Estado dá R$ 40 mil e tenta capitalizar Expofeira

O valor cedido pelo governo do estado à Exposição Agropecuária de Feira de Santana foi de R$ 40 mil. O número mencionado pelo radialista Carlos Geilson no seu programa de hoje foi endossado pelo vereador Lulinha e não foi contestado pelo onipresente e onisciente deputado José Neto, que falou em defesa do governo no programa.

Mesmo com o valor irrisório diante do custo do evento, a Expofeira é apresentada na página de Comunicação do governo estadual como exemplo do trabalho dos atuais governantes da Bahia (quem duvida pode ler a matéria aqui).

“Estamos reerguendo as exposições e feiras agropecuárias. Até o final de 2009, serão 50 eventos deste tipo, que buscam mostrar tudo o que é produzido dentro das nossas fazendas, fortalecendo o agronegócio”, disse em discurso citado no texto o secretário de Agricultura, Roberto Muniz.

EXPLORAÇÃO POLÍTICA

Como há muito tempo não se via, a Expofeira foi palco de grande exploração política. A precipitação da campanha de 2010 trouxe a Feira o pessoal do DEM, carente de exposição e a tropa reforçada de Wagner, que conta agora com os ex-carlistas Eliana Boaventura e Jairo Carneiro.

Cada um no seu momento, claro. O palanque foi um saco de gatos, como mostra esta fotografia.

Previamente ocorreu um almoço contemplando a imprensa e o pessoal do DEM. Nele, ACM Neto soltou o verbo, dando entrevista em que chamou Jairo Carneiro de traidor e duvidou de sua capacidade de se eleger, afirmando que ele ainda é conhecido somente em Feira de Santana e que na cidade as grandes lideranças são o prefeito Tarcízio e o ex Ronaldo. Mas quem disse a ACM Neto que Tarcízio está contra Jairo?

Jairo deu entrevista em que respondeu sobre sua relação com José Ronaldo. Garante que é normal, mas recusou-se até a citar o nome do ex-prefeito. “De minha parte é normal, mas não posso falar pelo outro personagem”, resumiu.

Carlos Geilson, que estava no palanque na hora do lançamento, ouviu Wagner encher a bola de Zé Neto e não gostou. Para elogiar Tarcízio, Wagner espinafrou Ronaldo indiretamente, dizendo que a exposição teve um “renascimento”. Geilson chamou Wagner de deselegante, de indelicado e mais tarde abriu espaço em seu programa para o presidente do Sindicato Rural, Carlos Henrique Rodrigues, fazer o mesmo. O pecuarista vem uma defesa do ex-prefeito José Ronaldo, alegando que ele começou a recuperar a Expofeira.

Em defesa do chefe, Zé Neto criticou Carlos Henrique, porque este nem subiu no palanque. Para o deputado, o pecuarista tinha que se livrar do viés político em sua atuação à frente da entidade. “Ali estava o governador da Bahia, não o governador do PT”, ensinou Neto.

Sem perceber, logo em seguida deu razão ao pecuarista. Foi quando criticou Lulinha, ao dizer que este não poderia falar mal do governo, como fez, depois de subir no palanque. Pois é, se o Carlos Henrique queria exercer seu sagrado direito de não gostar do governante, fez bem em ficar embaixo. Se subisse, ia ser criticado por Neto do mesmo jeito.

ESTRATÉGIAS DIVERSAS

Entre os vereadores petistas, estratégias diferentes. Ângelo Almeida não foi no Parque, mas tirou proveito. Marialvo foi, para ser maltratado. Segundo o Blog da Feira, Wagner não citou seu nome, apesar de estarem ambos no palanque e o cumprimentou friamente.

PS: Vejo depois no Twitter Ângelo explicando: "Pedi ao Marialvo para me representar na expofeira. Se soubesse q não seria citado não teria pedido."