Informa o blog do Velame que há insatisfação entre servidores do SAMU porque não recebem gratificações que são pagas a médicos e enfermeiros. E que o prefeito Tarcízio Pimenta alegou que a coisa vem desde o governo passado e não foi procurado pelos queixosos, mas está aberto ao diálogo.
Desconheço valores dos salários tanto dos que ganham a gratificação quanto dos que não ganham. Claro que ninguém em sã consciência há de concordar com valores exorbitantes (embora soe como exorbitante o valor de 250% de gratificação). Mas a lógica é justificável: conseguir segurar os profissionais, especialmente os médicos.
Não faz sentido conceder a gratificação a todos os servidores. Se o motorista ganhar gratificação porque o médico ganha, isso não corrige a distorção. Ao contrário, vai onerar o município e gerar um feudo de privilegiados. Como em Brasília, onde ascensoristas no Congresso ganham salário que faz inveja a muito profissional graduado país afora.
As diferenças de salário de uma profissão que não exige nível superior para outra que exige são a regra do jogo. A regra do mercado. Vivemos em um país capitalista e não socialista. Os abismos salariais são exagerados e lamentáveis, mas ao mesmo inevitáveis no nosso sistema. A questão básica é: se um motorista sai, tem centenas na fila para ocupar seu lugar, até mesmo para ganhar menos. O mesmo não ocorre com os médicos, que prestam um serviço essencial e não precisam se sujeitar a qualquer salário.
Tome-se por exemplo o caso da UEFS, que não consegue preencher vagas de professor no curso de Medicina, pois o estado insiste em oferecer contratos temporários de Reda, ao invés de concurso para que o profissional seja atraído pelo menos pela chance de ingressar numa carreira. O que é oferecido não atende a expectativa e ninguém se habilita. No caso das prefeituras, se o salário não compensa, o médico pega o boné e vai embora. E quem paga o pato é a população, que fica sem o atendimento.
Se no SAMU a gratificação estiver sendo algo fora da realidade, que se corrija. Mas se apenas atende a necessidade de pagar salários de mercado e com isso segurar o prestador de serviço, não tem jeito. Vai ter que permanecer, gostando o restante ou não.
14.6.09
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Eu só queria entender porque até hoje o Samu de Feira não fez concurso público. Em Alagoinhas por exemplo, foi feito concurso público. Cabide de emprego? Quando isso vai mudar?
ResponderExcluirCom todo respeito ao dono do artigo, mas antes de falar tente se informar por que 1º não é motorista, é "CONDUTOR SOCORRISTA" e a maioria das vtr's do SAMU não dispõe de medicos onde a atuação desses profissionais "MOTORISTAS" e de suma importância pois fazem reconhecimento e avaliação de risco para os medicos atuarem ou seja são responsaveis pela segurança da equipe são socorristas treinados em APH e o treinamento dos ditos "motoristas" é o mesmo dos medicos, os riscos de contaminação, entre outras coisinhas que se o autor se empenhasse em fazer um trabalho completo e criticas consisas teria se informado antes de se pronunciar. Desculpe a franqueza...
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