fiquei ouvindo o canto dos pássaros. E por fim o povo é muito sorridente. O produtor comentou que está impressionado com a receptividade”, elogiou.
O Festival foi aberto pelo Grupo Instrumental do Capão, formado por músicos experientes, já conhecidos do público e que não apenas tocam, mas também se divertem, dançando e encenando em alguns números. O grupo vocal Banda de Boca deu continuidade à primeira noite, que teve ainda Mou Brasil.
Durante o dia o Festival oferece oficinas em que os instrutores são músicos que se apresentam no evento. Neste sábado, o Festival se encerra com a participação de Toninho Horta, um dos mais renomados músicos instrumentais do país, que também vai conduzir a oficina sobre Guitarra e Harmonia. A Banda de Boca volta ao palco no segundo dia e se apresentam ainda o Coral do Capão e o Grupo Garagem, conhecido do público soteropolitano pelas sessões de sábado no MAM.
Grupo instrumental do Capão, Hermeto Pascoal e oficina no circo, sobre improvisação em grupo, com músicos da banda Garagem (FOTOS: REGINALDO PEREIRA)
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