Será lançada amanhã a Parte II do livro Política e Corrupção na Saúde, do médico Eduardo Leite, que foi diretor do Hospital Clériston Andrade e lançou o primeiro livro poucos meses depois de deixar a direção.
Se a primeira publicação poupava o governo Wagner e até fazia elogios às boas intenções do secretário Jorge Solla, o novo livro promete atacar justamente a gestão atual da saúde no estado, como mostra a entrevista a seguir, feita por email:
Que resultados ou conseqüências tiveram as informações divulgadas em seu primeiro livro?
Eduardo Leite: O primeiro livro ainda está colhendo os frutos. Houve muitos esclarecimentos para o Tribunal de Contas do Estado e Procuradoria Geral do Estado e para o público em geral. Como está no meu artigo postado no blog www.eduardoleite.blogspot.com no primeiro livro consta um plano que deveria ter sido executado para que o hospital não continuasse caótico e prestando um péssimo serviço, cujo resultado final é a morte e humilhação de muitos que por lá solicitam o direito de serem bem atendidos.
Que novidades o leitor pode esperar deste segundo lançamento? O assunto não foi esgotado?
Eduardo Leite: Esse segundo lançamento mostra o lado incompetente e a falta de compromisso em realizar uma assistência pública digna e eficiente por parte do governo Jaques Wagner. O assunto não se esgota, porque a incompetência e a falta de interesse em frear a corrupção continuam.
Quando aceitou dirigir o hospital e mesmo depois de sair, o senhor fez elogios ao governo Wagner e acreditava em suas boas intenções. Agora tem feito críticas ácidas. Por que a mudança?
Saí por que não estava tendo o apoio que deveria ter tido. Para mim, aceitar falta de planejamento e de seriedade com o bem público é ser conivente. Acreditava no governo Wagner e imaginava que a falta de apoio era por intransigência política de alguns “companheiros” da base governista. Elogiei porque até então acreditava que as minhas idéias e projetos para o Hospital Clériston Andrade continuariam. As críticas não são ácidas. São merecedoras da acidez e incompetência ou falta de interesse deste governo que propôs mudanças. Mudanças essas que estão apenas no discurso demagógico e contraproducente.
Acha que há uma alternativa na política estadual?
Acho difícil. Mas, não podemos perder a esperança. Muito menos deixar de sonhar e de lutar por justiça social e contra essa maldita corrupção e ingerência política na parte técnico administrativa dos aparelhos do estado.
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