1.7.09

Gripe suína

Uma coisa é ter limitações na capacidade de prevenção. Outra é não fazer nada. O ministério da Saúde tem limitações, mas está tentando resolver o problema. A secretaria de Saúde de Feira está torcendo para que a gripe não chegue por aqui, mas não adotou providência efetiva para prevenir.

Veja a notícia do UOL em que o ministro da Saúde admite que não consegue fiscalizar todos que chegam ao país por via terrestre (repare que não precisa ter aeroporto para ter prevenção), e ao mesmo tempo enfatiza a necessidade deste monitoramento:

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, admitiu hoje que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não tem efetivo suficiente para fiscalizar todas as pessoas que chegam ao país por vias terrestres. Em entrevista à Rádio CBN, Temporão foi questionado sobre alguns argentinos que teriam chegado ao Rio de Janeiro de ônibus e que afirmaram não terem sido abordados por nenhum agente sanitário brasileiro. "A Anvisa tem limitação de pessoal disponível e é evidente que algumas falhas podem acontecer, mas esse não é o protocolo", disse.

Por esse motivo, o Ministério da Saúde está fechando uma parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para realizar a abordagem em todos os viajantes. De acordo com o ministro, todos os passageiros que passam pela fronteira devem ser abordados pelos agentes federais, que entregam um folheto com informações sobre os sintomas da influenza A (H1N1). Os turistas devem preencher um formulário com informações pessoais que possibilitem sua localização, em caso de necessidade.


Em Feira, o governo demonstrou irritação porque o vereador governista Getúlio Barbosa levantou a questão, mencionando o caso de paciente suspeito que passou pelo hospital Emec. Os pronunciamentos do vereador podem até não ser muito simpáticos ou adequados para um governista. Mas estão corretos, porque desmascaram a despreocupação com a doença e o consequente despreparo para lidar com ela. Nada parecido com a ampla mobilização feita para combater a dengue.

Quem duvida de que a nossa assistência hospitalar, incluindo município, estado, filantrópica e privada não comporta uma epidemia?

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