Em Salvador, ele já não veste a fantasia nem de folião, preferindo ficar nos camarotes quando vai ao circuito. Já na Chapada, caiu para dentro da brincadeira. “Aqui a gente se sente como se estivesse em família. Todo mundo veio somente para brincar”. Marta apoia. “Aqui é tranqüilo. Eu gostei. É como o carnaval que acontece no Pelourinho”, compara.
Mas nesta época Rio de Contas é invadida sobretudo por jovens, principalmente das cidades vizinhas. Para conciliar os públicos com gostos divergentes, são montados dois palcos, ambos na praça da Matriz, com apresentações ao mesmo tempo. Um com grupos que se dedicam a tocar as imortais marchinhas e outras canções que marcaram época. Outro oferecendo os ritmos e sucessos do momento. “No ano passado o palco mais tradicional ia somente até meia noite. Este ano, por exigência do próprio público, vai até três da manhã”, explica o diretor de turismo, Gilcarlos Dantas.
No palco “do axé” o show vai até mais tarde, praticamente até o dia clarear. O que significa dizer que em Rio de Contas são quase 24 horas de som, porque nos dias de folia cada carro, casa ou barraca para venda de bebidas e lanches pode se transformar em uma rádio particular. É música alta para todos os lados, vinda até de um “reboque elétrico”, com mais de 20 caixas de som. Tem também um mini-trio. Mini mesmo: uma carreta do tamanho de um brinquedo, mas cheia de alto-falantes, com potência para ser ouvida longe.
É um carnaval na porta de cada casa, que os moradores abandonam por alguns dias, lucrando com o aluguel dos imóveis, que pode render até R$ 1.500,00 o período.
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