Uma micro-câmera escondida na parede, em uma tomada de telefone, gravava vídeo e áudio das reuniões dos vereadores em Irará. Segundo o advogado Jarbas de Souza, que assessora a presidência da Câmara Municipal, as filmagens flagraram também funcionários em roupas íntimas, enquanto experimentavam fardas adquiridas na gestão anterior.
A descoberta, feita nesta sexta-feira, acirrou ainda mais os ânimos no já tumultuado Legislativo local. O equipamento teria sido colocado pelo ex-presidente Carlos César Martins Barreto, destituído do cargo pela unanimidade dos vereadores na última terça-feira. O equipamento de espionagem foi encontrado por um técnico, convocado pela nova direção do Legislativo – presidido agora pelo vereador Genival Pinho – para transferir de lugar um aparelho telefônico.
Desde agosto os vereadores investigavam o presidente, por conta de gastos excessivos de combustível e outras irregularidades. Após a destituição de Carlos César, os vereadores prosseguem na apuração e pretendem votar a perda do mandato do vereador na próxima semana.
Politicamente, não haverá alteração. O prefeito tem maioria na Câmara – composta por nove vereadores – e é apoiado tanto pelo atual quanto pelo ex-presidente, que não foi encontrado para falar sobre o assunto.
O Senhor Carlos Cesar Martins Barreto já teve o seu mandato cassado por 7X0 na sessão extraordinária de 05 de janeiro, assumindo o suplente José Elesbão Pinto Neto.
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