14.12.09

Prefeitura pode perder pelo menos R$ 300 mil no Subaé Brasil

 

O município de Feira de Santana sabe que tem pelo menos R$ 300 mil em créditos no Subaé Brasil, cooperativa liquidada pelo Banco Central. A procuradoria já recebeu a incumbência de tentar recuperar o recurso, de acordo com o secretário da Fazenda, Walter Gonçalves.

O problema é que o último presidente da instituição, Rubem Cerqueira, já admitiu em entrevistas que acha difícil que os credores consigam receber, pois não há dinheiro.

“O valor é muito grande diante dos nossos critérios de zelo com a coisa pública”, estimou o secretário. Na verdade o prejuízo pode ser ainda maior, já que o governo não conseguiu mais obter extratos atualizados desde que a instituição fechou as portas para o público, meses antes da liquidação extrajudicial.

As informações foram transmitidas pelo secretário da fazenda em entrevista ao repórter Ney Silva. O secretário explicou que a cooperativa fazia arrecadação de impostos. O contribuinte podia pagar em suas agências taxas e impostos municipais. É o que ocorre nos bancos e até casas lotéricas.

O credenciamento da cooperativa, feito no governo anterior, foi defendido pelo secretário. “O objetivo era preservar empregos, incentivar cooperativa, que era instituída em lei, com previsão legal, tudo dentro das normas”, justificou.

Em sua página na internet, que continua no ar, o Subaé Brasil declara sua gratidão ao ex-prefeito José Ronaldo. “Foi aí que, com apoio da Prefeitura Municipal de Feira, através do Prefeito Jose Ronaldo de Carvalho, foi aberta a primeira filial da SubaeBrasil no centro comercial mais importante de Feira o Centro de Abastecimento. O que ocorreu em 22 de outubro 2001”, diz a certa altura o site.

Walter Gonçalves lembrou que em 2 de setembro, diante dos boatos da insolvência do Subaé Brasil, o governo publicou o decreto 7.818, listando os bancos credenciados. A lista não continha o nome do Subaé Brasil, que foi comunicado oficialmente pelo governo sobre o descredenciamento. Segundo o secretário, o decreto não mencionou explicitamente a exclusão do Subaé Brasil para não agravar ainda mais as dificuldades enfrentadas pela instituição. “Se colocássemos nota diretamente ligada ao Subaé Brasil isso poderia provocar pânico maior. Nenhuma instituição financeira agüenta onda de boatos”, considerou.

Posted via email from Glauco Wanderley

Um comentário:

  1. Anônimo15/12/09

    É obrigação do gestor publico apoiar o investimento em sua cidade e não rejeitar,O fato de ter apoiado não quer dizer que é responsavel pela quebra do banco, o fiscalizador de bancos é o banco central e é quem autoriza o funcionamento, e não deveria autorizar o funcionamento sem o fundo garantidor, pois em caso de quebra os correntistas não perdem.Ronaldo não tem nada a ver com isso. A imprensa tem que deixar essa mania de infernizar as relações, afinal a função não é essa e sim criticar procuarando melhorias, sem partidarismo.

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