15.10.09

Prevenção à Violência é polícia sim

Começa a clarear um pouco o rumo da secretaria de Prevenção à Violência, à qual o prefeito Tarcízio Pimenta se referiu como “jóia do governo” pela manhã, ao anunciar o nome do inspetor Mizael Freitas de Santana como titular da pasta.

Ganhou mais dois carros. A “frota”, como chamou a divulgação oficial, passou de um para três carros. E prepara-se para incluir motos, cavalos e cães farejadores.

O meu medo é justamente dos cães farejadores em sentido figurado, ou seja, que a polícia dos prefeitos se torne uma polícia política. Mas o governo diz que está escudado nas diretrizes do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), que exige a tal Polícia Comunitária, que o prefeito criou por decreto, após a aprovação do vago projeto de criação da secretaria em si, votado a jato na Câmara.

Por outro lado, evidentemente temos um déficit de policiamento. A Guarda Municipal, cuja presença não se percebe no dia a dia da cidade, deve passar a suprir parte desta demanda. Pois andará armada também, informa o secretário Mizael, após receber o devido treinamento. “É assim nas grandes cidades, como o Rio de Janeiro e São Paulo”, alega. Ele acredita também que é necessário um aumento do contingente, embora ainda não saiba qual o quadro ideal (hoje são 204 guardas).

Porém Tarcízio dizia que a secretaria não era polícia. É. Vamos esperar agora que o restante, as tais ações sociais, aconteçam, para que a secretaria vá além do aparelho repressor, que tem se mostrado quase inócuo. 

Foi uma semana apropriada para apresentar medidas contra o crime: um ataque ao SAMU, seis mortos em 12 horas, quatro em uma chacina outro morto a pauladas e uma rebelião de menores, com um dos internos do Melo Matos morto.

Um quadro tétrico que deixa evidente a necessidade de resposta. Podemos sonhar com uma redução das mortes em 2010? Temos que sonhar.

Posted via email from Glauco Wanderley

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