31.10.09

Professora e servidores da UEFS sofrem seqüestro relâmpago

 

Quatro ladrões usaram um carro para bloquear uma rua no bairro Novo Horizonte e levaram uma van que conduzia 12 prestadores de serviço da Universidade Estadual de Feira de Santana, por volta das 22 horas de quinta-feira, depois que eles concluíram o trabalho em uma formatura e estavam sendo deixados em casa.

O grupo teve os celulares, dinheiro e objetos de valor roubados. Eles foram levados até o município de Santanópolis, a 25 quilômetros de distância, onde o bando deixou o pessoal a pé e fugiu com a van. Outro veículo da instituição foi enviado para buscar os funcionários, que prestaram queixa na 2ª delegacia de Feira de Santana.

PROFESSORA SEQUESTRADA

No mesmo dia, de manhã, uma professora da UEFS tinha sido sequestrada, também na altura do bairro Novo Horizonte, que é vizinho da universidade. Ela estava saindo da pista da BR 116, para entrar em uma oficina, antes de chegar no trabalho. Quando a velocidade estava reduzida, um homem na beira da estrada apontou um revólver e imediatamente outro comparsa entrou no carro, assumindo o lugar da motorista, empurrada para o banco do carona.

Os ladrões abasteceram o carro, pagando com o cartão da professora e quando chegaram em Capim Grosso, a 160 quilômetros de distância, foram sacar o dinheiro da conta da servidora em um caixa eletrônico do Banco do Brasil.

Mas o alarme do carro soou, a professora esboçou uma reação, os ladrões se assustaram e resolveram fugir. Foram perseguidos por populares, um dos dois atirou para cima e acabou chamando ainda mais atenção.

A polícia conseguiu dominar Augne Cauê Mesquita dos Santos, 19 anos, ainda no centro da cidade. Emerson Patrese da Silva Borges, 20 anos, foi capturado horas depois na zona rural, por volta de 15:00. Augne confessou que quando menor tinha passado por instituições destinadas a menores infratores. Já Emerson tinha uma prisão preventiva decretada por roubo de uma caminhonete em Juazeiro, cidade natal dos dois presos.

A professora pediu à polícia para não ser identificada.

REITOR E ADUFS

“A polícia nos informou que há grupos agindo nas imediações, que atacam carros que fazem transporte de passageiros na BR 116”, revela o reitor José Carlos Barreto. Mas para ele os episódios não configuram um aumento dos riscos na segurança da instituição ou de seus professores e funcionários.

Internamente, a universidade adotou a providência de construir uma guarita nos fundos, após o módulo VII, já que vinham sendo constantes as invasões e roubos nestas áreas mais isoladas do campus. A construção iniciada no ano passado foi concluída em 2009 e o reitor avalia que o resultado foi satisfatório.

O coordenador da Associação de Docentes, a Adufs, Gean Santana, considera que “a violência não é privilégio nosso na universidade, porque ela permeia as cidades grandes que têm muita exclusão social”. Ele pondera que nas comunidades pobres os jovens negros assassinados também são vítimas.

 

 

Posted via email from Glauco Wanderley

Um comentário:

  1. Anônimo26/2/10

    Conheço Emersom desde de quando nasceu sei que ele é um rapaz bom e esta só desviado e sei que com tudo isso ele acertará seu caminho o mesmo que trilhava quando adolescente.

    ResponderExcluir

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