Estive na Expofeira fazendo matéria sexta-feira para o jornal A Tarde e no domingo como visitante. A exposição teve um sucesso estrondoso e até alguns problemas provocados pelo sucesso, aparentemente maior que o esperado. Nem falo da parte dos shows, porque show de graça sempre enche, mesmo com as atrações repetidas dos eventos promovidos pela prefeitura.
Durante o dia, entretanto, a Expofeira 2009 deu um banho nas anteriores. Muito público e bons negócios, ao que parece também acima das expectativas, que eram de vendas em torno de R$ 8 milhões nos leilões.
A entrega de parte da organização na mão dos produtores revigorou a Exposição Agropecuária de Feira de Santana. Mesmo na nesta sexta-feira os expositores já comemoravam os resultados, embora o grosso das negociações ainda estivessem por acontecer.
A parceria da prefeitura foi firmada com três associações, de criadores de cavalos mangalarga marchador e de gado guzerá e nelore. “Com a participação direta dos produtores, a gente tem mais motivação, porque somos consultados e as nossas sugestões são ouvidas”, elogiou o produtor José Raimundo da Silva.
Uma amostra de que os produtores aderiram ao evento com mais entusiasmo do que vinha ocorrendo nos anos anteriores é a lotação completa dos espaços da exposição. Um dos organizadores, Miguel Pinto, diretor da Associação Brasileira de Criadores de Nelore, calcula que 1.200 animais tinham sido trazidos inicialmente para o Parque de Exposições, entre caprinos, ovinos, equinos e bovinos. Com as vendas que iam ocorrendo, outros foram trazidos. Nem leilão de Nelore, uma das raças mais disseminadas no país a Expofeira vinha tendo, mas este ano ocorreu.
Na sexta, o vendedor Sebastião Pereira comemorava a venda de dois tratores. Desde 2003 ele participa do evento e esta foi a primeira vez em que fechou negócios durante a própria exposição. “O público está vindo para fazer negócio, não são apenas aquelas pessoas que vêm para olhar”, justifica.
“Este modelo de fazer a exposição com os próprios produtores é o que vem sendo feito na maior parte das cidades onde as feiras acontecem. Faltava fazer aqui. Pelos resultados acreditamos que nos próximos anos tende a crescer”, avalia Miguel Pinto.
O próprio prefeito Tarcízio Pimenta admitiu que os resultados foram melhores do que o esperado, já que a princípio houve dúvidas até por parte dos produtores se o novo modelo de organização funcionaria. Ele se mostrava empolgado com a presença de criadores de vários estados da federação e até representantes do exterior que estiveram durante a semana na cidade.
PROBLEMAS
Até sobre a área de shows nova, fora da parte de exposição dos animais, já houve avaliações de que já ficou pequena. Outros pontos estão claramente subdimensionados para a quantidade de pessoas. Evito entrar nos sanitários, mas parecem pouquíssimos. Cedo no domingo, entrada e saída do Parque pela mesma porta já era uma missão difícil.
Abaixo há uma série de fotos no slideshow, feitas pelo fotógrafo Elydio Azevedo (apenas as três primeiras e a penúltima foram feitas por mim). Todo o intenso movimento que se vê nas imagens foi registrado entre 15:30 e 16:30, quando muita gente ainda estava chegando. Imagino o sufoco que não foi depois. Mesmo passada a dificuldade inicial com o trânsito, o estacionamento e o portão de entrada, internamente já há espaços difíceis de trafegar. Principalmente na delicada área do parquinho infantil. A fila com criancinhas e seus responsáveis toma um corredor e traz desconforto para todos.
Enfim, é um tipo de problema “bom”, porque trazido pelo sucesso, mas que deve ser resolvido no ano que vem.
A prefeitura exibiu um projeto ambicioso para o parque, que ganharia novos e modernos pavilhões. A idéia é que o Parque de Exposições funcione durante o ano todo, abrigando diversos tipos de evento, envolvendo também comércio e indústria, além da agropecuária.
(se você clicar sobre uma foto é direcionado para outra página onde pode ver fotos e legendas em tamanho maior)
Nenhum comentário:
Postar um comentário