18.6.09

O tamanho de José Ronaldo

O processo de discussão sobre a eleição de 2010 vem evidenciando que o prefeito José Ronaldo demonstra na cúpula do seu grupo político um tamanho menor do que deveria, levando-se em conta o poder e a popularidade que acumulou ao longo de oito anos de mandato na maior cidade do interior do estado.

Quando se refere aos mandatários do DEM, a mídia da capital (a que conta em termos de influência política) quase ignora Ronaldo. Os nomes são sempre os de ACM Neto, José Carlos Aleluia e Paulo Souto. Ex-carlistas membros de outros partidos, como Cesar Borges e o sem mandato Antônio Imbassahy são sempre citados também. Ultimamente, até Otto Alencar ganhou um destaque talvez desproporcional ao seu peso político ou eleitoral, quando passou a ser assediado pelo PT.

Sobre Ronaldo, quase nada. Hoje, no entanto, seu aparecimento ainda que com 1% das intenções de voto em pesquisa espontânea para o governo do estado*, mostra que seu papel deveria ser mais importante no jogo. O problema é que Ronaldo não quis ou não soube se colocar na mídia estadual, quando estava no poder. Sem mandato, tem importância secundária e fica mais difícil aparecer.

Apesar disso, como se sabe que tem densidade eleitoral e influencia nas bases pelo interior, o nome do ex-prefeito de Feira eventualmente é cogitado numa candidatura a senador ou a vice-governador na chapa de oposição. Aí sim, caso eleito, Ronaldo poderá se projetar mais, visando a um plano maior de um dia vir a governar o estado, desejo que acalenta mas não manifesta, como é próprio do seu estilo.

Aliás, próprio do seu estilo também é não queimar etapas. Daí estar totalmente descartada uma candidatura a governador, como alguns ronaldistas mais entusiasmados chegaram a pretender.

* Pesquisa não oficial, encomendada pelo grupo que está no governo estadual, citada hoje (18) na coluna Tempo Presente do jornal A Tarde

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