18.2.10

Palmeiras teu cenário é uma beleza

FOTO: REGINALDO PEREIRA

A população de Palmeiras dobra durante o Carnaval, segundo a estimativa da prefeitura. O número de visitantes é calculado em pouco mais de sete mil pessoas, que se juntam aos 8.437 habitantes permanentes da cidade, de acordo com a estimativa de 2009 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A fama do carnaval palmeirense atrai gente de todo o estado, mas principalmente das cidades vizinhas na Chapada Diamatina, como Seabra, Jacobina e Itaberaba. Foi desta última que veio Breno Souza, 16 anos. Apesar de ter uma tia morando em Palmeiras e conhecer bem a cidade, veio para o carnaval pela primeira vez, porém cheio de segundas intenções. “Para quem está solteiro como eu é o lugar ideal. Me disseram que vem muita mulher”, confessa.

Como entre os visitantes predomina o público jovem, são muitos os pedidos para trazer pelo menos um artista ou banda famosa. Este ano, o evento tem como principal atração a banda Motumbá, que se apresenta no sábado, a partir da meia noite.

Mas a Bahiatursa – órgão estadual de promoção do turismo, que apóia o evento – e a prefeitura, querem investir também no resgate de tradições que estavam quase se perdendo. Por isso hoje, na abertura oficial, está prevista a apresentação de diversos blocos que evocam a memória dos carnavais do passado. A intenção se expressa no tema oficial: As riquezas de nossa cultura popular.

O pessoal do bloco Capa preta, por exemplo, representa os escravos, enquanto as Holandesas simbolizam a elite, que não se misturava nem na época da folia. A eles se juntam em um desfile único na noite de abertura As Casadas, a Mulinha de Ouro, a Quilombagem (uma dança de escravos também) e até o terno de reis, de um grupo do distrito Campo de São João, no mesmo município. Todos ao som da Filarmônica Santa Cecília, encarregada da animação musical até 22 horas, quando assume a banda Energia.

De sábado até terça-feira, a festa começa sempre no final da tarde, com blocos e mini-trio (as ruas estreitas e as construções históricas não permitem o uso dos gigantescos e potentes trios típicos do carnaval de Salvador).

No começo da noite, o som acontece nas ruas e no palco armado em frente à prefeitura, na praça Dr. José Gonçalves. Quando a noite avança e a festa esquenta, um arrastão musical conduz a multidão até o palco maior, na praça Souto Soares, em frente ao mercado municipal, onde a música rola madrugada adentro. Entre os dois palcos, o “espaço alternativo”, conduzido cada noite por um DJ, já que atualmente uma parte da juventude exige música eletrônica.

Posted via email from Glauco Wanderley

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