Nem AMA, nem Gelateria, nem Bárbara. Depois da confusão protagonizada há meses pelas três empresas que se enfrentam para ter o direito de fornecer alimentação para a secretaria de Saúde de Feira de Santana, o prefeito Tarcízio Pimenta decidiu que a licitação não homologada não irá mais acontecer (já foi a quarta tentativa de fazer essa licitação). Os funcionários que precisam comer no trabalho terão direito a um tíquete para comprar a refeição onde acharem melhor.
A AMA é acusada de fornecer comida em quantidade inferior e com má qualidade. A denúncia foi trazida pelo vereador Roberto Tourinho, acompanhada de alguns ofícios em que os servidores da Prefeitura se queixam da atual fornecedora, que tem um contrato provisório enquanto a licitação não era sacramentada.
A própria dona do contrato provisório ganhou a concorrência, mas diante da denúncia, o resultado não valeu, porque a prefeitura cancelou. A confusão gerada levou o prefeito a dar uma conferida de lupa na situação. Uma das conclusões que tirou é que há uma quantidade excessiva de refeições (café, lanche, almoço, lanche, janta e uma ceia no meio da noite). Por isso, ele acredita que além de mais prática será mais econômica a solução do tíquete, que vai requerer nova licitação entre empresas do setor.
Estive na sede da AMA hoje à tarde. O contrato com a prefeitura é o maior que a empresa tem atualmente, mas ela fornece alimentação para outros clientes (pessoas jurídicas) e até para outras prefeituras. A proprietária Anailta Almeida Silva atribui as denúncias à concorrente Bárbara Maria Alves Bastos “que não aceita perder”.
Duvida que a causa de alguns servidores terem passado mal tenha sido sua comida. “250 pessoas receberam a mesma refeição. Se estivesse estragada mais gente passaria mal”, argumenta. Ela considera que para ser culpada teria que ter sido feito um laudo de laboratório para provar contaminação da alimentação.
Quanto ao peso inferior, ela acredita que a quentinha exibida por Tourinho como prova pode ter sido esvaziada antes de ser pesada diante da imprensa.
Finalmente, Anailta afirmou que ainda não sabia como iria proceder diante da suspensão da homologação, mas que com certeza iria lutar pelo direito de participar de uma nova licitação.
Uma determinação inócua, diante da decisão adotada pelo prefeito. Ela continuará enquanto vigorar o contrato e se não for provada irregularidade no peso, que poderia provocar uma rescisão. Porém as empresas fornecedoras de tíquetes são de outro ramo e de outro porte. Tem até multinacional pelo meio.
26.8.09
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