Um aparelho para bloquear telefones foi apreendido pela Delegacia de Cargas, com sede em Feira de Santana, durante a prisão de dois homens acusados de roubo de carga, mas suspeitos também de fazer parte de uma quadrilha de assalto a bancos. A própria polícia desconhecia o aparelho, que foi levado para uma empresa que monitora cargas, que também não conhecia o equipamento, mas acabou descobrindo que ao ser acionado, emudecia os telefones fixos e celulares.
Ainda não se sabe o raio de ação da máquina, mas a polícia acredita que seria usada para impedir ligações telefônicas em assaltos a banco. Em ações recentes pelo interior, como em Mairi, em 1 de fevereiro, os bandidos tomaram telefones e fizeram de reféns as pessoas que estavam próximas, para impedir que elas chamassem a polícia.
Os dois presos foram Leomar Rodrigues dos Santos Júnior, 23 anos, e Fábio Henrique Telles Quinagli, 30 anos. Eles foram abordados por policiais civis em Mairi (a 225 quilômetros de Salvador), pois despertaram desconfiança por estarem muito tempo parados em um posto de gasolina. Os dois acabaram admitindo que estavam no posto aguardando a chegada de cinco comparsas, que tinham assaltado uma carga de aparelhos de TV que eram transportados do Ceará para São Paulo. “A carga foi avaliada em R$ 300 mil. Mas o assalto fracassou porque os ladrões não conseguiram desbloquear o mecanismo de segurança, que travou o veículo”, conta o delegado João Uzzum.
Os presos informaram que o bando, num total de sete pessoas, se reuniu em Icó, interior do Ceará, e que o líder é Paulo Pereira Amorim, conhecido como Paulão. Eles negaram a intenção de assaltar bancos na Bahia. Mas os policiais da delegacia de Cargas verificaram que Paulão tem quatro prisões preventivas decretadas por assaltos a banco. A polícia cearense também informou que uma quadrilha com armamento pesado foi desarticulada em Icó há poucos dias. O delegado Uzzum desconfia que os presos em Itatim podem ser membros deste grupo. A polícia está em busca dos cinco membros já identificados, que estão foragidos.
Foto:Reginaldo Pereira
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