Por Evandro Matos
A sucessão estadual ainda pode produzir lances interessantes antes de os principais candidatos fecharem as suas chapas. O mais novo é o senador ACM Júnior como vice de Paulo Souto na disputa para o governo baiano.
Vice de Souto
A grande novidade de hoje é o surgimento do nome do senador ACM júnior, pai do deputado federal ACM Neto, como vice na chapa da Paulo Souto para o governo do Estado. Cotado para o Senado, Júnior havia pedido um prazo até o final de abril para se posicionar.
Negócios da família
Especulações dão conta de que o filho do ex-senador Antonio Carlos Magalhães teria sérias dificuldades pessoais para disputar a reeleição. A principal delas seriam os negócios da família, principalmente a Rede Bahia, onde comanda e tem que conviver com uma briga familiar com o empresário Cesar Mata Pires, casado com a sua irmã Tereza Mata Pires.
Nilo para o Senado
Com a definição pelo nome de ACM Júnior para a vice de Souto, o ex-governador e ex-prefeito de Guanambi, Nilo Coelho, que estava praticamente fechado para a vaga, seria deslocado para o Senado, disputando junto com o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo.
Pedido de Serra
Considerados os fatos que vinham se desenrolando nos bastidores, a presença de ACM Júnior na chapa como vice tem toda uma lógica. Primeiro porque o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, vinha insistindo para que o filho do ex-senador ACM saísse para o Senado, tudo para fortalecer a chapa de Souto e, ao mesmo tempo, melhorar também o seu desempenho eleitoral na Bahia.
Guerra na Bahia
O detalhe é que o PSDB tem conhecimento de pesquisas que apontam o democrata baiano com grandes chances de se reeleger. Tanto que, nesta terça-feira, a imprensa divulgou que o presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra, viria à Bahia esta semana para insistir na proposta. Da última vez que esteve na Bahia, Serra também estimulou a candidatura de Júnior.
Possível conciliar
Outra lógica para Júnior ser agora indicado como vice de Paulo Souto é que o deputado federal ACM Neto, filho do senador, não queria que o mesmo fosse candidato ao Senado, alegando a sua importância para tomar conta dos negócios da família. Estando em Brasília, tudo ficaria mais difícil. Como vice de Souto, as duas situações seriam contempladas.
Sem sacrifícios
Além de ter presença na chapa, o diretor geral da Rede Bahia, em caso de vitória, não precisaria se deslocar para Brasília toda semana, o que lhe permitira assumir os negócios da família com mais tranquilidade, uma vez que o cargo de vice-governador não envolve tantos sacrifícios na agenda.
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