19.10.09

O drama do transporte coletivo

Passagem de ônibus aumentou em Eunápolis de R$ 1,50 para R$ 1,80, informa hoje o jornal A Tarde. A cidade tem 100 mil habitantes. Na comparação feita na matéria, informa-se que o novo preço é igual ao de Juazeiro, com 250 mil habitantes. Uma senhora diz que espera até 3 horas por um ônibus e quando passa, passa lotado.

Recentemente outra reportagem informou que Santo Antônio de Jesus não dispõe mais de empresa de transporte coletivo. A única que havia não suportou a concorrência dos clandestinos e fechou as portas.

Em Feira de Santana o serviço de ônibus também é ruim e merece as incontáveis queixas que recebe da população. Porém sem dúvida seria pior sem ele. No entanto, abundam as iniciativas pró-gratuidade ou de incentivo à concorrência.

O atual governo diz estar decidido a combater a clandestinidade e vem apreendendo carros particulares que fazem o transporte de passageiros. Em relação aos mototaxistas, porém, aumentou de 300 para 500 as vagas disponíveis, colocando em prática projeto aprovado na administração de José Ronaldo.

Mesmo assim os mototaxistas que já possuíam vagas e perderam na nova licitação, recorrem à justiça querendo paralisar o processo e exigindo o que entendem ser um direito adquirido de continuar prestando o serviço.

Melhor seria se jamais tivesse ocorrido a necessidade de usar motos para transporte de passageiros. Nem mesmo vans. Porém, isso somente seria possível se o transporte coletivo através dos ônibus prestasse. O serviço sempre foi abaixo da crítica.

O SIT no governo José Ronaldo foi uma tentativa de melhorar, mas ainda pouco expressiva se pensarmos no que seria um transporte de qualidade. O atual governo também vem se esforçando, mas igualmente o resultado ainda é tímido.

Mas se em Eunápolis e Santo Antônio de Jesus, com populações muito menores o transporte já é um drama, Feira com seus 600 mil habitantes não pode mais ficar ao sabor de improviso e amadorismo no trato da questão. No momento em que começa a assumir ares de metrópole, a má qualidade deste serviço faz com que a cidade perca pontos até mesmo na hora da avaliação de grandes indústrias que procuram um lugar para se instalar.

Transporte coletivo é qualidade de vida e é um dos pontos em que Feira mais precisa avançar.

Posted via email from Glauco Wanderley

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Espalhe

Bookmark and Share