De acordo com o secretário de Educação de Feira de Santana, José Raimundo Azevedo, a rede municipal perdeu quatro mil alunos e com isso sofreu uma redução nos recursos, já que as verbas são calculadas de acordo com o número de estudantes.
Por este motivo, a prefeitura não teria sido beneficiada pelo aumento de 18% promovido pelo governo federal nos recursos do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica). A perda de alunos anulou, segundo José Raimundo, o ganho representado pelo reajuste.
A queda é referente ao ano passado, ou seja, os valores do Fundeb pagos em 2010 são calculados de acordo com o número de matrículas em 2009. Foi em 2009 que se registrou a queda no número de alunos, em relação a 2008.
A prefeitura não fez uma investigação detalhada sobre a perda de alunos. Poderia ser um movimento demográfico natural, por exemplo, com menor número de alunos na faixa etárea da rede.
Mas o secretário admite que provavelmente a redução de alunos se deve mesmo a problemas com deficiência do ensino, com ausência ou atrasos de professores. Quem pode, coloca o filho em escola particular. Uma escola do Feira VII, por exemplo, Faustino Dias Lima, perdeu um turno inteiro de alunos.
Aqui mesmo no blog foi enviado um comentário de uma mãe sobre a má qualidade da escola pública municipal. No entanto, ela citou deficiências estruturais, sem mencionar os professores. “No ano passado eu estava desempregada e tive que colocar minha filha na escola do município. Que tragédia! A escola não tinha papel ofício, nem água nem merenda... Graças a Deus que arrumei um emprego e tirei minha filha de lá. Coitados dos professores que ganham mesmo uma miséria! Nem eu ganho esse salário!
Glauco,
ResponderExcluirParece piada Zé Raimundo colocar a culpa nos professores pelo alto índice de perda de alunos na rede, acredito que ao fazer tal afirmativa o mesmo deve está pensando em sua prática pedagógica como professor.
Hoje, Feira de Santana conta com um dos quadros de docentes mais qualificados da Bahia. No entanto, enfrentamos péssimas condições de trabalho nas escolas o que exige muitas vezes que tiremos do bolso para comprar material pedagógico para dar aula.
Por outro lado, presenciamos as práticas descabidas da prefeitura ao investir em coisas como lousa digital, Kit do Ziraldo, jornal A Tarde e condensadores de água, estes últimos, se quer funcionam. Enquanto isso, nas escolas, sofremos com a falta de material básico como papel ofício, livro didático, suporte pedagógico...
Para confirma isso basta você e a sociedade de Feira de Santana visitar algumas escolas do município.
Atenciosamente,
Prof. Vânia.