fotos: Reginaldo Pereira
Inaugurados festivamente em 26 de outubro, com a presença de prefeitos, futuros moradores e o vice-presidente da Caixa, Jorge Hereda, os condomínios do Minha casa Minha Vida em Feira de Santana, primeiros da Bahia dentro do programa, ainda têm poucos moradores.
A simpática entrada do Parque das Araras
Um mês e meio depois, a maior parte das casas não foi entregue. Os dois condomínios, no Parque Ipê, são para famílias com renda entre 3 e 10 salários mínimos. No maior deles, Viva Mais, construído pela R.Carvalho, apenas duas famílias estão morando, de acordo com o porteiro. A rua está interditada pelo material manipulado pelos operários ao lado do portão de entrada. No outro, Parque das Araras (construtora L. Marquezzo), somente 16 das quase 50 casas da primeira etapa estão ocupadas. “Por causa do programa, houve precipitação para entregar. Estamos dividindo a taxa de condomínio por poucos moradores e convivendo com obras dentro da nossa área”, protesta o síndico Josenildo Cerqueira.
Operários ainda fazem e consertam o acabamento
Em média uma dúzia de operários da construtora trabalha fazendo acabamento. Podem-se ver fios elétricos expostos. Há queixas contra aspectos estruturais. Para quem já está ampliando a casa e precisa transportar material de construção, a largura do portão de entrada é um transtorno. “Como não passa um caminhão, a carga teve que ficar na porta e eu paguei mais R$ 60 para uma pessoa colocar para dentro areia, brita e blocos com um carrinho de mão”, reclama o comerciante Etiel Ribeiro.
Muitos já fazem reformas para ampliar as casas
“Aqui são usadas fossas. Como é que vamos esvaziar se o caminhão limpa-fossa não passa pelo portão?”, indaga o também comerciante Edelvito Araújo Neto.
O portão daria passagem ao caminhão, se a barra central não fosse fixa
Contrastando com os queixosos, a policial militar Andrea Souza diz que realizou um sonho ao se mudar para a casa própria, depois de seis moradias nos últimos cinco anos. “Amo essa casa. É como se tivesse ganhado na loteria”, define. Morando com o marido e o filho de seis anos, paga prestação de R$ 345, menos do que o aluguel anterior, de R$ 360,00. E comemora a valorização do imóvel. “Compramos por R$ 54 mil e agora é avaliada entre R$ 80 e R$ 90 mil”, estima.
Andrea e o filho, alegres com a casa, enfim definitiva
O casal Marla e Eliseu Cunha (foto abaixo) também se mostra feliz com a casa e a valorização obtida depois da compra. Ele informa que paga entre R$ 300 e R$ 400 de prestação, um valor que se encaixa sem muita dificuldade no orçamento. Tanto que já começaram a fazer muro e planejar a ampliação do imóvel.
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