25.8.09

Prefeito no Rio diz que só apóia reeleição do PMDB se Geddel não for candidato na Bahia

Além das investidas em todas as direções na Bahia, Jaques Wagner encontrou no Rio de Janeiro um forte apoio em sua batalha contra Geddel Vieira Lima e mostra que não está para brincadeira.

Se Geddel não desistir de concorrer aqui, quem vai pagar o pato é outro peemedebista: o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Veja porque, na reportagem abaixo, publicada pelo jornal O Dia, da capital fluminense:

Lindberg declara guerra ao PMDB

Petista diz que não retira candidatura ao governo do Rio se peemedebista mantiver a sua na Bahia

Rio - O prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), reclamou ontem do esforço do PMDB para fazê-lo desistir da candidatura ao governo do estado. Ao comentar um suposto acordo entre ele e o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), que condicionaria a sua desistência ao governo do Estado à saída do peemedebista Geddel Vieira Lima da disputa do governo baiano, Lindberg disparou: “O PMDB quer que o PT fique de joelhos”.

A suposta articulação entre os petistas foi divulgada na coluna ‘Radar’, da revista Veja desta semana. Segundo o prefeito de Nova Iguaçu, não houve um acordo direto com Jaques Wagner. Ele afirma, porém, que está disposto a inviabilizar qualquer negociação que o impeça de sair candidato ao governo do Rio caso Geddel realmente dispute o governo baiano.

“O que existe é que, apesar do esforço do PT, inclusive com todo o desgaste para preservar o PMDB no Senado, eles mostram que são insaciáveis. Lançam Geddel e querem minha retirada no Rio. De fato, o lançamento do Geddel é uma provocação. O que eu disse é que se a candidatura Geddel sair, não aceito nem conversar sobre a possibilidade de não ser candidato”, ressaltou o prefeito, por e-mail.

Lindberg disse ainda que se não tiver o apoio do PT para se candidatar ao governo, permanecerá na prefeitura de Nova Iguaçu. Porém, garantiu que a candidatura própria tem apoio de 60% do partido.

“O que acho é que o governo federal está cedendo demais. O PT pagou um preço muito alto nessa crise do Senado, desmoralizando importantes lideranças. E o PMDB não se cansa. Lança Geddel, quer minha saída. Quer tudo. Vamos resistir”.

Ontem, O DIA revelou bastidores da eleição de Nova Iguaçu. Uma das hipóteses, sustentada até por aliados de Lindberg, é que uma aliança entre o PT e o PDT estabeleceria a saída do petista no fim do prazo para a descompatibilização para as eleições do ano que vem, dando lugar para Sheila Gama, sua vice. Ele nega o acordo.

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