18.2.10

Folia é dinheiro no bolso

Quem vive em Palmeiras tenta trabalhar e fazer festa ao mesmo tempo na época de carnaval. Ninguém quer perder a diversão, mas não se pode desperdiçar o momento mais propício do ano para fazer negócios.

Os hotéis são poucos. Mas as residências fazem concorrência direta a eles. “As casas são alugadas por valores entre R$ 300 e R$ 800 para os dias de festa, dependendo da casa”, explica Selma Pessoa, dona de hotel. “Essa é a época de ganhar dinheiro”, justifica.

Até quase 22 horas, quem passasse na porta da cabeleireira Simony Nascimento ainda a veria fazendo penteados. “A clientela aumenta pelo menos 65% em relação a um dia normal”, conta. Para dar conta, ao invés de fechar logo no início da noite, o jeito é esticar o expediente em pelo menos mais três horas. “Depois a gente brinca”, avisa Simony.

A esta altura muitos grupos recém-chegados ainda carregavam suas bagagens em meio à folia. Os jovens são maioria no carnaval e entre eles uma enorme quantidade de meninos e meninas pré-adolescentes. Não vieram sozinhos para a cidade, naturalmente. É que muitas famílias elegem Palmeiras como destino.

O tempo todo a meninada é vista na rua desacompanhada, porque é difícil para os pais controlarem e manterem sob vigilância garotos no auge da euforia.

Para dar conta desta tarefa, há um plantão permanente de conselheiros tutelares, como Kácia Andrade. “A maior preocupação são as confusões e o excesso de álcool”, entrega.

CHUVA

Na noite de sábado, alguns daqueles penteados feitos pela cabeleireira Simony foram por água abaixo. Choveu forte durante meia hora. Forte o bastante para mostrar que não tem ninguém mais animado que os foliões que pulam nos blocos tradicionais, ao som de bandinhas de sopro e percussão. Encharcados, eles iam e vinham na passarela do carnaval, mais alegres ainda do que antes da tempestade.

Quando a chuva passou, o espaço foi retomado pela multidão que não parou de aumentar. Shows na praça Souto Soares esquentaram o público para a atração principal da noite, a banda Motumbá, que tocou até o dia amanhecer.

 

Posted via email from Glauco Wanderley

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