José Ronaldo optou afinal pelo caminho mais difícil e será lançado nesta terça-feira como candidato ao Senado. Contraria, assim, quem pensava, incluindo eu, que o ex-prefeito de Feira iria preferir uma cômoda eleição para deputado federal.
Arrisca-se, mas vai em busca de um vôo mais alto na carreira, partindo para eleição majoritária a nível estadual. Seria fácil ser deputado, mas ser senador é muito mais prestigioso. Começa bem a campanha, com o aval da cúpula do partido e fortalecido pela presença do candidato a presidente José Serra no lançamento.
Como imagina ter votação estrondosa em Feira de Santana, avisa que vai viajar muito, como já vem fazendo, para dedicar mais atenção a outras regiões onde seu nome não é tão reconhecido. Pelo barulho em torno do lançamento, que pretende reunir gente de inúmeros municípios, acredita-se que terá amplo apoio do partido, sem o qual não poderá mesmo obter sucesso. A dúvida é se este apoio bastará. O sucesso de um candidato ao Senado muitas vezes depende do sucesso da candidatura ao governo. Até o número na urna eletrônica é o mesmo, usando-se apenas os dois dígitos que identificam o partido. Se Paulo Souto naufragar, pode levar junto seu candidato ao Senado.
Mas todos no grupo estão apostando que José Serra ganha de Dilma Bengell Rousseff e a “onda azul” impulsiona o DEM baiano.
DESPREZO À INTERNET
Para conquistar os votos com os quais pretende chegar ao Senado, o ex-prefeito só não conta com a ajuda da internet. Enquanto todo mundo tenta tirar o maior proveito possível da rede, tanto se promovendo quanto atacando os adversários, o site pessoal de Ronaldo é tão desatualizado que hoje, véspera do seu lançamento, o destaque mais recente é uma entrevista concedida ao Bahia Notícias, no final de fevereiro.
Há um arquivo de áudio incompleto, com parte de sua fala em programa da rádio Metrópole, de Salvador.
Há uma imagem de um vídeo com uma entrevista, que não abre.
De Twitter eu nem falo, porque embora seja uma ferramenta interessante, ainda é muito nova, muitos ainda desconhecem, toma tempo e quando mal utilizada pode criar mais problemas que ajudar.
O Twitter do candidato estar um tanto quanto abandonado compreende-se. Já o desprezo pelo site é um desleixo que prejudica a imagem de qualquer pretendente ao Senado.
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