8.6.10

Em 2011, Festival de Jazz mais longo e didático no Capão





Atrações do segundo dia: Coral do Capão, Banda Garagem, Banda de Boca e Toninho Horta (FOTOS: REGINALDO PEREIRA)

Depois da frenética apresentação de Hermeto Pascoal na noite de sexta-feira, o Festival de Jazz do Capão encerrou-se pouco depois de 1 da manhã do domingo, com a música mais suave e melódica de Toninho Horta, que se apresentou durante duas horas acompanhado pela Orquestra Fantasma (na verdade uma banda de jazz mesmo, composta por baixo, teclado, bateria e flauta, esta a cargo de Lena Horta, irmã de Toninho).

Na segunda noite se apresentaram ainda o Coral do Capão e a banda Garagem, além da Banda de Boca, que cantando no segundo palco preencheu nos dois dias os intervalos entre uma e outra atração, com sua notável habilidade para dispensar a presença física de instrumentos, mas torná-los audíveis por meio da habilidade vocal que simula tanto um triângulo, quando cantam um forró, quanto as cordas de uma orquestra em pizzicato, quando entoam uma adaptação cantada de uma obra para piano de Chopin.

“É mais tranquilo tocar aqui, não tem pressão de horários, entrevistas, produção”, comentou Toninho Horta. O músico passou a semana em estúdio gravando novo disco. Pela primeira vez no Capão, disse ter gostado do que viu. “O pessoal é descontraído e amigável. É um ambiente favorável à boa música”, analisou, depois da oficina Guitarra e Harmonia, onde foi o instrutor.

Mais que uma oportunidade para os visitantes ouvirem música de qualidade, o Festival de Jazz do Capão pretende ser uma fonte de aprendizado para quem estuda o assunto e almeja ser profissional.

“Esse aspecto é tão ou mais importante do que os shows”, esclarece Rowney Scott, diretor artístico do evento. A proposta já conta com o apoio de Toninho Horta. “Seria ótimo oferecer um mini-curso com três dias de duração, trazendo novos conhecimentos para os músicos locais ou iniciantes”, opinou. Ricardo Caian, aluno do terceiro semestre de Música da UFBA, concorda. “Achei essencial. Quem puder não deve perder uma oportunidade como essa”. Dois ônibus cheios de estudantes de música vieram da capital.

As pousadas do Capão ficaram cheias e as barracas não se limitaram aos campings. Quintais de residências na vila também foram aproveitados como acampamento. Está decidido que o próximo Festival, ao invés de pegar carona em um feriadão como o de Corpus Christi, vai ocorrer em um fim de semana comum. Uma ideia em estudo é que seja durante as férias escolares do meio do ano. Outra possibilidade é esticar a programação para três dias. “Temos tempo para planejar e testar”, diz Scott.


Um comentário:

  1. Anônimo8/6/10

    Nunca fui, mas pretendo ir no ano que vem, deve ser um momento único, uma pérola no interior baiano, música de qualidade num ambiente encantador, recomendo a todos... Alex Santos

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