@deputadozeneto se diz aliviado por se livrar de César Borges

O deputado Zé Neto não conseguiu se conter e extravasou via Twitter o alívio por não ter que fazer campanha com e para o senador César Borges, que afinal anunciou que vai mesmo é com Geddel, que desdenhou e comprou¹.

Ao fazer suas considerações, sobre o ex-futuro aliado o deputado petista acaba por dar razão a quem critica a incoerência de um partido (o PT) que se dizia reformista e agora busca cada vez mais aliados entre aqueles que desprezava e criticava impiedosamente.

Eis os comentários de Neto, em itálico:

Quanto ao fato de César Borges ir para o PMDB... Ufaaa!!! Já vai tarde!

O tempo que íamos ganhar na televisão íamos perder 100 vezes mais na base para nos explicar...

A companheira Dilma nos perdoe, pois seria melhor um partido aliado ficar em nossa base na Bahia. Mas... dos males o menor!

Hj estamos mais leves e agora fica claro que Borges era muito mais um projeto de poder de "quem dá mais" do que um projeto de melhoria para o povo baiano.

Que Deus o acompanhe e muito mais o ampare! Tá ficando bom!!!

O acesso de sinceridade de Neto poderia ser até bem vindo, se não fosse por alguns detalhes.

1) Menospreza o senador, esquecendo que foi um parceiro explicitamente assediado pelo líder maior do seu partido, o governador Wagner;

2) Finge ignorar que foi César quem desistiu do acordo e não o governador e o PT;

3) A dificuldade de explicar César Borges para as bases é a mesma de explicar Otto Alencar, que já anda alegremente pra cima e pra baixo de braços dados com Wagner. Este aliás, foi alvo direto de Neto, quando da hoje esquecida CPI da Ebal, cujo Conselho o ex-governador presidia.

¹ Em entrevista ao Correio, dia 21 de março, Geddel respondeu assim à pergunta sobre se havia conversas para atrair Borges para a chapa do PMDB: Eu sempre converso com o senador César Borges. Ele é meu colega congressista. Mas nossa avaliação é que ele está próximo de uma aliança com o Partido dos Trabalhadores. É esta a sensação que nos passa e eu não vou participar deste processo de especulação, de levantar a bola para alguém cortar.