29.6.10

Projeto do “Toque de Acolher” é adiado por cinco sessões

Mais uma vez houve declarações de voto contrárias ao projeto que institui o toque de recolher em Feira de Santana e a discussão da matéria acabou adiada por cinco sessões. a pedido do vereador Antônio Francisco Neto, o Ribeiro. Isto significa que o assunto só volta a plenário após o recesso de julho.
“Diante desse impasse que vivemos, acredito que o adiamento por um período de cinco sessões pode nos dar o tempo necessário para que possamos enxergar uma luz que leve os vereadores a tomar a decisão mais sábia”, justificou.
O vereador Ângelo Almeida disse que não votaria favoravelmente ao projeto alegando, principalmente, que dirigentes de organismos responsáveis pela assistência aos menores de idade já se declararam contrários.
Na mesma linha de raciocínio, o vereador Marialvo Barreto declarou que além das autoridades, os representantes de instituições assistenciais voltadas para as crianças e adolescentes também são contrários ao “Toque de Acolher”, como a proposta é chamada pelo autor, o vereador Luiz Augusto, o Lulinha. Marialvo disse que entende e respeita a intenção do autor do projeto, mas não poderia votar a favor. “Onde estão, de fato, as condições para dar o amparo que os menores necessitam? Elas não existem. O Estatuto da Criança e do Adolescente não é executado aqui”, argumentou.
O vereador Roberto Tourinho recomendou a Lulinha que retire o projeto de pauta.
O vereador Reinaldo Miranda salientou que teme que o projeto seja aprovado e se torne mais uma das diversas leis que não são cumpridas em Feira de Santana. “Estou convicto das boas intenções do colega Luiz Augusto, mas acredito que o Município não teria condição de administrar e executar um projeto dessa natureza”, afirmou.

LULINHA INSISTE E GANHA APOIO

“Não retiro o projeto de pauta pelo simples fato de que a população requer a sua aprovação. É uma medida que conta com o apoio da grande maioria da população feirense. Em Santo Estevão, onde a medida foi implantada inicialmente, a comemoração de um ano foi grandiosa, com um bolo de 75 metros”, comentou o autor Luiz Augusto.
O vereador Ewerton Carneiro argumentou que o projeto é importante não apenas para proteger as crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco, mas também para combater o envolvimento de menores na criminalidade. “Quem vive em condomínio fechado, com seus seguranças e câmeras, não sabe o que se passa em locais como a Rua Nova ou Tomba. Os pais e mães defendem a aprovação do projeto”, disse ele.
O juiz Walter Ribeiro Costa Júnior deveria mostrar o que Judiciário deveria fazer para ajudar, encontrar uma forma de diminuir a violência entre crianças e adolescentes em Feira de Santana, disse o vereador José de Arimateia. “Temos constatado que os jovens têm sido alvo de violência, vítimas das drogas e da bebida alcoólica, principalmente”. Favorável ao projeto, ele informou que em Santo Estevão “a coisa deu certo”. Em Feira, acrescentou, a população está preocupada com o índice crescente da violência. “O projeto pode diminuir esse índice”.
O vereador Roque Pereira disse que seu voto está garantido: será pela aprovação do projeto. “Tenho sido muito cobrado, nos bairros que frequento, sobre esse assunto. Muitos menores estão sendo cooptados pelo tráfico de drogas e usados como ‘mulas’.

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