Além das investidas em todas as direções na Bahia, Jaques Wagner encontrou no Rio de Janeiro um forte apoio em sua batalha contra Geddel Vieira Lima e mostra que não está para brincadeira.
Se Geddel não desistir de concorrer aqui, quem vai pagar o pato é outro peemedebista: o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Veja porque, na reportagem abaixo, publicada pelo jornal O Dia, da capital fluminense:
Lindberg declara guerra ao PMDB
Petista diz que não retira candidatura ao governo do Rio se peemedebista mantiver a sua na Bahia
Rio - O prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), reclamou ontem do esforço do PMDB para fazê-lo desistir da candidatura ao governo do estado. Ao comentar um suposto acordo entre ele e o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), que condicionaria a sua desistência ao governo do Estado à saída do peemedebista Geddel Vieira Lima da disputa do governo baiano, Lindberg disparou: “O PMDB quer que o PT fique de joelhos”.
A suposta articulação entre os petistas foi divulgada na coluna ‘Radar’, da revista Veja desta semana. Segundo o prefeito de Nova Iguaçu, não houve um acordo direto com Jaques Wagner. Ele afirma, porém, que está disposto a inviabilizar qualquer negociação que o impeça de sair candidato ao governo do Rio caso Geddel realmente dispute o governo baiano.
“O que existe é que, apesar do esforço do PT, inclusive com todo o desgaste para preservar o PMDB no Senado, eles mostram que são insaciáveis. Lançam Geddel e querem minha retirada no Rio. De fato, o lançamento do Geddel é uma provocação. O que eu disse é que se a candidatura Geddel sair, não aceito nem conversar sobre a possibilidade de não ser candidato”, ressaltou o prefeito, por e-mail.
Lindberg disse ainda que se não tiver o apoio do PT para se candidatar ao governo, permanecerá na prefeitura de Nova Iguaçu. Porém, garantiu que a candidatura própria tem apoio de 60% do partido.
“O que acho é que o governo federal está cedendo demais. O PT pagou um preço muito alto nessa crise do Senado, desmoralizando importantes lideranças. E o PMDB não se cansa. Lança Geddel, quer minha saída. Quer tudo. Vamos resistir”.
Ontem, O DIA revelou bastidores da eleição de Nova Iguaçu. Uma das hipóteses, sustentada até por aliados de Lindberg, é que uma aliança entre o PT e o PDT estabeleceria a saída do petista no fim do prazo para a descompatibilização para as eleições do ano que vem, dando lugar para Sheila Gama, sua vice. Ele nega o acordo.
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