A polícia civil de Feira de Santana prendeu na tarde de ontem Ovídio Gomes de Oliveira, 48 anos, que vendia álcool comum como se fosse combustível para automóveis. A venda ocorria em uma praça próximo da catedral Matriz, no centro da cidade.
Ao ser preso, ele apresentou na polícia notas fiscais da compra de álcool industrial, por R$ 1,20 o litro. A mesma quantidade era vendida em garrafas pet de refrigerante, pelo preço de R$ 1,60 por litro. A venda clandestina foi flagrada pela TV Subaé, que apresentou as gravações à polícia.
Ovídio foi levado para o Complexo Policial, onde confessou o esquema. Na praça, foram apreendidos 1.200 litros, que ficavam guardados em um reboque do carro do infrator. A polícia fez uma busca na casa, no bairro Conceição II, onde foram achados mais 1.275 litros.
O delegado de crimes contra o patrimônio, Marcelo Novo, autuou Ovídio por crime contra a ordem econômica, pela venda de combustível adulterado. Ele ficou preso no Complexo Policial.
Em entrevista ao radialista Aldo Matos, Ovídio falou como se não estivesse fazendo nada de errado e atribuiu sua prisão a denúncias motivadas por algo como inveja ou ganância de donos de postos, insatisfeitos com seu negócio, que considerou como apenas um meio lícito de sustentar a família.
As pessoas estão perdendo a noção da legalidade das coisas e atribuem todos os atos ilegais a necessidade de trabalhar e sustentar a família. Mas isso se dá porque, na maioria das vezes, as pessoas fazem o que querem, quebrando normais e leis, sem punição. Outros exemplos: barracas construídas nos passeios públicos, carros estacionados nas calçadas, venda de vagas nas filas. A desculpa é sempre a mesma...
ResponderExcluir