Muito antes da confusão nas arquibancadas entre a Bamor e a Falange Tricolor domingo no Jóia da Princesa, a Polícia Militar ficou sabendo do risco de conflito entre as torcidas, ao tomar conhecimento através da internet, que os torcedores levariam para o estádio instrumentos para agredir os rivais. Graças a esta informação, a revista foi reforçada e a PM encontrou dois rapazes, um deles menor, com duas bombas caseiras escondidas dentro da roupa. “Isso demonstra que não têm noção do risco que eles mesmos estão correndo”, alerta o comandante do 1º Batalhão, tenente coronel Sérgio Baqueiro.
Os três ônibus que trouxeram a Bamor de Salvador, foram escoltados pela polícia e revistados na estrada, antes de entrar na cidade. Para o comandante, a confusão no Jóia da Princesa só ocorreu por falha humana, quando algum funcionário do estádio abriu um portão que permitiu que as duas torcidas entrassem em contato. Até então, os rivais estavam isolados, entrando e saindo por portões diferentes.
Para ele, a atitude de jogar o gás lacrimogêneo foi correta, porque no momento era a única maneira de dispersar rapidamente a briga e evitar consequências mais graves. “Do lado de fora, depois do jogo, a Falange Tricolor ainda tentou alcançar a Bamor, mas a nossa cavalaria e o policiamento de moto impediu”, relata o comandante.
O esquema de policiamento foi considerado satisfatório pelo tenente coronel e já está adequado inclusive para as semifinais. “O que não pode é abrir aquele portão, que só pode ser usado em caso de emergência. Já nos entendemos com a administração do estádio sobre isso”, assegura.
Para o diretor da Falange Tricolor, Diego (ele se recusou a dizer o sobrenome), a rivalidade é inevitável e faz com que os torcedores rivais já venham para Feira “mal intencionados, querendo brigar”. Ao mesmo tempo, ele admite que não aceita deixar barato a provocação. “Eles não podem chegar e querer mandar na nossa casa. A gente não vai aceitar isso”, afirma.
Os dois portadores das bombas caseiras e mais quatro detidos na confusão do intervalo de jogo foram levados para a delegacia, onde foram ouvidos e liberados.
Caro Glauco, estava no estádio, exatamente nas cadeiras, em frente ao conflito e assisti a tudo com visão privilegiada e posso lhe afirmar que algumas informações do Comandante do Batalhão não correspondem com a verdade. Em primeiro lugar posso lhe afirmar com convicção que a forma de controlar as torcidas é tão simples, mas tão simples que chega a ser ridículo como deixaram acontecer as brigas entre as torcidas que ficam localizadas em lados opostos do estádio por, simplesmente, não colocarem policias justamente na frente das cadeiras, parte do estádio que divide as arquibancadas, onde ficam as torcidas de Bahia e Fluminense, cada qual em seu lado. No intervalo do jogo, torcedores de uma torcida organizada do Bahia, apesar de uma portão que divide os espaços (colocado recentemente), que em momento algum esteve trancado, dirigiu-se para o lado da torcida do Fluminense, justamente devido a falta de policiais justamente neste local, formando-se uma grande confusão, em frente às cadeiras, foi quando aconteceu o absurdo, um ato de pura irresponsabilidade, atitude de um policial, ou de uma policia(?) despreparada, coisa de gente que não sabe o que está fazendo, simplesmente este policial, que estava do lado do campo de jogo, jogou uma espécie de bomba de gás de pimenta(?), ou coisa parecida,por cima do alambrado, no meio da confusão, onde estavão misturados, tanto os brigões, quanto pessoas com filhos, mulheres, crianças, quando aquele gás espalhou-se atigindo a todos, inclusive quem estava nas cadeiras, como eu. Realmente uma estupidez.
ResponderExcluirE como é de praxe, por desconhecimento dos fatos (talvez até não lhe interesse conhecer)ou por um corporativismo tolo, o nosso brioso Comandante, defende o trabalho, neste caso, equivocado, da nossa Polícia.
Realmente é bastante lamentável esta atitude, pois reforça a nossa sensação de um despreparo sem jeito, ao passo que quando vemos o reconhecimento de procedimentos falhos, está se dando os primeiros passos em busca de correções destes procedimentos.