9.4.10

R$ 40 milhões contra R$ 1 bilhão

Uma nota não muito explícita, mas suficiente para que se entenda o recado, saiu hoje na influente coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde, assinada por Levi Vasconcelos. Seguem em itálico:

Fuga de Feira

Empresa de grande porte que quer investir R$ 1 bilhão para ampliar suas instalações no Centro Industrial do Subaé, em Feira de Santana, cogita a possibilidade de tirar o time. Está incomodada porque nas proximidades uma área que era industrial virou projeto do programa Minha Casa Minha Vida.

Já conversou com o governo gaúcho e, se a opção Feira minguar, o destino é Guaíba.

Ora, área industrial que virou residencial é aquela polêmica onde a FCK de Carlos Kruschewsky quer porque quer construir mil casas populares. Para isso, resumidamente, já se fez uma demissão na prefeitura (do arquiteto Arsenio Oliveira, que dera parecer contrário ao projeto, já que morar ao lado de indústrias não é das coisas mais recomendadas) e uma mudança de lei a toque de caixa na Câmara, onde se autorizou a transformação da área industrial em residencial. Projeto que inclusive contou com a adesão do oposicionista (?) vereador Ângelo Almeida.

Mil casas, pelo valor aproximado de R$ 40 mil são R$ 40 milhões. Um bom dinheiro, principalmente levando-se em conta que beneficia particulares. Entretanto, fica longe de fazer frente a R$ 1 bilhão, para gerar renda com impostos, empregos, desenvolvimento. A área é vizinha da gaúcha Borrachas Vipal.

Vai ficando cada dia mais caro o prefeito Tarcízio Pimenta justificar a opção pelo projeto do amigo construtor.

Posted via email from Glauco Wanderley

2 comentários:

  1. Sérgio Lima9/4/10

    Isto precisa ser investigado e se for o caso usar o Ministério Público para impedir esta pouca vergonha. Impressionante é a pouca repercussão dada ao caso por parte da imprensa.
    Um dia vi uma entrevista do vereador Ângelo do PT, cara de pau, tentando justificar que o prgrama Minha Casa Minha Vida não poderia ser prjudicado... e coisa assim... caso não houvesse a mudança na lei, para que se pudesse ter a utilização desta área. Ele tem de entender é que, quem não pode ser prejudicado é quem vai se utilizar deste programa, as famílias, que não podem vir a morar numa zonza industrial, já o programa pode buscar outras alternativas.
    Este empresário já é conhecido por gostar de se utilizar da aprximação de políticos influentes, compadre de Sérgio Carneiro (mentor de ângelo, talvez daí o apoio deste ao projeto do empresário), nos últimos anos andava de mãos dadas com Tarcísio, já andou muito atrás do finado Zé Falcão, bem como tentou fazer o mesmo com Zé Ronaldo (acho que com este não teve boa receptividade), o cara é profissional e por aí seus métodos, pouco digno, vão dando certo.

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  2. Anônimo10/4/10

    Caro Glauco.
    Não sou afeito à hipocrisia, defendo a revisão e atualização do Plano Diretor da Cidade não é de agora, bem como a construção do novo Plano Diretor Industrial. Seguindo este conceito é natural que defenda a regulamentação da ZR 4 como nova área a ser planejada para a expansão e ordenamento urbano da nossa cidade. Uns vão preferir que o CIS possa avançar em direção à futura Av Noide Cerqueira, porque estaremos gerando emprego e renda através desta expansão(bons argumentos!!!), outros como eu, irão preferir que olharmos para a nossa cidade com a perspectiva do que ela deva ser, e como ser, nos próximos 40 anos é o melhor caminho. Ataques histéricos, agressões “apaixonadas”, não nos levarão ao encontro da melhor solução para prevenirmo-nos do caos urbano e ambiental futuro. Quer um exemplo do que pode vir ser isso? Feche os olhos e imagine o que vai ser a Artêmia Pires( Estrada da FTC) daqui a 30 anos e lembre-se que esta já é uma tragédia anunciada, fruto da falta do debate e da letargia da nossa sociedade. Agradeço-lhe a oportunidade para discutirmos o tema e a forma democrática como o espõe, fazendo o bom jornalismo.

    Angelo Almeida
    Vereador PT/Feira de Santana

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