6.5.09

Que modelo é esse?

O nome é auto-explicativo: Colégio Modelo. De sonho de Luís Eduardo Magalhães para melhorar a educação pública no estado (pelo menos segundo a propaganda oficial), as escolas rapidamente espalhadas pela Bahia a partir do governo César Borges como homenagem ao idealizador morto, viraram apenas escolas públicas comuns, ocasionalmente um pouquinho melhores que as demais estaduais.

A prova eloquente de que as escolas Luís Eduardo Magalhães não têm nada de modelo são as notas que alcançaram no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O desempenho melhor nas estaduais (embora também fraco) ficou para os colégios geridos pela Polícia Militar.

Dos colégios modelo, pelo alarde que se fez em torno de sua criação, deveria se esperar algo parecido com o desempenho das escolas federais. Existem 13 federais na Bahia, das quais 10 estão na lista dos 100 melhores. Mas não. O primeiro Modelo só vai aparecer lá na posição 202 (o de Guanambi). O de Feira de Santana tem a duvidosa glória de ser vice no estado (na 232ª colocação). Apenas os quatro primeiros colégios modelo conseguiram ficar dentro da média nacional do Enem, que foi 50,52.

Não se trata aqui de demonstrar que os colégios Luís Eduardo Magalhães não funcionam. Mas de constatar como vai mal a nossa educação pública, quando até o colégio criado para ser um ideal fracassa completamente.

NOTA DOS COLÉGIOS MODELO E POSIÇÃO DELES ENTRE TODAS AS ESCOLAS BAIANAS (clique para ampliar)


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