9.9.09

Este ano não tem campanha de câncer de mama

Não haverá campanha contra o câncer de mama este ano. Pelo menos foi a decisão anunciada pelo diretor de Atenção à Saúde da prefeitura, em entrevista ao repórter Ney Silva. O motivo alegado é que todo mês sobram cotas destinadas ao exame. De duas mil possíveis, são feitas em média 800, informa o servidor municipal.

"Resolvemos prorrogá-las por entender que ainda muitas mulheres, por desconhecerem as iniciativas ou porque ainda resistem aos exames, não foram às unidades de saúde ou às conveniadas para fazê-los".

Calma. Eu não estou misturando tudo por distração. Este parágrafo acima é uma declaração da secretária de Saúde do ano passado, Denise Mascarenhas. A prorrogação que ela menciona é porque no ano passado a campanha de mamografias, iniciada em 14 de julho, ia acabar em 31 de agosto. Resolveram levar até 15 de setembro. No ano passado simultaneamente ocorreu a campanha de prevenção do câncer de colo do útero. Esta também ia se encerrar no final de agosto mas o fim foi adiado para 30 de setembro. Vésperas da eleição. Coincidentemente?

Neste ano não tem eleição e não tem campanha de saúde. A campanha então foi eleitoreira? O vereador Ângelo Almeida levantou esta suspeita e diz que vai protestar cobrando a realização dos exames em 2009 também. Segundo ele, há um grupo de mulheres empenhadas nesta cobrança, que irão se manifestar.

RECURSOS PRÓPRIOS

No ano passado a prefeitura informou que a campanha foi realizada com recursos próprios. Portanto, não depende de um empurrãozinho do governo federal para ocorrer.

A justificativa dada pelo diretor de Atenção à Saúde não tem lógica. Campanhas são feitas exatamente porque as pessoas deixam de fazer os exames quando não são lembradas ou estimuladas. Esta é a finalidade de toda campanha. Caso contrário não haveria campanha de vacinação contra poliomielite, por exemplo.

No ano passado tudo foi facilitado (a campanha aliás existiu por anos, não foi somente em 2008). A requisição médica para o exame foi dispensada. Bastava a mulher comparecer nos locais indicados (Centro Municipal de Diagnóstico por Imagem, Hospital Dom Pedro de Alcântara, IHEF, Ceparh e Centro Municipal de Prevenção ao Câncer), levando identidade e comprovante de residência para provar que morava em Feira, já que se tratava de campanha exclusiva para o município.

Um comentário:

  1. o problema é que câncer mata rápido. muuuuito menos que 04 anos.

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